Descartes e a demonstração da impossibilidade da reprodução mecanica da inteligencia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1610699 |
Resumo: | Orientador: Arley Ramos Moreno |
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Descartes e a demonstração da impossibilidade da reprodução mecanica da inteligenciaDescartes and the demonstration of the impossibility of the mechanical reproduction of intelligenceDescartes, René, 1596-1650Sujeito (Filosofia)PensamentoCorpo e menteMáquinasFilosofia modernaSubject (Philosophy)ThoughtBody and mindMachinesModern philosophyOrientador: Arley Ramos MorenoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: O presente estudo é uma análise da obra de Descartes a partir daquilo que ela tem de mais controverso, o problema mente-corpo. O experimento metafísico que conduz Descartes da descoberta do Cogito à descoberta de Deus e do mundo permite ao filósofo derivar três conseqüências fundamentais: a) a mente é de natureza imaterial (res cogitans); b) o corpo é de natureza material (res extensa); c) o homem é o único ser dotado de corpo e alma (um composto substancial). O sujeito cartesiano é de acordo com o procedimento metafísico o fundamento primeiro de todo conhecimento. Ou seja, todo pensamento pressupõe um sujeito que pensa. Assentada sobre fundamentos metafísicos, a física é alçada à condição de ciência. Uma vez estabelecida a diferença de natureza entre mente e corpo, o filósofo afirma que o pensamento é uma propriedade da mente - uma prerrogativa humana. Destituído de espírito ou de alma, o mundo físico é concebido como uma grande máquina. Os corpos porque são regidos pelas leis da mecânica são autômatos naturais ou autômatos artificiais (feitos pelo homem). Considerado insolúvel do ponto de vista racional, o problema mente-corpo deixa, porém, de existir na esfera da união substancial. O ser humano é um composto substancial. Porque possui mente, o homem é um ser livre (indeterminado), mas porque é dotado de corpo, o homem é do ponto de vista das funções orgânicas, determinado. Pretende-se identificar na obra cartesiana elementos conceituais e procedimentos argumentativos que tornam possível demonstrar nossa tese: as máquinas não pensam, porque são constituídas somente de matéria. Segundo Descartes, existe uma evidência empírica que atesta a capacidade de pensamento: a capacidade de falar e de agir. Embora pareçam falar e agir, tanto os animais quanto as máquinas são incapazes de dispor da linguagem e de tomar decisões livres. Falar é diferente de pronunciar palavras. A capacidade de falar implica a capacidade de compor livremente frases e de saber o significado das palavras. Definidas, portanto, como artefatos ou engenhos mecânicos, as máquinas são capazes de realizar operações, mas não de agir. Agir é diferente de operar. Enquanto na operação atua um determinismo causal, na ação está presente uma vontade livre. Portanto, se o homem é o único ser capaz de pensamento, é porque é um ser livre, capaz de se autodeterminar. Marco inaugural do pensamento moderno, a obra cartesiana continua a desafiar e a instigar os críticos contemporâneos. É a disputa filosófica e científica em torno da natureza da mente que torna o pensamento cartesiano não só atual, mas insuperável.Abstract: The present study is an analysis of the work of Descartes from that what it has most controversial of the mind-body problem. The metaphysical experiment, that leads Descartes from the discovery of the Cogito to the discovery of God and the world, allows the philosopher to derive three fundamental consequences: a) the mind is from immaterial nature (res cogitans); b) the body is from material nature (res extensa); c) the human being is the only endowed being of body and soul (a substantial composite). Cartesian subject is, the according the metaphysical procedure, foundation first of all knowledge. That is, all thinking presupposes a subject who thinks. Based on metaphysical grounds, the physic is raised to the condition of science. Once, the difference in nature between mind and body, is estabilized, the philosopher says, that the thought is a property of mind, or a human prerogative. Devoid of spirit or soul, the physical world is conceived as a great machine. The bodies, because they are governed by the laws of mechanical automatas, are natural or artificial automatas (made by the human being). Considered insoluble from the rational point of view, the mind-body problem no longer, however, exist in the sphere of the substantial union. The human being is a substantial composite. Because it has mind, the human being is a free being (indetermined), but because it is endowed of body, the human being is in terms of functions, determined. It is intended to identify in the cartesian work conceptual elements and argumentative procedures, that make possible to demonstrate our thesis: the machines do not think, because they consist only of matter. According to Descartes, there is an empirical evidence that shows the ability to thought: the ability to speak and act. Although it seems to talk and to act, both the animals as the machines are unable to use the language and make free decisions. To talk is different to pronounce words. The ability to freely compose sentences and to know the meaning of the words. Defined, so, as artifacts or mechanical devices, the machines are able to realize operations, but not to act. Acting is different from operating. While in the operation acts a causal determinism, in the action is a free will present. If the human being is the only being capable of thought, because it is a free being, able to selfdetermine. The inaugural mark of modern thought, the cartesian work continues to challenge and to instigate contemporary critics. It is the philosophical and scientific dispute about the nature of mind that makes the cartesian thought not only current, but insuperable.DoutoradoDoutor em Filosofia[s.n.]Moreno, Arley Ramos, 1943-2018Forlin, EnéiasGonzales, Maria Eunice QuiliciSilva, Franklin Leopoldo eBattisti, César AugustoUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASChitolina, Claudinei Luiz20092009-12-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf333 p.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1610699CHITOLINA, Claudinei Luiz. Descartes e a demonstração da impossibilidade da reprodução mecanica da inteligencia. 2009. 333 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1610699. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/470615porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T05:42:26Zoai::470615Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T05:42:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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