Apresentação: de família, reprodução e parentesco: algumas considerações
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos Pagu (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644815 |
Resumo: | A família, como assunto de análise, tem gozado de pouca popularidade entre os cientistas sociais nas últimas décadas. Não é por acaso que, na introdução ao dossiê especial sobre “comportamentos familiares” da Revista Interseções, Clarice Peixoto e Michel Bozon (2001:25) chamam atenção para o fato dos autores, especialmente os brasileiros, não explicitarem espontaneamente a análise dos comportamentos familiares. É como se o material sobre as relações familiares emergisse apesar dos analistas. Aliás, não só os brasileiros sentem desconforto com a “família”. Bob Edgar (2003), pesquisador britânico, abre um recente volume sobre a Sociologia das Famílias, comentando o desafeto de pesquisadores com o tema e apontando para os ardis analíticos que parecem assombrar o campo. Se, por um lado, existe uma tendência de reificar as “estruturas familiares”, sobredeterminando sua influência sobre os membros da família, por outro, confrontamo-nos com a análise psicológica centrada no “self”, que, dominada pela ideologia individualista, pensa a coletividade em termos de suporte ou entrave à realização pessoal. |
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