A construção dos contextos de referência em narrativas amazônicas: Um estudo da anáfora indireta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Heliud Luis Maia
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Estudos Linguísticos
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8648358
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar anáforas indiretas constitutivas de narrativas amazônicas, observando-se a forma como essas anáforas constroem processos referenciais engatilhados no contexto sociodiscursivo no qual essas histórias são produzidas. O referencial teórico tem como base as postulações de Koch (2004, 2006, 2008); Marcuschi (2005, 2006, 2007); Schwartz (2000); Tesnière (1977); Fillmore (1997) e Moura (2013). Para os autores, a construção de anáforas indiretas constitui uma atividade sociocognitiva e cultural, para a qual são mobilizados diversos processos, precisamente no que concerne a tipos de relações semânticas, a papeis temáticos de verbos, a nominalizações, esquemas cognitivos e modelos mentais, procedimentos inferenciais, em que estão em jogo não só elementos estritamente textuais, mas, sobretudo, elementos engatilhados em contextos de referência nos quais as ações de linguagem são produzidas. O corpus, em análise, consta de 17 (dezessete) narrativas, as quais fazem parte de 13 (treze) números da Revista Visagens, Assombrações e Encantamentos da Amazônia, de autoria do escritor paraense Walcyr Monteiro. Esses números foram publicados entre os anos de 1997 e 2004 e tematizam sobre os personagens: Boto, Cobra, Matintaperera e Curupira, assim como acerca de assombrações e visagens. As análises realizadas levam-me a concluir que os processos anafóricos indiretos são constitutivos das narrativas em estudo, assim como reafirmam o fato de que estes reconstroem significados simbólicos, sociocognitivos e discursivos veiculados no processo de produção das narrativas sob investigação.
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