Síndrome de deleção 22q11.2 : influência da origem parental na heterogeneidade clínica
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/17638 |
Resumo: | Orientador: Társis Antonio Paiva Vieira |
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Síndrome de deleção 22q11.2 : influência da origem parental na heterogeneidade clínica22q11.2 deletion syndrome : influence of the parental origin in the clinical heterogeneitySíndrome de deleção 22q11.2Variação fenotípicaImpressão genômica22q11.2 deletioin syndromeBiological variation, PopulationGenomic imprintingOrientador: Társis Antonio Paiva VieiraDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A Síndrome de Deleção 22q11.2 (SD22q11.2) é a síndrome de deleção cromossômica mais comum, com prevalência estimada de 1:3.000 a 6.000 nascimentos. Com mais de 180 manifestações clínicas, a síndrome é caracterizada por dismorfismos faciais, anomalias palatais, cardiopatias congênitas, imunodeficiência, hipocalcemia, disfagia, anomalias esqueléticas e renais, alterações oftalmológicas, atraso no desenvolvimento e distúrbios psiquiátricos, em diferentes combinações. Entretanto, as características clínicas são extremamente variáveis e os motivos ainda não são bem compreendidos. Embora a origem parental da deleção possa contribuir para essa variabilidade fenotípica, poucos estudos têm explorado a relação entre a origem parental da deleção e a heterogeneidade clínica da síndrome. Além disso, dentro da região frequentemente deletada, em 22q11.2, foi descrita a presença de imprinting dos genes DGCR6 e DGCR6L. Assim, os objetivos deste estudo foram: realizar a triagem de deleção em 22q11.2 em indivíduos com a suspeita clínica da síndrome e investigar a influência da origem parental na heterogeneidade clínica da SD22q11.2. Foram investigados 88 indivíduos com suspeita de SD22q11.2, para os quais a triagem da deleção foi realizada pela técnica de Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification (MLPA). A deleção típica foi encontrada em 36 indivíduos, correspondendo a uma taxa de diagnósticos confirmados de 40,9%. Já a determinação da origem parental, foi realizada apenas nos indivíduos que apresentavam amostras de pelo menos um dos genitores e que estavam registrados na base PCFB, totalizando em 68 famílias. Essa determinação foi realizada por genotipagem de cinco marcadores de DNA microssatélite e dois polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) mapeados dentro da região comumente deletada. Entre 68 famílias incluídas, 54 tinham amostras do trio (paciente, pai e mãe) disponível e 14 apenas amostras do paciente e da mãe, e a origem parental foi estabelecida em 64 famílias. Em 37 indivíduos a deleção foi de origem paterna e em 27 de origem materna (p=0.2113), em quatro famílias os marcadores utilizados não foram informativos. A frequência de sinais clínicos nos indivíduos com deleção de origem paterna ou materna foi, respectivamente: atraso de no desenvolvimento neuropsicomotor – 27/37 (73%) e 21/27 (78%); alterações palatais - 28/37 (76%) e 21/27 (78%); malformações cardiovasculares – 18/37 (49%) e 18/27 (67%); alterações psiquiátricas e neurológicas - 10/37 (27%) e 8/27 (30%); sintomas sugestivos de alterações imunológicas ou hematológicas - 19/37 (51%) e 13/27 (48%); alterações endocrinológicas - 3/37 (8%) e 5/27 (19%); deficiência auditiva – 11/37 (30%) e 6/27 (22%); alterações oftalmológicas - 8/37 (22%) e 6/27 (22%); alterações no trato gastrointestinal – 11/37 (30%) e 10/27 (37%); alterações no trato geniturinário – 3/37 (8%) e 6/27 (22%); anomalias esqueléticas – 18/37 (49%) e 18/27 (67%). Embora alguns sinais clínicos tivessem frequências diferentes entre os grupos com a deleção de origem paterna ou materna, em nenhum deles essa diferença foi estatisticamente significante. Uma das limitações deste estudo é o tamanho da casuística e outros estudos com maior número de indivíduos poderiam reforçar ou refutar esses resultados. Entretanto, este estudo mostra que provavelmente a origem parental da deleção não tem influência na heterogeneidade clínica da SD22q11.2Abstract: The 22q11.2 Deletion Syndrome (22q11.2DS) is the most common chromosomal deletion syndrome, with an estimated prevalence of 1:3,000 to 6,000 births. With more than 180 clinical manifestations, the syndrome is characterized by facial dysmorphisms, palatal anomalies, congenital heart disease, immunodeficiency, hypocalcemia, dysphagia, skeletal and renal anomalies, ophthalmologic alterations, developmental delay, and psychiatric disorders, occurring in various combinations. However, clinical features are highly variable, and the reasons are not well understood. Although the parental origin of the deletion may contribute to this phenotypic variability, few studies have explored the relationship between parental origin of the deletion and the clinical heterogeneity of the syndrome. Besides this, two imprinted genes have been described inside the frequently deleted region in 22q11.2, the DGCR6 and DGCR6L.The aims of this study were to perform screening for 22q11.2 deletion in individuals with clinical suspicion of the syndrome and investigate the influence of parental origin on the clinical heterogeneity of 22q11.2DS. A total of 88 individuals with suspected 22q11.2DS were investigated, and deletion screening was performed using MLPA. The typical deletion was found in 36 individuals, resulting in a confirmed diagnosis rate of 40.9%. The determination of parental origin, was carried out only on individuals who presented samples from at least one of the parents and who were registered in the PCFB database, totaling 68 families. This determination was carried out by genotyping five microsatellite DNA markers and two single nucleotide polymorphisms (SNPs) mapped within the common deleted region. Among the 68 families, 54 had samples from the trio (patient, father, and mother) available, and 14 had only samples from the patient and mother. Parental origin was established in 64 families. In 37 individuals, the deletion was of paternal origin, and in 27 it was of maternal origin (p=0.2113; in four families the DNA markers were not informative. The frequency of clinical signs in individuals with paternal or maternal deletion origin was, respectively: developmental delay – 27/37 (73%) and 21/27 (78%); palate abnormalities - 28/37 (76%) and 21/27 (78%); cardiovascular malformations – 18/37 (49%) and 18/27 (67%); psychiatric and neurological changes - 10/37 (27%) and 8/27 (30%); symptoms suggestive of immunologic or hematologic changes - 19/37 (51%) and 13/27 (48%); endocrinological alterations - 3/37 (8%) and 5/27 (19%); hearing impairment – 11/37 (30%) and 6/27 (22%); ophthalmologic alterations - 8/37 (22%) and 6/27 (22%); gastrointestinal alterations – 11/37 (30%) and 10/27 (37%); genitourinary alterations – 3/37 (8%) and 6/27 (22%); skeletal anomalies – 18/37 (49%) and 18/27 (67%). Although some clinical features had different frequency between groups with paternal or maternal deletion, none of them showed statistically significant difference. One of the limitations of this study is the small sample size and further studie with larger samples could support or not the results of this study. Nonetheless, this study shows that probably the parental origin of the deletion does not influence the clinical heterogeneity of 22q11.2DSAbertoMestradoGenética MédicaMestra em Ciências MédicasCAPES88887.615832/2021-00[s.n.]Vieira, Tarsis Antonio Paiva, 1981-Guaragna, Mara SanchesSoares, Diogo Cordeiro de QueirozUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências MédicasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASWallau, Melissa Bittencourt de, 1999-20242024-01-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (86 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/17638WALLAU, Melissa Bittencourt de. Síndrome de deleção 22q11.2: influência da origem parental na heterogeneidade clínica. 2024. 1 recurso online (86 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/17638. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1385464Cover: https://repositorio.unicamp.br/capa/capa?codigo=1385464Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-05-22T16:14:55Zoai::1385464Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2024-05-22T16:14:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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