Hesitações e pausas como ocorrências articuladas ao movimento de reformulação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Estudos Linguísticos |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636972 |
Resumo: | Hesitações, pausas e reformulações estão presentes em diferentes etapas da vida dos falantes. Na literatura de aquisição da linguagem, tende-se a relacionar o aparecimento articulado dessas três ocorrências com um momento especial (e final) do desenvolvimento. Essas ocorrências são analisadas como reflexos da liberação da habilidade metalinguística, ou seja, como resultado manifesto da dilatação da capacidade cognitiva de crianças (CLARK, 1978; HICKMAN, 1997 e outros). No campo das patologias da linguagem, por sua vez, a tendência dominante é tomá-las como evidência empírica de “perda” desta habilidade (LIER-DeVITTO & FONSECA, 1997). Neste trabalho, assume-se que tais ocorrências são índices da não coincidência do falante com sua própria fala. As escansões enunciativas são interpretadas como frestas ou fendas impregnadas de carga subjetiva, mas não cognitiva. O foco está voltado, portanto, para a relação sujeito-linguagem, partindo das postulações: fala e sujeito não coincidem, nem tampouco falante e sujeito são instâncias coincidentes. Nessa perspectiva, produz-se um afastamento de visadas cognitivistas seja sobre o “processo de subjetivação” e de suas explicações sobre hesitações, pausas e reformulações, seja sobre a manifestação patológica da linguagem e seus efeitos subjetivos. |
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Hesitações e pausas como ocorrências articuladas ao movimento de reformulaçãoHesitações. Pausas. Reformulação.Hesitações, pausas e reformulações estão presentes em diferentes etapas da vida dos falantes. Na literatura de aquisição da linguagem, tende-se a relacionar o aparecimento articulado dessas três ocorrências com um momento especial (e final) do desenvolvimento. Essas ocorrências são analisadas como reflexos da liberação da habilidade metalinguística, ou seja, como resultado manifesto da dilatação da capacidade cognitiva de crianças (CLARK, 1978; HICKMAN, 1997 e outros). No campo das patologias da linguagem, por sua vez, a tendência dominante é tomá-las como evidência empírica de “perda” desta habilidade (LIER-DeVITTO & FONSECA, 1997). Neste trabalho, assume-se que tais ocorrências são índices da não coincidência do falante com sua própria fala. As escansões enunciativas são interpretadas como frestas ou fendas impregnadas de carga subjetiva, mas não cognitiva. O foco está voltado, portanto, para a relação sujeito-linguagem, partindo das postulações: fala e sujeito não coincidem, nem tampouco falante e sujeito são instâncias coincidentes. Nessa perspectiva, produz-se um afastamento de visadas cognitivistas seja sobre o “processo de subjetivação” e de suas explicações sobre hesitações, pausas e reformulações, seja sobre a manifestação patológica da linguagem e seus efeitos subjetivos.Universidade Estadual de Campinas2012-07-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa teóricaapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/863697210.20396/cel.v54i1.8636972Cadernos de Estudos Linguísticos; v. 54 n. 1 (2012); 67-80Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 54 No. 1 (2012); 67-80Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 54 Núm. 1 (2012); 67-802447-0686reponame:Cadernos de Estudos Linguísticosinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636972/4694Copyright (c) 2015 Cadernos de Estudos Lingüísticosinfo:eu-repo/semantics/openAccessLier-Devitto, Maria FranciscaFonseca, Suzana Carielo2018-08-02T13:16:58Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8636972Revistahttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/PUBhttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/oaispublic@iel.unicamp.br||revistacel@iel.unicamp.br2447-06860102-5767opendoar:2022-11-08T14:23:29.731573Cadernos de Estudos Linguísticos - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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