Uma etnografia virtual em um grupo sobre o transtorno bipolar: sociabilidades e saberes produzidos no meio on-line

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa,Luisa Motta
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Lima,Rossano Cabral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interface (Botucatu. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832020000100257
Resumo: Publicado pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) III, o transtorno bipolar trouxe uma nova maneira de entender e vivenciar as oscilações emocionais, fortemente imbuída dos referenciais da psicofarmacologia, neurociências e novas conceituações sobre as variações afetivas. Com o objetivo de investigar os sentidos, as sociabilidades e os modos de ser constituídos a partir desse diagnóstico, foi feita uma etnografia no grupo brasileiro do Facebook mais numeroso sobre a bipolaridade, que identificou o seguinte: a rede facilita a produção de uma expertise experiencial; a ideia de que “apenas quem sofre entende” fortalece a identificação mútua; em contraposição à antiga psicose maníaco-depressiva, o transtorno bipolar adquire certa positividade, tornando-se fonte de humor; a química medicamentosa é o principal recurso usado para gerir a vida afetiva, tornando os pacientes parcialmente independentes do médico ao manejarem esses recursos entre si; e o transtorno bipolar é dissociado do Eu.
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