Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana*
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos Pagu (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672 |
Resumo: | O presente trabalho abrange parte de um tema de pesquisa que, há alguns anos, prende nossa atenção. Numa sociedade como a nossa, formada por colonização, e algumas dezenas de anos de independência política não chegaram a apagar a orientação econômico-social que proporcionou ao regime patriarcal sua mais ampla e pacífica expansão. Nesse regime, a mulher nasceu, cresceu e – com exclusão da professora – passou a vida limitada a um mundo tão alheio aos interesses da cultura, da inteligência e do espírito, como estranho ao campo da atividade social direta. Constituíram-se entretanto, tipos culturais femininos que desempenharam papel de realce em certos âmbitos geográficos ou sociais. Essas expressões tiveram sua personificação na figura da fazendeira, que tantas vezes administrou sua propriedade com sabedoria e clarividência; na mulher comerciante, cuja segurança de ação e perspicácia impunham respeito aos próprios correligionários masculinos; afirmam-se ainda na rendeira que, pelo exercício de seu mister, constitui-se autônoma e influente na economia regional, e na crioula baiana que, pela prática de várias e complexas atividades e pelo exercício de funções reconhecidas como masculinas pela sociedade, desenvolveu uma feição própria, original e definida; constituindo uma classe social. |
id |
UNICAMP-14_3748e51032ee731f5d4edcba2d8c217c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8644672 |
network_acronym_str |
UNICAMP-14 |
network_name_str |
Cadernos Pagu (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana*O presente trabalho abrange parte de um tema de pesquisa que, há alguns anos, prende nossa atenção. Numa sociedade como a nossa, formada por colonização, e algumas dezenas de anos de independência política não chegaram a apagar a orientação econômico-social que proporcionou ao regime patriarcal sua mais ampla e pacífica expansão. Nesse regime, a mulher nasceu, cresceu e – com exclusão da professora – passou a vida limitada a um mundo tão alheio aos interesses da cultura, da inteligência e do espírito, como estranho ao campo da atividade social direta. Constituíram-se entretanto, tipos culturais femininos que desempenharam papel de realce em certos âmbitos geográficos ou sociais. Essas expressões tiveram sua personificação na figura da fazendeira, que tantas vezes administrou sua propriedade com sabedoria e clarividência; na mulher comerciante, cuja segurança de ação e perspicácia impunham respeito aos próprios correligionários masculinos; afirmam-se ainda na rendeira que, pelo exercício de seu mister, constitui-se autônoma e influente na economia regional, e na crioula baiana que, pela prática de várias e complexas atividades e pelo exercício de funções reconhecidas como masculinas pela sociedade, desenvolveu uma feição própria, original e definida; constituindo uma classe social.Universidade Estadual de Campinas2016-03-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672Cadernos Pagu; n. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-467Cadernos Pagu; No. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-467Cadernos Pagu; Núm. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-4671809-4449reponame:Cadernos Pagu (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672/12132Copyright (c) 2016 Cadernos Paguinfo:eu-repo/semantics/openAccessTorres, Heloïsa Alberto2016-04-06T09:24:30Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8644672Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/indexPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/oaicadpagu@unicamp.br||cadpagu@unicamp.br0104-83331809-4449opendoar:2022-11-08T14:24:33.553678Cadernos Pagu (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
title |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
spellingShingle |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* Torres, Heloïsa Alberto |
title_short |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
title_full |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
title_fullStr |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
title_full_unstemmed |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
title_sort |
Alguns aspectos da indumentária da crioula baiana* |
author |
Torres, Heloïsa Alberto |
author_facet |
Torres, Heloïsa Alberto |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Torres, Heloïsa Alberto |
description |
O presente trabalho abrange parte de um tema de pesquisa que, há alguns anos, prende nossa atenção. Numa sociedade como a nossa, formada por colonização, e algumas dezenas de anos de independência política não chegaram a apagar a orientação econômico-social que proporcionou ao regime patriarcal sua mais ampla e pacífica expansão. Nesse regime, a mulher nasceu, cresceu e – com exclusão da professora – passou a vida limitada a um mundo tão alheio aos interesses da cultura, da inteligência e do espírito, como estranho ao campo da atividade social direta. Constituíram-se entretanto, tipos culturais femininos que desempenharam papel de realce em certos âmbitos geográficos ou sociais. Essas expressões tiveram sua personificação na figura da fazendeira, que tantas vezes administrou sua propriedade com sabedoria e clarividência; na mulher comerciante, cuja segurança de ação e perspicácia impunham respeito aos próprios correligionários masculinos; afirmam-se ainda na rendeira que, pelo exercício de seu mister, constitui-se autônoma e influente na economia regional, e na crioula baiana que, pela prática de várias e complexas atividades e pelo exercício de funções reconhecidas como masculinas pela sociedade, desenvolveu uma feição própria, original e definida; constituindo uma classe social. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-03-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672 |
url |
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644672/12132 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Cadernos Pagu info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Cadernos Pagu |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Campinas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Campinas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Cadernos Pagu; n. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-467 Cadernos Pagu; No. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-467 Cadernos Pagu; Núm. 23 (2004): Cara, cor, corpo; 413-467 1809-4449 reponame:Cadernos Pagu (Online) instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
instname_str |
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
instacron_str |
UNICAMP |
institution |
UNICAMP |
reponame_str |
Cadernos Pagu (Online) |
collection |
Cadernos Pagu (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Cadernos Pagu (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
repository.mail.fl_str_mv |
cadpagu@unicamp.br||cadpagu@unicamp.br |
_version_ |
1800216608431407104 |