Como evoluem os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta diagnosticados na faixa etária pediátrica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637601 |
Resumo: | Orientador: Maria Angela Bellomo Brandão, Gabriel Hessel |
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Como evoluem os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta diagnosticados na faixa etária pediátricaEvolution of patients diagnosed with extrahepatic portal vein obstruction in childhoodHipertensão portalFígadoVesícula biliarCriançasUltrassonografiaPortal hypertensionLiverGallbladderChildrenUltrasonographyOrientador: Maria Angela Bellomo Brandão, Gabriel HesselDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de obstrução extra-hepática da veia porta (OEHVP) e avaliar as alterações laboratoriais, endoscópicas e ultrassonográficas na ocasião do diagnóstico e durante o acompanhamento ambulatorial desses pacientes, comparando os dados e relacionando aos possíveis desfechos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo com revisão de prontuário de pacientes com OEHVP acompanhados em hospital universitário. Foram pesquisados: sexo, sintomas e idade do início, tempo decorrido até primeira consulta no ambulatório, presença de fatores de risco e tempo de seguimento. Na ultrassonografia, foram avaliados: dimensão hepática e do baço, alterações da vesícula biliar (litíase, barro biliar, espessamento da parede), shunt esplenorrenal, ligamento venoso, dilatação de colédoco e dilatação de vias biliares intra-hepáticas. Da avaliação laboratorial, foram obtidos os resultados do eritrograma, leucograma, plaquetas, INR, R, AST, ALT, FA e GGT. Da endoscopia foram avaliadas: varizes esofágicas e esofagogástricas, gastropatia da hipertensão portal e tratamento. Todos os exames foram avaliados em dois momentos (os primeiros e os mais recentes) e realizadas correlações entre os dados. RESULTADOS: Foram avaliados 77 pacientes com média de idade do início dos sintomas de 52,77 meses e mediana de 46 meses (mínimo de 0 e máximo de 156 meses). A hemorragia digestiva alta foi a apresentação clínica mais frequente (45,4%) e antecedente de cateterismo umbilical foi descrito em 70,3% (45/64). Nos exames evolutivos, a redução da dimensão hepática foi observada em 57,14% (44/77) com diferença estatisticamente significativa (p<0,001). A esplenomegalia esteve presente em 94,81% (73/77) e a prevalência de alterações do sistema biliar foi de 79,72% (59/74) sendo o espessamento da parede da vesícula a alteração mais frequente com 69,86% (51/73), seguida pela litíase biliar em 10,81% (8/74) e 5 pacientes apresentavam ambas. Dos pacientes com litíase biliar (8/74), 5 (62,5%) apresentavam fígado reduzido e 3 (37,5%) apresentavam dimensões hepáticas normais, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,3814). Foi observada correlação entre espessamento da parede de vesícula e redução da dimensão hepática (p= 0,0498) assim como entre cateterismo umbilical e fígado reduzido (p=0,0026). Dos exames laboratoriais, a anemia, leucopenia e plaquetopenia apresentaram diferença estatisticamente significante com p<0,05. Das variáveis endoscópicas, a presença de varizes esofágicas e tratamento endoscópico mostraram diferença estatisticamente significante (p<0,05). A esplenomegalia foi analisada comparativamente com outras variáveis durante evolução dos pacientes. A relação com a redução hepática mostrou diferença estatisticamente significativa (p=0,0158), porém não foi observado o mesmo resultado com leucopenia (p=0,6237), anemia (p=0,2544), espessamento da parede da vesícula (p=0,2514) e plaquetopenia (p= 0,0531). CONCLUSÃO: Em uma média de 8 anos de seguimento, observamos que o fígado dos pacientes diagnosticados com OEHVP na infância reduziu de tamanho em mais da metade dos casos, assim como foi alta a frequência de litíase biliar quando comparada com a população pediátrica geral. Foi observada associação estatisticamente significativa de fígado reduzido e espessamento da vesícula biliar, porém não com a litíase. O cateterismo umbilical apresentou correlação com a redução do fígado. Houve aumento na frequência de plaquetopenia e leucopenia e diminuição da anemia na evolução. A endoscopia foi efetiva na prevenção do sangramento nessa populaçãoAbstract: OBJECTIVE: To describe the epidemiological characteristics of patients diagnosed with extrahepatic portal vein obstruction (EHVPO), evaluate the laboratory, endoscopic and ultrasonographic changes at the time of diagnosis and during the outpatient follow-up of these patients, comparing the data and correlating the possible outcomes. METHODS: Retrospective descriptive study, based on a review of the medical records of patients with EHVPO followed at a university hospital. Clinical data reviewed included: gender, clinical presentation, age at onset, time elapsed until the first outpatient visit, presence of risk factors and follow-up time. Ultrasonography parameters evaluated were: liver and spleen size, gallbladder abnormalities (gallstones, biliary sludge, gallbladder wall thickening), splenorenal shunt, venous ligament, choledochal dilatation and intrahepatic biliary tract dilatation. Laboratory evaluation included: results of the erythrogram, leukogram, platelets, INR, R, AST, ALT, alkaline phosphatase and GGT. Endoscopic data evaluated: presence of esophageal and gastric varices, portal hypertensive gastropathy and therapeutic interventions. All this data was evaluated in two different moments (the first/diagnostic and the most recent ones) and correlations were made between the data. RESULTS: A total of 77 patients with mean age at onset of symptoms of 52.77 months and median of 46 months (minimum of 0 and maximum of 156 months) were included. Upper gastrointestinal bleeding was the most frequent clinical presentation (45.4%) and the history of umbilical catheterism was described in 70.3% (45/64). On follow up evaluations, reduction in liver size was noted in 57.14% (44/77) to be statistically significantly different (p <0.001). Splenomegaly was present in 94.81% (73/77), and the prevalence of biliary system changes was 79.72% (59/74) - of these, gallbladder wall thickening was the most frequent abnormality seen, in 69.86% (87/73), followed by gallstones, in 10.81% (8/74), and 5 patients had both. In the subgroup of patients with lithiasis (8/74), 5 (62.5%) had reduced liver size and 3 (37.5%) had normal liver dimensions, with no statistically significant difference. A correlation was observed between reduced liver size and gallbladder wall thickening (p = 0.0498) as well as between umbilical catheterism and reduced liver (p=0.0026). Regarding laboratory findings, anemia, leukopenia and thrombocytopenia were statistically significant different, with a p value <0.05. Of the endoscopic parameters, the presence of esophageal varices and the endoscopic treatment showed a statistically significant difference (p <0.05). Splenomegaly was analyzed comparatively with other variables during patients' follow up. It was seen in correlation with the hepatic reduction - statistically significant difference noted (p = 0.0158), but this was not seen result in regards to leukopenia (p = 0.6237), anemia (p = 0.2544), gallbladder wall thickening (p = 0.2514) and thrombocytopenia (p = 0.0531). CONCLUSION: During a mean follow-up of 8 years, we observed a reduced liver size in more than half of patients diagnosed with EHPVO in childhood, as well as a higher frequency of gallstones when compared with the general pediatric population. A statistically significant association between reduced liver size and gallbladder wall thickening, but not with lithiasis, was seen. Umbilical catheterization showed correlation with reduced liver size. There was an increase in the frequency of thrombocytopenia and leukopenia and reduction of anemia on follow up. Endoscopy was effective in preventing bleeding in the study populationMestradoSaúde da Criança e do AdolescenteMestra em Ciências[s.n.]Brandão, Maria Angela Bellomo, 1967-Hessel, Gabriel, 1960-Porta, GildaRibeiro, Antonio FernandoUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescenteUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBarreto, Juliana Corrêa Campos, 1990-20192019-07-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (62 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637601BARRETO, Juliana Corrêa Campos. Como evoluem os pacientes com obstrução extra-hepática da veia porta diagnosticados na faixa etária pediátrica. 2019. 1 recurso online (62 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637601. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1095332Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-11-26T15:56:39Zoai::1095332Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2019-11-26T15:56:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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