Avaliação "in vivo" e "in vitro" da resistencia a multiplas drogas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ludmila Siqueira Medina da
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1581778
Resumo: Orientador: Ricardo Zollner
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spelling Avaliação "in vivo" e "in vitro" da resistencia a multiplas drogasAgentes antineoplásicosCâncer - QuimioterapiaDrogasImunoterapiaOrientador: Ricardo ZollnerTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: A primeira parte do estudo restringiu-se ao estabelecimento do modelo BRO "in vivo". Para isto, empregamos a linhagem de células BRO e sua sublinhagem transfectada BRO mdr1.1, utilizando a técnica de xeno-enxertos em camundongos atímicos. Estes animais foram observados por sucessivas passagens e avaliados quanto à resposta apresentada aos agentes citotóxicos vincristina e doxorubicina, sempre comparados com testes "in vitro" das mesmas células. Estas linhagens celulares também foram avaliadas "in vitro" e "ex-vivo" quanto à expressão da 170-Pgp e aos fatores de resistência empregando-se as técnicas de imunoperoxidase e citotoxicidade com MTT. A análise final destas informações permite afirmar que o modelo BRO pode ser utilizado no estudo da resistência a múltiplas drogas até a segunda passagem, o que corresponde ao período de tempo de 6 semanas como xeno-enxertos. A droga vincristina foi escolhida para os estudos "in vivo" devido ao elevado nível de resistência apresentado pelas células BRO mdr 1.1. A segunda parte do trabalho concentrou-se na avaliação do modelo no estudo de novos agentes reversores, bepridil e cremofor. Numa primeira fase verificou-se a efetividade da reversão destes agentes e sua citotoxicidade "in vitro". Foi possível estabelecer as doses ideais para a obtenção do efeito de reversão da MDR. As concentrações não citotóxicas de cremofor mostraram uma reversão da resistência marcadamente menor que as obtida com bepridil. Estes dados indicaram a realização de testes de reversão "in vivo" apenas com bepridil. A farmacocinética desta droga para camundongos foi estabelecida através de HPLC e cintilação líquida. Um esquema combinando vincristina e bepridil, utilizados na MTD, foi estabelecido e testado em camundongos atímicos portando tumores BRO mdr 1.1 sem um resultado efetivo de regressão tumoral, provavelmente devido aos baixos níveis plasmáticos do reversor alcançados, somados aos altos fatores de resistência presentes na segunda passagem. A terceira parte do estudo consistiu na avaliação da radioimunoterapia como outra metodologia para se atingir as células portadoras do fenótipo MDR neste modelo. Para tanto, as linhagens celulares foram testadas quanto à sua radiosensibilidade em ensaio clonogênico e em teste de citotoxicidade com SRB. Os resultados foram similares, não se detectando diferenças significativas entre as radiosensibilidades de linhagens resistentes e sensíveis. A partir destes dados realizou-se a biodistribuição do anticorpo monoclonal MRK16 após a marcação deste com o radioisótopo 131I, não havendo captação preferencial do monoclonal pelos tumores resistentes, como também não detectamos resposta tumoral a radioimunoterapia. O baixo número de epitopos de 170-Pgp encontrados na superfície das células BRO mdr1.1 pelas técnicas de citometria de fluxo e imunocompetição de Scatchard justifica a falha desta abordagem terapêutica. O modelo "in vivo" focalizado nesta pesquisa não poderá ser empregado na avaliação das modalidades terapêuticas que utilizem anticorpos monoclonais (isolados ou como imunoconjugados) de ultrapassar o fenômeno da resistência a múltiplas drogas, mas permanece útil na determinação do potencial de reversão e no estudo da toxicidade das drogas selecionadas pelos modelos "in vitro" como agentes reversores da MDR, criando condições mais seguras para o emprego clínico. O modelo desenvolvido abre, também, uma nova opção no estudo comparativo entre tumores intrinsecamente resistentes e os que apresentam resistência a múltiplas drogas adquiridas, por se tratar de um tumor desenvolvido a partir de células transfectadas com o gene MDR1. Numa perspectiva otimista destes estudos antevemos uma solução definitiva para estes tumores até hoje sem possibilidade de tratamento eficaz com quimioterapiaAbstract: Multidrug resistance has been one of the most active research areas during last decade because its growing clinical importance. Expression of the MDR1 (170-Pglycoprotein) gene is an active effux pump that decreases the intracellular accumulation of some of the major anticancer drugs such as anthracyclines, vinca alkaloids, and epipodophyllotoxins. Our study stablished an "in vivo" model using BRO cell line and its transfected subline BROmdr1.1. The MDR phenotype was detected until the second passage as xenografts or 6 weeks in cell culture by citotoxity MTT test with vincristine and doxorubicin but also by imunostainning using 3 monoclonal antibodies (C219, JSBI and MRK16). We have studied antitumor activity of vincristine and doxorubicin in nude mice bearing the second passage of BRO and BROmdr1.1. It was possible to define resistant factors for each drug. New reversal agents, cremophor and bepridil, were tested "in vitro". Bepridil presented higher reversal effect and was select to "in vivo" studies, but the doses nedded to achieved complete reversal "in vitro" could not be reached "in vivo". BROmdr1.1 xenografts were treated with monoclonal antibodies labelled with isotopes. The absence of response probably was because it was not possible to concentrate de isotope in the resistant tumors due the small number of epitopes that this cell line presented at Scatchard test. This model can be used to study new reversal agents for MDR phenotype "in vivo", Its toxicity, pharmacokinetics and reversal activity, before going further on human trialsDoutoradoDoutor em Medicina Interna[s.n.]Zollner, Ricardo de Lima, 1954-Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências MédicasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCunha, Ludmila Siqueira Medina da1994info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf121f. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1581778CUNHA, Ludmila Siqueira Medina da. Avaliação "in vivo" e "in vitro" da resistencia a multiplas drogas. 1994. 121f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1581778. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/80954porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-02-19T09:37:32Zoai::80954Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2019-02-19T09:37:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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