O papel das emoções nas determinações da ação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pequeno, Marconi
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Manuscrito (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8644667
Resumo: A emoção sempre foi definida como um estado afetivo que se contrapõe à cognição ou à atividade racional. Tal distinção é hoje radicalmente negada pelas pesquisas em neurociências. As emoções, stricto sensu, se expressam sob forma de manifestações intensas, abruptas, inesperadas. Convém, por isso, reconhecer que a emoção envolve uma experiência sensorial (agradável ou desagradável, intensa ou amena, brusca ou tênue) e uma dimensão comportamental ou expressiva representada pela resposta motora que ela suscita (gestos, atitudes, manifestações somáticas, orgânicas, neurológicas, endócrinas). Assim, as emoções comportariam sentimentos (experiências sensoriais) e/ou atitudes (comportamentos), cujas manifestações variam segundo a intensidade, as circunstâncias e a natureza dos agentes desencadeadores. Dessa gama enorme de possibilidades depende a caracterização precisa dos estados mentais que tais sensações suscitam e as formas de conduta que elas engendram. A atitude emocional, todavia, nem sempre se distingue do comportamento voluntário, aquele guiado pela decisão do agente. Algumas emoções não somente desencadeiam certas formas de comportamento, como são modos apropriados dos indivíduos. É dessa interação que trata o nosso trabalho.
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