Tudo está estremecido: por que a filosofia da história floresce em tempos de crise?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ohara, João Roolfo Munhoz
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Faces da História
Texto Completo: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/180
Resumo: A filosofia da história dificilmente desaparecerá em um mundo assolado por crises. Crises, entendidas como anomalias dos modos pelos quais as pessoas concebem suas relações entre passado e presente, servem como ímpeto, mais que como obstáculo, à filosofia da história. Quanto mais as sociedades imaginam se o crescimento econômico é infinito, ou se as crianças no Ocidente algum dia alcançarão os níveis de prosperidade de seus pais, ou como o crescente peso da dívida pública afetará o “contrato social entre gerações”, mais provável que elas repensem suas relações herdadas entre passado e presente. Em certo sentido, portanto, a filosofia é um fenômeno de crise: o gênero floresce em tempos de incerteza. Isso não significa que a filosofia da história será sempre ensinada em departamentosacadêmicos de história: o gênero tem sido praticado muitas vezes, para não dizer frequentemente, por não-historiadores. Os historiadores podem querer considerar, no entanto, o quão bem eles servem suas sociedades se permitem que a filosofia da história seja praticada sem as checagens críticas e balanços da historiografia profissional.
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