Livres e escravos : população e mortalidade na Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1872)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scott, Dario, 1963-
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639214
Resumo: Orientadores: Maria Silvia Casagrande Beozzo Bassanezi, Everton Emanuel Campos de Lima
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spelling Livres e escravos : população e mortalidade na Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1872)Free men and slaves : population and mortality at Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1872)PopulaçãoMortalidadeMétodosDemografiaPopulation;MortalityMethodsDemographyOrientadores: Maria Silvia Casagrande Beozzo Bassanezi, Everton Emanuel Campos de LimaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: Esta tese tem como objetivo principal analisar a população e a mortalida em uma freguesia urbana e portuária no período escravista (Freguesia da Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre, 1772-1872). Partimos da hipótese de que, diante de um panorama caracterizado pela grande heterogeneidade populacional, somado às diferenças socioeconômicas que distinguiram a população brasileira no passado, a mortalidade apresentaria características diferentes, consoante os distintos segmentos populacionais: escravos e livres. Entre elas, por exemplo, a esperança de vida ao nascer, assim como as causas de óbito, tanto em período de mortalidade ordinária, como em momentos de crise, que poderiam impactar de forma variada estes segmentos. Para atingir esses objetivos, realizamos o cruzamento de diversas fontes (registros paroquiais de óbito, rol de confessados, mapas de população, entre outras), tendo como base uma prevalentes, às taxas de mortalidade adulta e infantil e à esperança de vida. Entre eles, destacam-se: o aumento substancial na esperança de vida ao nascer, e como esperado a população livre apresentou sempre uma expectativa de vida maior que a dos escravos - os homens livres passaram de 19,1 anos (1779-1782) para 30,3 anos (1859-1872) e as mulheres livres de 26,6 anos para 34,8 anos no mesmo período. Entre a população escrava, a esperança de vida ao nascer passou de 17,1 anos para 24,4 anos para os escravos e de 21,5 anos para 28,4 anos para as escravas. As taxas de mortalidade infantil estiveram próximas dos 300 óbitos por mil nascidos vivos, ao longo de todo o período (1772-1872), com valores maiores entre os escravos. As doenças infectocontagiosas que acometiam os livres e escravos eram principalmente diarreia e enterite, tuberculose, varíola e sarampo. Embora essas enfermidades atingissem ambos os segmentos, as transmitidas por água e alimentos tinham maior intensidade na população escrava. Já as transmitidas pelo ar atingiam de forma muito semelhante os dois gruposAbstract: This thesis has as main objective to analyse the population and mortality in an urban and port parish during the slavery period (Parish of Nossa Senhora da Madre de Deus of Porto Alegre, 1772-1872). We start from the hypothesis that, faced with a panorama characterized by great population heterogeneity, added to the socioeconomic differences that distinguished the Brazilian population in the past, mortality would present different characteristics, depending on the different population groups: slaves and free people. Among them, for example, life expectancy at birth, as well as theauses of death, both in the period of ordinary mortality and in moments of crisis, this could have a different impact on these groups. To achieve these objectives, we cross-check several sources (parish death records, list of confessors, population maps, among others), based on an in-depth critique of them and the use of methods to correct and fill gaps found. We applied the General Growth Balance (GGB) for adjustments in adult mortality and, for infant mortality, we developed a specific method. The study of differential mortality was possible because the parish registry of death, the main source,regularly presents age at death and the cause of death for free and slave populations. The results pointed out the continuities and permanencies and also the similarities and differences that marked the mortality of those two population groups, with regard to the evolution over time, the characteristics of the people who died (sex and age), the causes of prevalent deaths, adult and child mortality rates and life expectancy. Among them, the following stand out: the substantial increase in life expectancy at birth, and as expected, the free population always had a longer life expectancy than that of slaves- free men went from 19.1 years (1779-1782) to 30.3 years (1859-1872) and free women from 26.6 years to 34.8 years in the same period. Among the slave population, life expectancy at birth went from 17.1 years to 24.4 years for slaves and from 21.5 years t 28.4 years for enslaved women. Infant mortality rates were close to 300 deaths per thousand live births, over the entire period (1772-1872), with higher values among slaves. The infectious diseases that affected the free and slaves were mainly diarrhea and enteritis, tuberculosis, smallpox and measles. Although these diseases affected both groups, those transmitted by water and food were more intense in the slave population. Those transmitted by air reached the two groups very similarlyDoutoradoDemografiaDoutor em DemografiaCAPES[s.n.]Bassanezi, Maria Sílvia Casagrande Beozzo, 1944-Lima, Everton Emanuel Campos de, 1981-Freire, Flávio Henrique Miranda de AraújoBeheregaray, Raquel PolleroCunha, Maisa Faleiros daAlves, Luciana CorreiaUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASScott, Dario, 1963-20202020-03-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online ( 265 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639214SCOTT, Dario. Livres e escravos: população e mortalidade na Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1872). 2020. 1 recurso online ( 265 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639214. 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