Floresta de Gigantes : atores e estratégias em arenas do maior bloco de áreas protegidas da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Léo Eduardo de Campos, 1982-
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/9075
Resumo: Orientador: Lucia da Costa Ferreira
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spelling Floresta de Gigantes : atores e estratégias em arenas do maior bloco de áreas protegidas da AmazôniaGiant Forest : actors and strategies in arenas of the largest block of protect areas in the AmazonÁreas protegidas - AmazôniaÁreas de conservação de recursos naturaisProtect areas - AmazonNatural resources conservation areasOrientador: Lucia da Costa FerreiraTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: Na Amazônia, diversos interesses relacionados à ocupação, desenvolvimento, pressões de atividades econômicas, conservação da biodiversidade, direitos étnicos e territoriais são temas de disputas em diferentes níveis. Essas disputas são históricas e se refletem nos conflitos atuais. Os interesses e perspectivas para a região têm gerado arenas em que distintos atores buscam influenciar processos decisórios, a fim de aproximar os resultados de suas intenções para a região. A presente pesquisa foi realizada na região norte do Pará, conhecida como Calha Norte do Rio Amazonas, com foco no município de Oriximiná. Em 2006, foram criadas cinco Unidades de Conservação (UCs) estaduais que, somadas às demais UCs federais já existentes, bem como às Terras Indígenas (TIs) e Territórios Quilombolas (TQs) da região, formam o maior bloco de Áreas Protegidas da Amazônia. Em Oriximiná, as UCs estaduais geraram novos conflitos pela sobreposição com áreas reivindicadas por quilombolas e indígenas. A partir de 2006, também os TQs de Oriximiná passaram a sofrer maior pressão do setor madeireiro, levando a conflitos sobre o uso desse recurso nas áreas coletivas. Este trabalho tem por objetivo central compreender como evoluíram as arenas e os conflitos territoriais a partir da criação das UCs estaduais, bem como a ação dos atores locais nas arenas relacionadas à pressão madeireira nos TQs em Oriximiná. Como arcabouço teórico-metodológico foi utilizada a abordagem híbrida de arena e, como métodos de coleta de dados, a Análise Situacional, Observação Direta, Observação Participante e entrevistas com atores-chave. Pode-se constatar que a criação das UCs, embora tenha gerado conflitos de sobreposição com indígenas e quilombolas, aproximou o governo do estado do Pará à região, criando condições para que as questões territoriais fossem encaminhadas. Nas arenas relacionadas à pressão madeireira nos TQs, observa-se que as assimetrias e estruturas de poder têm sido determinantes e dificultado que atores locais que percebem os problemas da atividade madeireira nos TQs influenciem os processos decisórios. Em todas as arenas, alianças e clivagens circunstanciais foram observadasAbstract: In the Amazon, a variety of interests related to occupation, development, pressures from economic activities, biodiversity conservation, ethnic and territorial rights generate disputes at different levels. These disputes are historical and reflected in current conflicts. The interests and outlooks for the region have generated arenas in which different players seek to influence decision-making processes to bring the results of their intentions to the region. This research was carried out in the northern region of Pará, known as the Northern Channel of the Amazon River, with focus on the municipality of Oriximiná. In 2006, five state Conservation units (UCs) were created, which, in addition to the other existing federal UCs, as well as the indigenous lands (TIs) and quilombola territories (TQS) of the region, form the largest block of protected areas in the Amazon. In Oriximiná, the state UCs generated new conflicts by overlapping with areas claimed by quilombolas and indigenous peoples. As of 2006, the Oriximiná TQs also suffered greater pressure from the timber sector, leading to conflicts over the use of the resource in collective areas. The main objective of this work is to understand how territorial arenas and conflicts evolved from the creation of state UCs, and the actions of local players in the arenas related to logging pressure in the TQs in Oriximiná. As a theoretical and methodological framework, the hybrid arena approach was used and the data collection methods employed were Situational Analysis, Direct Observation, Participant Observation and interviews with key players. It is possible to ascertain that the creation of the UCs, although it has generated overlapping conflicts with indigenous and quilombola peoples, brought the government of the state of Pará closer to the region, creating conditions for territorial issues to be addressed. In the arenas related to logging pressure in the TQs, it is observed that asymmetries and power structures have been determinant and difficult for local actors who perceive the problems of logging in the TQS to influence decision-making processes. In all arenas, alliances and circumstantial divisions were notedDoutoradoAspectos Sociais de Sustentabilidade e ConservaçãoDoutor em Ambiente e Sociedade[s.n.]Ferreira, Lúcia da Costa, 1955-Castro, Edna Maria Ramos deBarretto Filho, Henyo TrindadeCalvimontes, JorgeViglio, José EduardoUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ambiente e SociedadeUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASFerreira, Léo Eduardo de Campos, 1982-20202020-10-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (211 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/9075FERREIRA, Léo Eduardo de Campos. Floresta de Gigantes: atores e estratégias em arenas do maior bloco de áreas protegidas da Amazônia. 2020. 1 recurso online (211 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. 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