Os três estados da moeda: abordagem interdisciplinar do fato monetário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Economia e Sociedade |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182008000100001 |
Resumo: | A partir de uma abordagem interdisciplinar (economia, sociologia, antropologia e história), o artigo procura elucidar o que podemos chamar de natureza da moeda numa perspectiva que estende os trabalhos publicados em Aglietta e Orléan (1998) e Théret (2006). Para apreender esse aspecto da moeda que se revela em seu caráter quase universal, procuramos articular os três estados nos quais ela é conhecida (incorporada, objetivada e institucionalizada), e as três formas de sua estrutura íntima. Em cada um desses estados pode se associar uma fonte específica de confiança: confiança ética, confiança metódica, confiança hierárquica (credibilidade). As três formas funcionais da moeda para o encadeamento recorrente nas quais sua estrutura se reproduz são a contabilização, a moedagem e o pagamento. Concluindo, a moeda aparece como "capital cultural", fato do qual ela retira duas de suas características centrais: o fato de que só se confere valor à moeda num contexto social no qual ela é reconhecida como capital cultural; o fato de que, como operador de classe social, ela é também um operador de naturalização das relações sociais, fato pelo qual, exceto em seus momentos de crise, a dimensão distributiva do regime de moedagem e os conflitos sociais e territoriais que lhe são associados, são ocultados. |
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Os três estados da moeda: abordagem interdisciplinar do fato monetárioMoedaConfiançaA partir de uma abordagem interdisciplinar (economia, sociologia, antropologia e história), o artigo procura elucidar o que podemos chamar de natureza da moeda numa perspectiva que estende os trabalhos publicados em Aglietta e Orléan (1998) e Théret (2006). Para apreender esse aspecto da moeda que se revela em seu caráter quase universal, procuramos articular os três estados nos quais ela é conhecida (incorporada, objetivada e institucionalizada), e as três formas de sua estrutura íntima. Em cada um desses estados pode se associar uma fonte específica de confiança: confiança ética, confiança metódica, confiança hierárquica (credibilidade). As três formas funcionais da moeda para o encadeamento recorrente nas quais sua estrutura se reproduz são a contabilização, a moedagem e o pagamento. Concluindo, a moeda aparece como "capital cultural", fato do qual ela retira duas de suas características centrais: o fato de que só se confere valor à moeda num contexto social no qual ela é reconhecida como capital cultural; o fato de que, como operador de classe social, ela é também um operador de naturalização das relações sociais, fato pelo qual, exceto em seus momentos de crise, a dimensão distributiva do regime de moedagem e os conflitos sociais e territoriais que lhe são associados, são ocultados.Instituto de Economia da Universidade Estadual de CampinasPublicações2008-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182008000100001Economia e Sociedade v.17 n.1 2008reponame:Economia e Sociedadeinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMP10.1590/S0104-06182008000100001info:eu-repo/semantics/openAccessThéret,Brunopor2008-05-19T00:00:00Zoai:scielo:S0104-06182008000100001Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecosPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/oaicbaltar@unicamp.br||ppec@unicamp.br||prates@unicamp.br1982-35330104-0618opendoar:2022-11-08T14:23:19.861293Economia e Sociedade - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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