Internacionalização produtiva e mudança estrutural : análise da evolução manufatureira das economias industriais emergentes entre 2000-2015
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1638158 |
Resumo: | Orientador: Fernando Sarti |
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Internacionalização produtiva e mudança estrutural : análise da evolução manufatureira das economias industriais emergentes entre 2000-2015Productive internationalization and structural change : an analysis on the evolution of manufacturing in the emerging industrial countries between 2000-2015Mudança estrutural (Economia)GlobalizaçãoIndustrializaçãoEconomias emergentesInvestimentos estrangeirosStructural change (Economics)GlobalizationIndustrializationEmerging economiesForeign investmentsOrientador: Fernando SartiTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de EconomiaResumo: O desenvolvimento econômico é um processo de transformação da estrutura produtiva no sentido da ampliação da participação de atividades mais complexas e de maior produtividade no produto agregado e no emprego ¿ processo que ficou cunhado como mudança estrutural. Em função de suas propriedades especiais, o setor manufatureiro é o principal o motor deste processo. Observou-se, entre 2000 e 2015, o aprofundamento da internacionalização produtiva via fluxos globais de investimento direto estrangeiro (IDE). A construção das cadeias globais de valor modificou a organização geográfica industrial internacional. As economias industriais emergentes (EIE) passaram a ser cada vez mais alvo das estratégias das empresas transnacionais, recebendo grandes volumes de IDE, dos quais parte significativa foi direcionada ao setor manufatureiro. Contudo, não necessariamente isto significou desenvolvimento industrial. Em teoria, o IDE pode fomentar a mudança estrutural, sobretudo através da transferência tecnológica. Contudo, há o debate de que este processo não seria automático. Pelo contrário, se deixado ao sabor do livre mercado, a tendência seria de concentração das atividades mais complexas e intensivas em P&D em países mais avançados e deslocamento para os países periféricos apenas das atividades que agregam menor valor e utilizam produtos intermediários importados. Assim, o resultado poderia ser justamente o oposto do aventado pela abordagem que propõe a atração do IDE sem direcionamento estatal como forma de impulsionar a industrialização do país. À luz deste debate e da importância das manufaturas para o crescimento econômico, este trabalho analisou o movimento do IDE recebido e realizado por 20 EIE selecionadas, entre 2000 e 2015. Em paralelo foi avaliada a evolução da estrutura produtiva e comercial manufatureira destes países, sob suas perspectivas doméstica e externa. Sem pretender estabelecer relações de causalidade, o objetivo da tese foi verificar se a recepção de volumosos IDE pelos países foi acompanhada necessariamente por mudança estrutural e inserção externa mais virtuosa. Chegou-se a conclusão de que o processo de inclusão da periferia no sistema produtivo mundial foi extremamente concentrado em alguns poucos países emergentes: China, seguida à distância por Índia, Polônia e Tailândia. Destas apenas a China conseguiu se destacar também como exportadora de capitais. Uma gama maior de países, entre eles o Brasil e o México, apresentou fragilização da indústria ao longo dos anos. Além disso, concluiu-se que a grande presença de IDE nas EIE não se mostrou condição suficiente para a ocorrência de mudança estrutural. Países que se mostraram grandes receptores de IDE, como Brasil e México, passaram por importante processo de fragilização de suas estruturas produtivas e manutenção de sua inserção externa subordinada. Por outro lado, nos países que avançaram sua industrialização, como China e Índia, embora os volumes de IDE recebidos também tenham sido expressivos, do ponto de vista interno (PIB e FBCF) tais investimentos não se mostraram tão relevantes quanto foram para os países que apresentaram fragilização da indústria. Isto leva a crer que os países bem sucedidos impulsionaram a mudança estrutural através de outras formas mais relevantes do que via IDEAbstract: Economic development is a process of transformation of the productive structure to expand the share of more complex and higher productivity activities in aggregate output and employment - a process known as structural change. Due to its unique properties, the manufacturing sector is the main engine of this process. Between 2000 and 2015, there was a deepening of productive internationalization via global foreign direct investment (FDI) flows. The emergence of global value chains changed the international industrial geographical organization. Emerging industrial economies (IEEs) have increasingly become the focus of transnational corporations' strategies, receiving large volumes of FDI, of which a significant portion has been directed to the manufacturing sector. However, this did not necessarily mean industrial development. In theory, FDI can foster structural change, especially through technology transfer. However, there is debate that this process would not be automatic. On the contrary, if left to the forces of the free market, the trend would be to concentrate the most complex and intensive R&D activities in more advanced countries and move to the peripheral countries only those activities that add lower value and use a considerable amount of imported intermediate products. Thus, the result could be just the opposite of what is stated by the approach that proposes the attraction of FDI with no state intervention as a way to boost countries' industrialization. In light of this debate and considering the importance of manufacturing for economic growth, this paper analyzed the movement of inward and outward FDI to/from 20 selected EIE between 2000 and 2015. In parallel, it was evaluated the evolution of the productive and trade structures of these countries, under domestic and foreign perspectives. Without claiming to establish causal relations, the purpose of the thesis was to verify whether the reception of significant FDI by countries was necessarily accompanied by structural change and more virtuous external insertion. It was concluded that the process of including the periphery in the world production system was extremely concentrated in a few emerging countries, namely China, followed at a distance by India, Poland, and Thailand. Of these, only China also stood out as a capital exporter. A wider range of countries, including Brazil and Mexico, has gone through a weakening process of their manufacturing over the years. In addition, it was concluded that the large presence of FDI in EIE was not a sufficient condition for structural change to happen. Countries that proved to be major recipients of FDI, such as Brazil and Mexico, underwent an extensive process of industrial weakening and maintained their subordinate international insertion. On the other hand, for the countries that advanced their industrialization, such as China and India, although inward FDI was also generous, from the domestic point of view (GDP and GFCF), these investments were not as relevant as they were for the countries who deindustrialized. This leads to the belief that successful countries have driven structural change through more relevant meanings than via FDIDoutoradoTeoria EconômicaDoutora em Ciências EconomicasCAPES001[s.n.]Sarti, Fernando, 1964-Silva, Ana Lucia Gonçalves daGomes, RogérioFerreira, Marcos José BarbieriCunha, Adriana Marques daUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de EconomiaPrograma de Pós-Graduação em Ciências EconômicasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASRuppert, Lídia, 1983-20172017-12-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (242 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1638158RUPPERT, Lídia. Internacionalização produtiva e mudança estrutural: análise da evolução manufatureira das economias industriais emergentes entre 2000-2015. 2017. 1 recurso online (242 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, SP. 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