Fatores histopatológicos associados à recidiva de doença e sobrevida em mulheres com carcinoma microinvasor de colo uterino estádio IA1 : Histopathological factors associated with recurrence of disease and survival in women with microinvasive carcinoma of the cervix stage IA1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hartman, Caio Augusto, 1977-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632768
Resumo: Orientador: Júlio César Teixeira
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spelling Fatores histopatológicos associados à recidiva de doença e sobrevida em mulheres com carcinoma microinvasor de colo uterino estádio IA1 : Histopathological factors associated with recurrence of disease and survival in women with microinvasive carcinoma of the cervix stage IA1Histopathological factors associated with recurrence of disease and survival in women with microinvasive carcinoma of the cervix stage IA1Carcinoma de células escamosasColo do ÚteroConizaçãoHisterectomiaRecidivaCarcinoma, Squamous CellCervix UteriConizationHysterectomyRecurrenceOrientador: Júlio César TeixeiraTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: O câncer de colo de útero é uma das neoplasias malignas mais comuns entre mulheres e uma importante causa de morte nesse grupo, principalmente nos países menos desenvolvidos. Dentre outros fatores, a existência de métodos eficazes de rastreamento permite, além da detecção de lesões precursoras, a detecção da doença em estádios iniciais como os carcinomas microinvasores de colo uterino. Quando esta neoplasia é diagnosticada nestes estádios, existe a possibilidade da realização de tratamentos conservadores, especialmente em mulheres com desejo reprodutivo. A despeito do tratamento adequado, alguns casos evoluem com recidiva da doença, demonstrando a necessidade da identificação dos fatores histopatológicos que predispõem ou aumentam este risco. Objetivos: avaliar a taxa de recidiva do carcinoma microinvasor do colo do útero (MIC) estádio IA1 do tipo epidermoide em seguimento de longo prazo de acordo com o tipo de tratamento realizado, se conservador ou não do útero. Em uma casuística ampliada, analisar os critérios histopatológicos relacionados à segurança oncológica do tratamento conservador do MIC estádio IA1. Sujeitos e Métodos: Coorte retrospectiva envolvendo 562 mulheres submetidas a tratamento cirúrgico por MIC estádio IA1 no Hospital da Mulher Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), entre 1985 e 2013. Os casos foram identificados pelo banco de dados do setor de anatomia patológica da instituição e os dados foram coletados dos prontuários. Foi realizada análise considerado p<0,05 para significância estatística. Inicialmente foram avaliadas 139 mulheres tratadas no período compreendido entre janeiro de 1994 a dezembro de 2003 e seguidas até 2013 para avaliação de recidivas a longo prazo, de acordo com o tratamento conservador ou não do útero, e tipo de conização, se a frio (CKC) ou eletrocirúrgica (LETZ). Na sequência, foi avaliada a profundidade da conização relacionada com a segurança do tratamento oncológico conservador no total de casos estudados. Resultados: No primeiro grupo analisado com 139 mulheres, a taxa de recidiva foi de 6% e ocorreu principalmente nos 36 primeiros meses de seguimento. Houve 1 caso de recidiva tardia aos 104 meses. Não houve diferença estatística no risco de recidiva e sobrevida livres de doença relacionado ao tipo de tratamento (conização ou histerectomia). Na análise do grupo de 562 mulheres, 44,5% tinham menos de 40 anos, 75,6% apresentaram microinvasão até 1mm de profundidade, 30,3% tiveram a conização como tratamento definitivo, 53% apresentaram margem endocervical do cone negativa e 48,1% tinham NIC3 ou MIC como doença residual na peça de histerectomia. A profundidade da conização associada com menor taxa de comprometimento de margens do cone foi de 19 mm. A presença de doença residual uterina esteve associada a profundidade do cone, 14,7mm se presente vs. 17,8mm se ausente (p < 0,001) e independentemente da técnica utilizada (CKC ou LETZ). Conclusões: A taxa de recidivas no seguimento de mulheres portadoras de MIC estádio IA1 tratadas com conização foi baixa e ocorreu principalmente nos primeiros três anos de seguimento, independentemente da técnica de conização utilizada (CKC ou LETZ). A profundidade da peça de conização maior ou igual a 19 mm esteve significativamente associada à menor taxa de comprometimento de margens de resseção cirúrgica do cone em mulheres com MIC estádio IA1. Dentre os critérios histológicos da avaliação de peça de conização, a presença de doença residual uterina esteve associada a menor profundidade do cone, independentemente da técnica utilizada (Cone a frio ou EZT)Abstract: Introduction: Cervical cancer is one of the most frequent malignancies among women and a major cause of death in this group, especially in less developed countries. Among other factors, the existence of effective methods of screening, in addition to the detection of precursor lesions, also allows detection of the disease in the early stages, the cervical microinvasive carcinomas. When this neoplasm is diagnosed at these stages, a conservative treatment might be performed, especially in women with reproductive desire. Some cases, despite adequate treatment, evolve with relapse of the disease, demonstrating the necessity to identify histopathological factors that predispose or increase this risk. Objective: to evaluate the recurrence rate of microinvasive (MIC) stage IA1 squamous cell carcinoma in a long-term follow-up according to the type of treatment performed, whether or not conservative of the uterus. In an extended series, to analyze the histopathological criteria related to the oncologic safety of the conservative treatment of MIC stage IA1. Subjects and Methods: Retrospective cohort involving 562 women submitted to surgical treatment of MIC stage IA1 at the José Aristodemo Pinotti Women's Hospital (CAISM) of the State University of Campinas (UNICAMP) between 1985 and 2013. Cases were identified by the database of the sector of pathological anatomy of the institution and data was collected from the medical records. Statistical analysis was performed and p < 0.05 was considered statistically significant. Initially 139 women treated from january 1994 to december 2003 were evaluated and followed until 2013, to determine the recurrence tax in a long follow-up, according to the type of treatment (cold knife conization-CKC, LETZ-conization or hysterectomy). Further, the height of conization specimens related to oncologic safety of conservative treatment was studied in total sample. Results: in the group of 139 women analyzed, the recurrence tax was 6%, and occurred in most cases, up to 36 months of follow-up. There was one case of late recurrence, at 104 months. There was no statistic difference in the recurrence risk and disease-free survival, related to the type of treatment. In the group of 562 women, 44.5% were <40 yr, 75.6% had microinvasion up to 1 mm depth, 30.3% were managed only with conization, 53% had endocervical cone margin negative and 48.1% had residual disease detected in uteri specimen. The height of conization related to decreased tax of positive cone margin was 19 mm. Uterine residual disease detection was related with cone specimen height, 14.7 mm if present vs. 17.8 mm if negative (p < 0.001) and not associated with conization technique. Conclusions: The recurrence rate in women with MIC stage IA1 treated conservatively with conization was low. The recurrences occurred mainly in the first three years of follow-up and without significant changes for up to 20 years, regardless of the technique of conization performed (CKC or LETZ). A cone depth of 19 mm or greater resulted in a significantly lower rate of positive cone margin in women with MIC stage IA1. Among the histological criteria of the evaluation of conization specimens, the presence of residual uterine disease was associated to the height of the cone, regardless of the technique performed (CKC or LETZ)DoutoradoOncologia Ginecológica e MamáriaDoutor em Ciências da Saúde[s.n.]Teixeira, Júlio César, 1965-Baiocchi Neto, GlaucoMarques, Renato MorettiZeferino, Luiz CarlosVale, Diama Bhadra Andrade Peixoto doUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em TocoginecologiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASHartman, Caio Augusto, 1977-20182018-01-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (87 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632768HARTMAN, Caio Augusto. Fatores histopatológicos associados à recidiva de doença e sobrevida em mulheres com carcinoma microinvasor de colo uterino estádio IA1: Histopathological factors associated with recurrence of disease and survival in women with microinvasive carcinoma of the cervix stage IA1. 2018. 1 recurso online (87 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632768. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/991186Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-02-26T15:58:35Zoai::991186Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2018-02-26T15:58:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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