Dinâmica socioespacial e centralidades metropolitanas : uma abordagem a partir da pendularidade laboral na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/5405 |
Resumo: | Orientador: José Marcos Pinto da Cunha |
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Dinâmica socioespacial e centralidades metropolitanas : uma abordagem a partir da pendularidade laboral na Região Metropolitana do Rio de JaneiroSocial-spatial dynamics and metropolitan centralities : an approach from the work commuting in the Metropolitan Region of Rio de JaneiroMobilidade espacialEspaço urbanoMigração interna - Rio de Janeiro, Região Metropolitana do (RJ)Distribuição espacial da populaçãoSpatial mobilityUrban spaceInternational migration - Rio de Janeiro, Metropolitan Region of (RJ)Spatial distribution of populationOrientador: José Marcos Pinto da CunhaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: As transformações espaciais reforçam as desigualdades e fragmentam as metrópoles. A "metrópole fordista" se transforma em "metrópole contemporânea", e é nesse contexto que a sociedade pós-industrial, em tempos de acumulação flexível, convive com uma estrutura econômica em que a divisão internacional do trabalho é gerida por grandes grupos econômicos, capazes de conduzir seus interesses produtivos para diversos países. Os arranjos espaciais surgem para atender a concorrência pelo investimento e para atrair fluxos de produção, financeiro e de consumo. Essa é a metropolização que avança no século XXI, com nexos próprios entre a financeirização global e os arranjos específicos de configuração das cidades cuja produção do espaço atende ao paradigma da lógica especulativa mercantil. No Brasil, a desigualdade social está expressa no padrão de segregação e fragmentação socioespacial. Diante da distribuição desigual dos custos e benefícios da urbanização no espaço metropolitano, as desigualdades afetam a qualidade da participação das pessoas no espaço urbano. As Regiões Metropolitanas (RM) de todo o Brasil vêm passando por uma reestruturação fundamentada na dispersão metropolitana e na reconfiguração dos centros, dispersão que consiste na distensão da área metropolitana e ampliação da intensidade dos fluxos intrametropolitanos. O problema tangente a esse processo é a expansão territorial com distanciamento entre os espaços residenciais da população de baixa renda e o centro metropolitano tradicional, um processo de periferização da população mais pobre que aumenta o descompasso espacial entre o local de moradia e o local de trabalho, confirmando a Spatial Mismatch Hypothesis. A concepção de centralidade nesse contexto está inserida na discussão da produção do espaço e articula as tendências das relações territoriais, econômicas e sociais. As transformações espaciais promovidas pelos processos de urbanização e metropolização impactam as práticas socioespaciais e, nesse sentido, a condição de centralidade de um determinado espaço também se modifica. Esta pesquisa analisa as centralidades estabelecidas no interior da região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) mediante a dinamização de novos polos produtivos, cenário no qual a pendularidade se revelou um indício empírico fundamental. Nessa perspectiva, a pesquisa circunscreve a análise da configuração socioespacial da RMRJ segundo a abordagem dos deslocamentos pendulares intrametropolitanos dos trabalhadores nos anos 2000 e 2010. A pendularidade pode ser utilizada como um indicador da incompatibilidade espacial, isto é, uma resposta e um reflexo da produção do espaço urbano no qual as desigualdades territoriais se desenham. Os objetivos desta pesquisa foram alcançados por meio da análise da distribuição espacial da população através do estudo da "última etapa" da migração, com os dados do Censo de 2010, da criação de sub-regiões na RMRJ, do estudo comparativo da pendularidade intrametropolitana realizada exclusivamente por trabalhadores nos anos 2000 e 2010 e da relação de integração e complementaridade estabelecida na região. Novas centralidades metropolitanas foram identificadas no extremo Oeste e no Leste metropolitano diante da recomposição territorial de polos produtivos e da convergência dos fluxos pendularesAbstract: Spatial transformations reinforce inequalities and fragment metropolises. The "Fordist metropolis" becomes a "contemporary metropolis", and it is in this context that post-industrial society, in times of flexible accumulation, coexists with an economic structure in which the international division of labor is managed by large economic groups, capable of to conduct their productive interests to different countries. Spatial arrangements arise to meet the competition for investment and to attract production, financial and consumption flows. This is the metropolization that advances in the 21st century, with its own links between global financialization and the specific configuration arrangements of cities whose production of space meets the paradigm of speculative mercantile logic. In Brazil, social inequality is expressed in the pattern of segregation and socio-spatial fragmentation. Faced with the unequal distribution of costs and benefits of urbanization in the metropolitan space, inequalities affect the quality of people's participation in urban space. The Metropolitan Regions (MR) throughout Brazil have been undergoing restructuring based on metropolitan dispersion and the reconfiguration of centers, a dispersion that consists of expanding the metropolitan area and increasing the intensity of intra-metropolitan flows. The problem tangent to this process is the territorial expansion with distance between the residential spaces of the low-income population and the traditional metropolitan center, a process of peripheralization of the poorest population that increases the spatial mismatch between the place of residence and the place of work. , confirming the Spatial Mismatch Hypothesis. The concept of centrality in this context is inserted in the discussion of the production of space and articulates the tendencies of territorial, economic and social relations. The spatial transformations promoted by urbanization and metropolization processes impact socio-spatial practices and, in this sense, the condition of centrality of a given space also changes. This research analyzes the centralities established in the interior of the metropolitan region of Rio de Janeiro (RMRJ) through the dynamization of new productive poles, a scenario in which commuting proved to be a fundamental empirical evidence. In this perspective, the research circumscribes the analysis of the socio-spatial configuration of the RMRJ according to the approach of intrametropolitan commuting of workers in the 2000s and 2010s. Commuting can be used as an indicator of spatial incompatibility, that is, a response and a reflection of production of the urban space in which territorial inequalities are drawn. The objectives of this research were achieved through the analysis of the spatial distribution of the population through the study of the "last stage" of migration, with data from the 2010 Census, the creation of sub-regions in the RMRJ, the comparative study of intrametropolitan commuting carried out exclusively by workers in the 2000s and 2010s and the relationship of integration and complementarity established in the region. New metropolitan centralities were identified in the extreme West and in the metropolitan East in view of the territorial recomposition of productive poles and the convergence of commuting flowsDoutoradoDemografiaDoutora em DemografiaCAPES001[s.n.]Cunha, Jose Marcos Pinto da, 1959-Baeninger, Rosana AparecidaJakob, Alberto Augusto EichmanRocha, Érica Tavares da SilvaSilva, César Augusto Marques daUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGomes, Vivian Alves da Costa Rangel, 1976-20222022-04-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (236 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/5405GOMES, Vivian Alves da Costa Rangel. Dinâmica socioespacial e centralidades metropolitanas: uma abordagem a partir da pendularidade laboral na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 2022. 1 recurso online (236 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/5405. 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