O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaudenzi,Paula
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Ortega,Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interface (Botucatu. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000100003
Resumo: Analisa-se o termo medicalização nos estudos de Illich e Foucault, com vistas a oferecer ferramentas conceituais para o estudo dos movimentos contestatórios à medicalização. Illich aborda a hipertrofia da medicalização na modernidade, ressaltando o efeito de redução da autonomia dos sujeitos, sobretudo pelo fato de as instituições médicas assumirem a responsabilidade de cuidar da dor, transformando seu significado íntimo e pessoal em um problema técnico. Foucault aborda a medicalização a partir da noção de biopoder, e, quando trabalha a noção de governamentalidade, abre espaço para a análise das formas de resistência dos indivíduos ao exercício do poder. Ambos os trabalhos, que têm como preocupação propor formas de exercício da liberdade - apesar de Foucault o fazer de forma mais detalhada e diversificada - parecem apropriados para se pensar o processo atual de desmedicalização ou recusa do diagnóstico médico por parte de seus portadores ou familiares.
id UNESP-8_f899f9b2dbd9fa5b186194980c8dc655
oai_identifier_str oai:scielo:S1414-32832012000100003
network_acronym_str UNESP-8
network_name_str Interface (Botucatu. Online)
repository_id_str
spelling O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalizaçãoSaúde coletivaMedicalizaçãoAutonomiaBiopoderAnalisa-se o termo medicalização nos estudos de Illich e Foucault, com vistas a oferecer ferramentas conceituais para o estudo dos movimentos contestatórios à medicalização. Illich aborda a hipertrofia da medicalização na modernidade, ressaltando o efeito de redução da autonomia dos sujeitos, sobretudo pelo fato de as instituições médicas assumirem a responsabilidade de cuidar da dor, transformando seu significado íntimo e pessoal em um problema técnico. Foucault aborda a medicalização a partir da noção de biopoder, e, quando trabalha a noção de governamentalidade, abre espaço para a análise das formas de resistência dos indivíduos ao exercício do poder. Ambos os trabalhos, que têm como preocupação propor formas de exercício da liberdade - apesar de Foucault o fazer de forma mais detalhada e diversificada - parecem apropriados para se pensar o processo atual de desmedicalização ou recusa do diagnóstico médico por parte de seus portadores ou familiares.UNESP2012-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000100003Interface - Comunicação, Saúde, Educação v.16 n.40 2012reponame:Interface (Botucatu. Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP10.1590/S1414-32832012005000020info:eu-repo/semantics/openAccessGaudenzi,PaulaOrtega,Franciscopor2016-08-26T00:00:00Zoai:scielo:S1414-32832012000100003Revistahttps://interface.org.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.interface@gmail.com||intface@fmb.unesp.br1807-57621414-3283opendoar:2016-08-26T00:00Interface (Botucatu. Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
title O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
spellingShingle O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
Gaudenzi,Paula
Saúde coletiva
Medicalização
Autonomia
Biopoder
title_short O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
title_full O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
title_fullStr O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
title_full_unstemmed O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
title_sort O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização
author Gaudenzi,Paula
author_facet Gaudenzi,Paula
Ortega,Francisco
author_role author
author2 Ortega,Francisco
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gaudenzi,Paula
Ortega,Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv Saúde coletiva
Medicalização
Autonomia
Biopoder
topic Saúde coletiva
Medicalização
Autonomia
Biopoder
description Analisa-se o termo medicalização nos estudos de Illich e Foucault, com vistas a oferecer ferramentas conceituais para o estudo dos movimentos contestatórios à medicalização. Illich aborda a hipertrofia da medicalização na modernidade, ressaltando o efeito de redução da autonomia dos sujeitos, sobretudo pelo fato de as instituições médicas assumirem a responsabilidade de cuidar da dor, transformando seu significado íntimo e pessoal em um problema técnico. Foucault aborda a medicalização a partir da noção de biopoder, e, quando trabalha a noção de governamentalidade, abre espaço para a análise das formas de resistência dos indivíduos ao exercício do poder. Ambos os trabalhos, que têm como preocupação propor formas de exercício da liberdade - apesar de Foucault o fazer de forma mais detalhada e diversificada - parecem apropriados para se pensar o processo atual de desmedicalização ou recusa do diagnóstico médico por parte de seus portadores ou familiares.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000100003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000100003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1414-32832012005000020
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv UNESP
publisher.none.fl_str_mv UNESP
dc.source.none.fl_str_mv Interface - Comunicação, Saúde, Educação v.16 n.40 2012
reponame:Interface (Botucatu. Online)
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Interface (Botucatu. Online)
collection Interface (Botucatu. Online)
repository.name.fl_str_mv Interface (Botucatu. Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv ||revista.interface@gmail.com||intface@fmb.unesp.br
_version_ 1748958519900504064