Tradução salvadora ou substituição progressiva: a leitura habermasiana da filosofia da religião em Kant

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: José Volpato Dutra, Delamar
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Kant e-prints (Online)
Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/454
Resumo: Há dois aspectos salientes na filosofia da religião de Habermas. Primeiro, de acordo com ele, Kant seria o arauto de uma filosofia da religião agnóstica que não consideraria a religião como supérflua. É nesse sentido que se deve entender a apropriação racional de conteúdos religiosos. Kant teria, portanto, operado uma apropriação salvadora de conteúdos religiosos nos limites da simples razão, de tal forma que ele poderia ser considerado exemplar da possibilidade de tradução racional de conteúdos cognitivos presentes na religião. Segundo, no que diz respeito às implicações políticas da tradução da religião para argumentos publicamente aceitáveis, Habermas analisa se tal exigência de tradutibilidade por parte dos cidadãos religiosos se constituiria em uma exigência do Estado que feriria o requisito de sua neutralidade em relação a concepções abrangentes de bem. O presente estudo trata do primeiro ponto.
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