Apresentação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Estudos Linguísticos |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636967 |
Resumo: | Os artigos deste volume organizam-se em torno da (dis)fluência. O tema é atraente porque, se, por um lado, verifica-se ainda a insuficiência de reflexão a respeito, por outro, parecer haver manifestações, na literatura, de interesse crescente nas definições, considerações e abordagens sobre ele. Tal interesse tem sido acompanhado do igualmente crescente reconhecimento de que os limites entre fluência e disfluência são fluidos. Assim, pode-se dizer que um dos pontos de vista sobre a dicotomia fluência/ disfluência que salta aos olhos hoje em dia é justamente o fato de que essa é uma falsa dicotomia. Encontram-se fortes argumentos, em trabalhos recentes, de que certos traços tradicionalmente considerados como marcas de disfluência (e mesmo patologia, como a pausa) não só não são a contraparte desviante, marginal, descartável, excessiva, errônea, imperfeita da fluência, como também existem para garantir o fluir da fala (cf. a recentemente defendida tese de doutorado de Sandra Merlo). Como já mostrava Scarpa (1995), essa divisão, que apela para a pouco produtiva cisão entre uso e conhecimento, tem tendido a ser relativizada ou mesmo completamente abandonada. Mais ainda: como Novaes-Pinto demonstra (ver artigo neste volume), não se pode apelar para tal cisão (uso/conhecimento; fuência/ disfluência) nem ao menos para justificar a classificação, corrente na literatura médica e paramédica, da fala afásica como fluente ou não-fluente. |
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Os artigos deste volume organizam-se em torno da (dis)fluência. O tema é atraente porque, se, por um lado, verifica-se ainda a insuficiência de reflexão a respeito, por outro, parecer haver manifestações, na literatura, de interesse crescente nas definições, considerações e abordagens sobre ele. Tal interesse tem sido acompanhado do igualmente crescente reconhecimento de que os limites entre fluência e disfluência são fluidos. Assim, pode-se dizer que um dos pontos de vista sobre a dicotomia fluência/ disfluência que salta aos olhos hoje em dia é justamente o fato de que essa é uma falsa dicotomia. Encontram-se fortes argumentos, em trabalhos recentes, de que certos traços tradicionalmente considerados como marcas de disfluência (e mesmo patologia, como a pausa) não só não são a contraparte desviante, marginal, descartável, excessiva, errônea, imperfeita da fluência, como também existem para garantir o fluir da fala (cf. a recentemente defendida tese de doutorado de Sandra Merlo). Como já mostrava Scarpa (1995), essa divisão, que apela para a pouco produtiva cisão entre uso e conhecimento, tem tendido a ser relativizada ou mesmo completamente abandonada. Mais ainda: como Novaes-Pinto demonstra (ver artigo neste volume), não se pode apelar para tal cisão (uso/conhecimento; fuência/ disfluência) nem ao menos para justificar a classificação, corrente na literatura médica e paramédica, da fala afásica como fluente ou não-fluente. |
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