Capital de comércio de vendas: o trabalho de delivery sob o jugo dos capitais de plataforma
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Economia e Sociedade |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8671781 |
Resumo: | O trabalho mediado por plataformas digitais já produziu uma quantidade significativa de interpretações predominantemente descritivas. O objetivo deste artigo é analisar, com base na teoria de Marx, o ramo de entrega de comida e de produtos de supermercado a fim de compreender a relação teórica existente entre o entregador e as plataformas que medeiam o trabalho de entrega. A literatura marxista sobre o tema se fixa, em geral, na análise do fenômeno da subsunção do trabalho ao capital e caracteriza o entregador como trabalhador assalariado. Diferentemente disso, a hipótese aqui desenvolvida é que o entregador obtém sua renda por meio da Circulação Simples de Mercadorias, sendo a mercadoria vendida pelo entregador o transporte. O circuito realizado pelo entregador é subsumido pelo circuito do capital, o qual se caracteriza como Capital de Comércio de Vendas, cujo lucro é parte do lucro industrial dos restaurantes e/ou do lucro comercial dos supermercados. |
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Capital de comércio de vendas: o trabalho de delivery sob o jugo dos capitais de plataformaSales dealing capital: the labor of delivery under the yoke of platform capitalCapital de comércio de vendas: o trabalho de delivery sob o jugo dos capitais de plataformaDeliveryEntregadorCapital de comércio de vendasDeliveryEntregadorCapital de comércio de vendasDeliveryLaborSales dealing capitalO trabalho mediado por plataformas digitais já produziu uma quantidade significativa de interpretações predominantemente descritivas. O objetivo deste artigo é analisar, com base na teoria de Marx, o ramo de entrega de comida e de produtos de supermercado a fim de compreender a relação teórica existente entre o entregador e as plataformas que medeiam o trabalho de entrega. A literatura marxista sobre o tema se fixa, em geral, na análise do fenômeno da subsunção do trabalho ao capital e caracteriza o entregador como trabalhador assalariado. Diferentemente disso, a hipótese aqui desenvolvida é que o entregador obtém sua renda por meio da Circulação Simples de Mercadorias, sendo a mercadoria vendida pelo entregador o transporte. O circuito realizado pelo entregador é subsumido pelo circuito do capital, o qual se caracteriza como Capital de Comércio de Vendas, cujo lucro é parte do lucro industrial dos restaurantes e/ou do lucro comercial dos supermercados.Delivery labor has been the subject of a multitude of descriptive articles. Marxian theoretical approaches, on the other hand, have taken for granted that delivery labor is wage labor and that digital platforms represent a new and higher form of real subsumption of labor to capital. The present article restricts its analysis to the delivery of food and grocery shopping. Differently from the mainstream Marxian view, we argue that labor’s revenue accrues not from wages but from an activity of simple commodity circulation, that is the sale of transportation. Platform capital subsumes the first phase of the circuit C – M – C of the deliverer to its own activity as Sales Dealing Capital. Its profits derive not from the exploitation of labor but from a fraction of the profits of restaurants and supermarkets. It is argued, moreover, that the whole process has all the appearances of labor’s exploitation because lower transportation fares increase the size of the market and, thus, platform profitsO trabalho mediado por plataformas digitais já produziu uma quantidade significativa de interpretações predominantemente descritivas. O objetivo deste artigo é analisar, com base na teoria de Marx, o ramo de entrega de comida e de produtos de supermercado a fim de compreender a relação teórica existente entre o entregador e as plataformas que medeiam o trabalho de entrega. A literatura marxista sobre o tema se fixa, em geral, na análise do fenômeno da subsunção do trabalho ao capital e caracteriza o entregador como trabalhador assalariado. Diferentemente disso, a hipótese aqui desenvolvida é que o entregador obtém sua renda por meio da Circulação Simples de Mercadorias, sendo a mercadoria vendida pelo entregador o transporte. O circuito realizado pelo entregador é subsumido pelo circuito do capital, o qual se caracteriza como Capital de Comércio de Vendas, cujo lucro é parte do lucro industrial dos restaurantes e/ou do lucro comercial dos supermercados.Universidade Estadual de Campinas2022-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoTextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8671781Economia e Sociedade; v. 31 n. 3 (2022): set./dez.[76]; 671-699Economia e Sociedade; Vol. 31 No. 3 (2022): set./dez.[76]; 671-699Economia e Sociedade; Vol. 31 Núm. 3 (2022): set./dez.[76]; 671-6991982-3533reponame:Economia e Sociedadeinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8671781/30783Brasil; ContemporâneoBrazil; ContemporaryBrasil; ContemporáneoCopyright (c) 2022 Economia e Sociedadehttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCipolla, Francisco Paulo Aquino, Dayani Cris deGiorgi, Fernando di 2023-03-14T13:39:38Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8671781Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecosPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/oaicbaltar@unicamp.br||ppec@unicamp.br||prates@unicamp.br1982-35330104-0618opendoar:2023-03-14T13:39:38Economia e Sociedade - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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