O lugar da mulher na antropologia pragmática de Kant

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zirbel, Ilze
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Kant e-prints (Online)
Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/307
Resumo: O presente trabalho procura compreender algumas das afirmações de Immanuel Kant sobre o caráter da mulher e do feminino em sua Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático. Ao tratar do Caráter do Sexo, Kant apresenta o que, em linguagem contemporânea, chamaríamos de “diferenças de Gênero” (entre homens e mulheres, masculino e feminino) e desenvolve seu principal argumento para a crença em uma “fraqueza natural” da mulher: a preservação da espécie. Para introduzir o tema da diferença entre os sexos, Kant fala de “máquinas de produção” baseadas em diferentes níveis de força e como um desejo da natureza. A natureza é descrita como a responsável pela “fraqueza feminina” e a atribuição de mais ou menos força segundo o sexo de cada um/a teria como finalidade a união física, racional e duradoura entre homens e mulheres para o bem da espécie humana. O enfoque recai sobre as teorias da natureza e da incapacidade jurídica da mulher no século XVIII resultantes, em grande medida, de um longo debate entre diversas camadas da sociedade européia nos séculos anteriores. Procura-se evidenciar neste artigo algumas das fontes literárias que podem ter influenciado o pensamento de Kant sobre o tema e uma possível tomada de posição kantiana no que tange ao papel da mulher na sociedade ocidental.
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