A(u)tuando o Rio: a lei1 , o desejo e a produção da cidade em Tropa de elite, de José Padilha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Craine, James
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Curti, Giorgio Hadi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pro-Posições (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643390
Resumo: Nosso engajamento com o filme Tropa de elite, de 2007, do diretor José Padilha, é pertinente a discussões mais amplas acerca do papel do desejo e da lei nas formações de geografias do lugar. Em Tropa de elite, é a exploração das potencialidades transformadoras da lei, no mundo rotineiro e cotidiano, por intermédio de seu personagem principal, Capitão Roberto Nascimento (Wagner Moura), que evoca a verdadeira significação social e cultural do filme. Contextualizar a paisagem do Rio de Janeiro como uma ordem econômica singular, através da qual suas personagens literal e metaforicamente tiveram lucro e perderam, descortina Tropa de elite como um exemplo poderoso do que Deleuze descreveu como paisagens como estados mentais e estados mentais como cartografias, “ambos cristalizados um no outro, geometrizados, mineralizados”. Por intermédio das conexões e das dobras entre estados mentais, paisagens e cartografias, nós podemos ver como, por meio da transformação das paisagens e dos espaços urbanos em Tropa de elite, Padilha realiza uma tarefa qualitativa de expor forças, muitas vezes marginalizadoras e exploratórias, coladas ao espaço, à organização social, às políticas de lugar, ao consumo e à produção capitalistas.Abstract: Our engagement with Jose Padilha’s 2007 film Tropa de elite is apropos to larger discussions of the role of desire and law in the formations of geographies of place. It is Tropa de elite’s exploration of the transformative potentialities of law within the everyday and mundane world through its central character, Captain Roberto Nascimento (Wagner Moura), that evokes the film’s true social and cultural significance. Contextualizing the Rio de Janeiro landscape as a particular economic order through which its characters have literally and metaphorically profited and lost uncovers Tropa de elite as a powerful example of what Deleuze) has described as landscapes as mental states, and mental states as cartographies, “both [of which are] crystallized in each other, geometrized, mineralized.” Through the connections and folds between mental states, landscapes and cartographies, we can see how, through the transformation of the urban landscapes and spaces within Tropa de elite, Padilha accomplishes a qualitative task of exposing often marginalizing and exploitative forces bound up in space, social organization, the politics of place and capitalistic production and consumption. Keywords: Capitalism. Desire. Landscape. Law. Rio
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