A MEDIAÇÃO DIANTE DO CÁRCERE: OS CASOS DE SOBREVIVENTE ANDRÉ DU RAP E CELA FORTE MULHER
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132018000200821 |
Resumo: | RESUMO A produção artística e crítica contemporâneas têm colocado em questão a necessidade de observar perspectivas histórias antes silenciadas, de forma a opor-se e resistir ao apagamento de experiências e vivências de grupos, raças, etnias e cores diversas. Em um país como o Brasil, entretanto, caracterizado por desigualdades sociais gritantes, tal tentativa foi e é marcada pela disjunção e pela mediação. Esta mediação frequentemente é marcada por produções em que o intelectual, branco e da elite, organiza e edita a obra de alguém que testemunha outra vivência, o subalternizado, negro e pobre. Se por um lado a figura do intelectual é central para desvelar e inscrever tais histórias, por outro, a mediação não é imparcial, mas marcada por relações de poder. A proposta deste trabalho é introduzir questões relativas ao conceito de literatura de testemunho, literatura sobre o/do cárcere e analisar dois exemplos de tal literatura, os textos Sobrevivente André du Rap (2002) e Cela forte mulher (2003), de maneira a discutir como os textos se estruturam e problematizam a mediação radical da alteridade entre intelectuais e detentos, os seus impasses éticos e textuais, bem como refletir sobre a dificuldade em estabelecer uma (ou muitas) autoria(s) diante de uma certa apropriação autoral da voz do outro. |
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A MEDIAÇÃO DIANTE DO CÁRCERE: OS CASOS DE SOBREVIVENTE ANDRÉ DU RAP E CELA FORTE MULHERtestemunhoautoriaprisãoRESUMO A produção artística e crítica contemporâneas têm colocado em questão a necessidade de observar perspectivas histórias antes silenciadas, de forma a opor-se e resistir ao apagamento de experiências e vivências de grupos, raças, etnias e cores diversas. Em um país como o Brasil, entretanto, caracterizado por desigualdades sociais gritantes, tal tentativa foi e é marcada pela disjunção e pela mediação. Esta mediação frequentemente é marcada por produções em que o intelectual, branco e da elite, organiza e edita a obra de alguém que testemunha outra vivência, o subalternizado, negro e pobre. Se por um lado a figura do intelectual é central para desvelar e inscrever tais histórias, por outro, a mediação não é imparcial, mas marcada por relações de poder. A proposta deste trabalho é introduzir questões relativas ao conceito de literatura de testemunho, literatura sobre o/do cárcere e analisar dois exemplos de tal literatura, os textos Sobrevivente André du Rap (2002) e Cela forte mulher (2003), de maneira a discutir como os textos se estruturam e problematizam a mediação radical da alteridade entre intelectuais e detentos, os seus impasses éticos e textuais, bem como refletir sobre a dificuldade em estabelecer uma (ou muitas) autoria(s) diante de uma certa apropriação autoral da voz do outro.UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL)2018-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132018000200821Trabalhos em Linguística Aplicada v.57 n.2 2018reponame:Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMP10.1590/010318138651205339102info:eu-repo/semantics/openAccessCruz,Lua Gill dapor2018-09-10T00:00:00Zoai:scielo:S0103-18132018000200821Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tlaPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/oaispublic@iel.unicamp.br2175-764X0103-1813opendoar:2022-11-08T14:23:41.888348Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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