“Não faz mal pensar que não se está só”: estilo, produção cultural e feminismo entre as minas do rock em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Facchini, Regina
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Pagu (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644991
Resumo: Este artigo procura contribuir para a compreensão das diversas formas assumidas pelo ativismo político no Brasil contemporâneo, enfocando especificamente a intersecção entre política e estilo no feminismo das minas do rock. Para tanto, recupera material fruto de pesquisa etnográfica realizada entre 2004 e 2007 na cena paulistana do rock de mina. A análise propõe considerar o caráter espetacular do estilo como forma de “dar-se a ver” e comunicarse, assim como tomar em conta as múltiplas relações de poder nas quais se inscreve o que é comunicado. Desse modo, sugere pensar os estilos como operadores de diferenças, levando em conta que não são produzidos por sujeitos pré-dados, que agem de forma inteiramente consciente em relação aos efeitos provocados por dada composição de aparência, atitude e música. Ao contrário, considera que os sujeitos se constituem no processo de citar e deslocar normas sociais e que isso pode se dar no processo de composição de um estilo.Abstract This article aims to offer a contribution to the understanding of the various forms assumed by political activism in contemporary Brazil, focusing specifically on the intersection between politics and style in the riot grrrls’ feminism. In order to do that, it rescues material originated from ethnographic research carried out between 2004 and 2007 in the São Paulo riot grrrls’ scene. The research coincides with a specific moment of this scene, marked by its expansion, indicated by the growth of the volume of activities and of its visibility, and by the organization of annual editions of the LadyFest Brasil – a cultural festival devised by women and for women that resumed and symbolized the scene‟s spirit, also integrating it to the calendar of international festivals of the same kind. The analysis proposes to consider the spectacular character of the style as a form of “making oneself visible” and of communicating with one another, as well as to consider the multiple power relations in which the communicated message is inscribed. Therefore, it suggests thinking the styles as operators of difference, taking into account the fact that they are not produced by pre-given subjects, who act in complete awareness of the effects caused by a given composition of appearance, attitude and music. On the contrary, this article considers that the subjects are constituted in the process of quoting and dislocating social norms, and that this may be given in the process of composition of a style.Key Words: Social Movements, Feminism, Youth, Styles, Intersections, Social Agency
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