Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Mara de Menezes de Assis
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001
Resumo: Orientadores: Ana Maria Magalhães Andrade Lagoa, Eduardo Caruso Machado
id UNICAMP-30_404c20bd660a2285586a4f135ebc685e
oai_identifier_str oai::206633
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citrosAcido abscisicoLaranjaOrientadores: Ana Maria Magalhães Andrade Lagoa, Eduardo Caruso MachadoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: Laranjeiras 'Pêra' (Citrus sinensis L. Osbeck) enxertadas sobre limoeiros 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck) de um ano de idade foram infectadas pela bactéria Xylella fastidiosa, responsável pela doença Clorose Variegada dos Citros (CVC), pelo método de encostia. As laranjeiras crescidas em vasos de 100,0 L foram mantidas em telado, para impedir a entrada de cigarrinhas, vetores da bactéria. Seis meses após a inoculação, foi confirmada a presença da bactéria por meio da análise de PCR (reação em cadeia de polimerase). Como foi verificado que a deficiência hídrica (DH) intensifica os efeitos da CVC no campo, as plantas foram submetidas a três ciclos de DH no período de um ano (março e outubro de 1998 e abril de 1999) e divididas em quatro tratamentos: plantas sadias irrigadas (PSI); plantas sadias não irrigadas (pSNI); plantas doentes irrigadas (PDI) e plantas doentes não irrigadas (pDNI). No primeiro e segundo ciclos de DH, as taxas de fotossíntese (A), transpiração (E) e a condutância estomática (g) das plantas não irrigadas foram diminuindo à medida que o estresse foi se tomando mais severo. Os valores de A de PSNI e PDNI ficaram nulos após dez dias de deficiência hídrica. As plantas doentes foram as mais sensíveis ao aumento de DPVf-ar (déficit de pressão de vapor entre o ar e a folha) durante o dia. As altas concentrações de ácido abscisico (ABA) encontradas em plantas não irrigadas, podem justificar a baixa condutância estomática verificada. No primeiro ciclo, as concentrações de amido e sacarose foram maiores em PSI quando comparada com os outros tratamentos (pDI, PSNI e PDNI). No segundo ciclo de DH, as concentrações de amido das plantas não irrigadas em relação às plantas irrigadas foram menores e não ocorreram diferenças entre as plantas sadias e doentes irrigadas. No terceiro ciclo de DH, os valores de A, g e E das plantas doentes foram, geralmente, menores que o das sadias. A fotossíntese, condutância estomática e a transpiração das plantas sadias apresentaram, em todos os ciclos, os mesmos padrões de resposta quando as plantas foram submetidas à deficiência hídrica. A queda do potencial da água na folha das plantas sadias foi mais rápida após a suspensão da irrigação, pois as plantas sadias transpiraram mais e, portanto, o teor de umidade do substrato diminuiu mais rapidamente. As plantas doentes não irrigadas transpiraram menos que as plantas sadias, possivelmente, em decorrência das obstruções do sistema condutor de água por gomas, tiloses e agregados de bactérias. A fotossíntese das plantas infectadas há dois anos pela bactéria Xylella fastidiosa foi menor que nas plantas sadias, a partir do horário do dia em que a temperatura, radiação e déficit de pressão de vapor entre o ar e a folha aumentaram. Quando se suspendeu a irrigação das plantas doentes no terceiro ciclo, não foi possível detectar aumento de ABA, sugerindo que outros fatores poderiam estar atuando para que ocorresse diminuição da condutância estomática nestas plantas. A presença da bactéria Xylella fastidiosa não acarretou em aumento das concentrações de ácido 3-indol acético nas folhas. Após três ciclos de deficiência hídrica, ocorreu diminuição nas concentrações de ácido 3-indol acético nas plantas sadias e doentes no dia de estresse mais severo quando comparadas com os controles irrigados. No terceiro ciclo, as concentrações de amido das plantas doentes foram mais baixas que nas plantas sadias, independentemente da deficiência hídrica. Este fato poderia estar relacionado com a necessidade das plantas doentes utilizarem as reservas, visto que houve queda significativa da fotossínteseAbstract: 'Pêra' sweet orange plants (Citrus sinensis L. Osbeck) grafted on 'Rangpur' lime rootstock (1 yr-old) (Çitrus limonia Osbeck) were inoculated with Xylella fastidiosa, a xylem-limited bacterium pathogen, which causes Citrus Variegated Chlorosis (CVC), by using the spliced approach grafting method. These plants were cultivated in 100,0 L pots under a screen house to prevent CVC-insect-vectors. Six months after inoculation, leaves were assayed by PCR (polymerase chain reaction) to confirm the bacteria in its tissues. Since it was known that water deficiency in the field enhances CVC-effects on the plant, the trees were submitted to three cycles ofwater stress in one year term (March and October, 1998; and April, 1999) and divided in four treatments: healthy plants (HP); water-stressed healthy plants (WSHP); diseased plants (DP) and water-stressed diseased plants (WSDP). The photosynthesis (A) and transpiration (E) rates, and stomatal conductance (g) ofwater-stressed plants decreased in the first and s_cond cycles of water deficiency, as the stress was increasing.The values ôfAfor WSHP and WSDP were near zero after ten days of water deficiency. Diseased plants were more sensitive to the increase in VPDl-air (vapor pressure deficit between the air and the leãI) during the day. The low stomatal conductance verified may be due to the high concentrations of abscisic acid (ABA) found in water-stressed plants. In the first cycle, the concentrations of starch and sucrose were greater in HP when compared with the other treatments (DP, WSHP and WSDP). In the second cycleof water deficiency, starch concentrations in water stressed plants were lower in relation to the irrigated ones; and there were no differences between the healthy and diseased irrigated plants. In the third cycle, values of A, g and E in diseased plants were, usually, lower than the healthy ones. In hea1thy plants, A, g and E showed the same response when these plants were submitted to water deficiency, independently of the cycle. The drop of leaf water potential in healthy plants was faster after irrigation was withheld, because healthy plants transpired more and, therefore, the substrate water content decreased more quickly. WSDP transpired less than the healthy plants, possibly due to the xylem occlusions by gums, tyloses and bacteria aggregates. In plants infected for two years, the photosynthesis rates were lower than the healthy plants, starting fTom the time of the day that temperature, radiation and VPDI-air increased. When the irrigation of WSDP was withheld in the third cycle, it was not possible to detect increases in ABA contents, suggesting that other factors could be acting to diminish the stomatal conductance in these plants. The presence of Xylella fastidiosa did not induce to an increase in indole-3-acetic acid content in the leaves. Afier three cycles ofwater deficiency, the concentrations ofindole-3-acetic acid in WSHP and WSDP were lower than those concentrations in the irrigated controls, on the day water stress was more severe. In the third cycle, the concentrations of starch were lower in diseased plants compared to the healthy ones, independently of water deficiency. This fact could be related to the requirement for reserves in diseased plants, as they showed significant decreases in photosynthesis ratesDoutoradoDoutor em Biologia Vegetal[s.n.]Lagoa, Ana Maria Magalhães AndradeMachado, Eduardo CarusoOliveira, Ricardo Ferraz dePimentel, CarlosSchiavinato, Marlene AparecidaVega, JorgeUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação não informadoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGomes, Mara de Menezes de Assis20012001-05-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf133p. : il.(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001GOMES, Mara de Menezes de Assis. Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros. 2001. 133p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/206633porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T03:20:20Zoai::206633Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T03:20:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
title Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
spellingShingle Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
Gomes, Mara de Menezes de Assis
Acido abscisico
Laranja
title_short Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
title_full Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
title_fullStr Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
title_full_unstemmed Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
title_sort Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros
author Gomes, Mara de Menezes de Assis
author_facet Gomes, Mara de Menezes de Assis
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Lagoa, Ana Maria Magalhães Andrade
Machado, Eduardo Caruso
Oliveira, Ricardo Ferraz de
Pimentel, Carlos
Schiavinato, Marlene Aparecida
Vega, Jorge
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Programa de Pós-Graduação não informado
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Gomes, Mara de Menezes de Assis
dc.subject.por.fl_str_mv Acido abscisico
Laranja
topic Acido abscisico
Laranja
description Orientadores: Ana Maria Magalhães Andrade Lagoa, Eduardo Caruso Machado
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001
2001-05-18T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv (Broch.)
https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001
GOMES, Mara de Menezes de Assis. Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros. 2001. 133p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001. Acesso em: 2 set. 2024.
identifier_str_mv (Broch.)
GOMES, Mara de Menezes de Assis. Relações hidricas, trocas gasosas e conteudo de acido abscisico e acido 3-indol acetico em laranjeiras 'pera' com clorose variegada dos citros. 2001. 133p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001. Acesso em: 2 set. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1590001
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/206633
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
133p. : il.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1809188848067936256