Mudanças climáticas e a tarefa dos ecossocialistas: pelo abandono do voluntarismo geológico
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Data de Publicação: | 2021 |
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Título da fonte: | Economia e Sociedade |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182021000100211 |
Resumo: | Resumo O artigo se lança à difícil tarefa de realizar uma dura crítica interna. Diante do conhecimento disponível sobre as mudanças climáticas, o campo marxista tem demonstrado profunda reticência em soar o alarme do risco existencial. Essa paralisia traduz-se na reprodução de uma práxis pulverizada, enrijecida, pouco ambiciosa e que se satisfaz com sucessos parciais e pequenos avanços. Argumenta-se ao longo do texto que mesmo essa concepção modesta de “sucesso parcial” ou “pequenos avanços” é insustentável no quadro geral dos desafios climáticos diante da humanidade. Para construir o raciocínio, estabeleço três pontos de diálogo com os posicionamentos dos ecossocialistas: (i) a vocação espontaneamente emancipatória e ecológica das lutas populares, (ii) o potencial transformador do acúmulo sistemático de pequenos avanços e reformas e (iii) a possibilidade de “ganhar tempo” via pequenos avanços e reformas. Por fim, a última seção aborda o perigo do efeito desmobilizador diante do reconhecimento explícito das transformações climáticas que afetarão dramaticamente a humanidade nas próximas décadas. |
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Mudanças climáticas e a tarefa dos ecossocialistas: pelo abandono do voluntarismo geológicoMudanças climáticasEcossocialismoReformasResumo O artigo se lança à difícil tarefa de realizar uma dura crítica interna. Diante do conhecimento disponível sobre as mudanças climáticas, o campo marxista tem demonstrado profunda reticência em soar o alarme do risco existencial. Essa paralisia traduz-se na reprodução de uma práxis pulverizada, enrijecida, pouco ambiciosa e que se satisfaz com sucessos parciais e pequenos avanços. Argumenta-se ao longo do texto que mesmo essa concepção modesta de “sucesso parcial” ou “pequenos avanços” é insustentável no quadro geral dos desafios climáticos diante da humanidade. Para construir o raciocínio, estabeleço três pontos de diálogo com os posicionamentos dos ecossocialistas: (i) a vocação espontaneamente emancipatória e ecológica das lutas populares, (ii) o potencial transformador do acúmulo sistemático de pequenos avanços e reformas e (iii) a possibilidade de “ganhar tempo” via pequenos avanços e reformas. Por fim, a última seção aborda o perigo do efeito desmobilizador diante do reconhecimento explícito das transformações climáticas que afetarão dramaticamente a humanidade nas próximas décadas.Instituto de Economia da Universidade Estadual de CampinasPublicações2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182021000100211Economia e Sociedade v.30 n.1 2021reponame:Economia e Sociedadeinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMP10.1590/1982-3533.2020v30n1art10info:eu-repo/semantics/openAccessBarreto,Eduardo Sápor2021-03-29T00:00:00Zoai:scielo:S0104-06182021000100211Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecosPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/oaicbaltar@unicamp.br||ppec@unicamp.br||prates@unicamp.br1982-35330104-0618opendoar:2022-11-08T14:23:46.105825Economia e Sociedade - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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