As bases eleitorais de Lula e do PT: do distanciamento ao divórcio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Opinião Pública (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8641354 |
Resumo: | O debate sobre o distanciamento entre Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ganhou corpo na eleição de 2006, quando a popularidade de Lula e de seu governo não se estendeu ao PT, como seria esperado. Pela primeira vez o partido não melhorou o desempenho na votação para a Câmara dos Deputados em relação à eleição anterior. Analisamos as bases eleitorais de Lula e do PT nas quatro últimas eleições para presidente e deputado federal (1994-2006), e comprovamos o distanciamento entre elas. Pesquisamos a distribuição espacial das votações ao nível do município com mapas, estatísticas e regressões espaciais. Identificamos o “descolamento” dos territórios eleitorais do candidato e do partido a cada eleição, e as regressões espaciais mediram a crescente independência espaço-temporal das votações: os coeficientes baixaram de 0,85 em 1994, para 0,15 em 2006. Houve um processo de distanciamento geossocial, no período de 1994 a 2002, e um “divórcio” entre as bases eleitorais, em 2006, quando se formaram territórios de configurações praticamente irrelacionadas. Abstract:The debate about the distancing between Lula and the Workers Party (PT) gained acceptance in the 2006 election, when the popularity of Lula and his government did not extend to the PT, as expected. For the first time the party did not improve performance in the voting for the Chamber of Deputies regarding the previous election. We analyzed the electoral bases of Lula and the PT in the last four elections for president and federal deputies (1994-2006), and we prove the distancing between them. We studied the spatial distribution of votes at the municipal level with maps, statistics and spatial regression. We identified the detachment of the candidate’s and party's electoral territories every election, and the regressions measured the growing spatial-temporal independence of the votings: the coefficient fell from 0.85 in 1994 to 0.15 in 2006. There was a process of geossocial distancing in the period 1994 to 2002, and a "divorce" between the electoral bases in 2006 when the territories seemed to be nearly unrelated to each other.Keywords: electoral territory; voting; political behavior; spatial analysis; electoral geography |
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