INTERCULTURALIDADE, LETRAMENTO E ALTERNÂNCIA COMO FUNDAMENTOS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132017000200015 |
Resumo: | RESUMO O presente artigo reflete acerca do ensino bilíngue para alunos indígenas em contexto multicultural, apresentando uma proposta como resultado de um levantamento bibliográfico em busca de fundamentos que possam subsidiar a elaboração de modelos de ensino bilíngue para indígenas nas regiões sul e sudeste do Pará. Com isso, chegamos à proposição de que a tríade composta pela Interculturalidade, Letramento e Alternância pode fundamentar a construção de modelos de ensino na conjuntura recortada. Partimos das perspectivas teóricas da Linguística Aplicada (LA), área que estabelece um corte epistemológico com a Linguística no sentido de encaminhar suas teorias, metodologias e análises por proposições próprias. Esse corte é o que tem subsidiado estudos como os que consideram o ensino bilíngue, em prol de comunidades subalternizadas. Cientes de que para cada comunidade é preciso pensar um modelo de ensino bilíngue específico, considerando as especificidades do povo em questão (seus etnoconhecimentos, seus tempos, seus projetos de sociedade, sua cultura etc.), tomamos o cuidado aqui de esclarecer que não temos a pretensão de apresentar uma fórmula, mas elementos que possam inspirar construções em torno do ensino bilíngue em contextos com alunos indígenas. Chegamos a esses três elementos (Interculturalidade, Letramento e Alternância) norteados pela premissa de que o ensino bilíngue deve servir para que os sujeitos do campo possam circular nos espaços legitimados e transformar as estruturas de dominação e poder. Esse ensino deve servir para que os sujeitos originários não dependam do Outro para escrever sua história e para que possam lutar por equidade epistêmica. Assim, este trabalho reforça o entendimento maior de que trabalhar com língua exige um exercício interdisciplinar, possibilitando assim uma reflexão mais ampla sobre um objeto tão complexo, constituinte e constitutivo dos sujeitos. |
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