A percepção do cuidado em saúde das pessoas trans por graduandos em saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gobbo, Rafael, 1987
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/4616
Resumo: Orientadores: Amilton dos Santos Júnior, Paulo Dalgalarrondo
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spelling A percepção do cuidado em saúde das pessoas trans por graduandos em saúdeThe perception of health care for trans people by health undergraduatesPessoas transgêneroEducação em saúdeMinorias sexuais e de gêneroHealth educationSexual and gender minoritiesTransgender peopleOrientadores: Amilton dos Santos Júnior, Paulo DalgalarrondoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: Nos últimos anos, tornou-se evidente a preocupação das organizações de saúde em criar diversas estratégias a fim de melhorar as condições de acesso das populações de minoria sexual ao Sistema Único de Saúde (SUS). Evidências na literatura sugerem que há inúmeras barreiras na assistência à saúde da população transgênero, sendo a mais marcante a falta de habilidades acerca das peculiaridades da população trans por parte dos assistentes em saúde. É sumamente importante já introduzir e capacitar os estudantes das áreas da saúde para que possam ao atuarem abordar adequadamente a população transgênero. Para isso é fundamental saber o que sabem e pensam tais estudantes sobre a população transgênero e os principais temas relacionados. Objetivos: O objetivo do presente estudo é abordar a percepção que os graduandos de Medicina, Enfermagem e Fonoaudiologia têm sobre noções relacionadas à saúde das pessoas trans (sobretudo saúde mental e uso de substâncias), ao ensino desses temas e ao posicionamento acerca das intervenções em saúde voltadas a esta população. Método: O estudo foi transversal com dados coletados por meio de questionários individuais, preenchidos anonimamente em sala de aula por estudantes de Medicina, Enfermagem ou Fonoaudiologia da UNICAMP, ao longo dos anos 2017 e 2018. Resultados: A amostra total de participantes foi de 458 alunos. Deste total, 325 (71%) graduandos cursavam Medicina, 87 (19%) cursavam Enfermagem e 46 (10%) cursavam Fonoaudiologia. Houve diferença estatisticamente significativa em todas as variáveis de interesse de acordo com a orientação sexual/identidade de gênero do participante, sendo que, da amostra geral, 318 (70,7%) graduandos referiram que seu curso tem contemplado o ensino em saúde de pessoas trans de forma insatisfatória ou muito insatisfatória. Esta opinião era compartilhada por 84 (80%) dos alunos LGBTQIA+, que também se mostravam mais favoráveis que os não LGBTQIA+ em todas as modalidades de intervenção para a população trans. De maneira geral, houve menor aceitação sobre a oferta de bloqueio de puberdade para pacientes na faixa etária pediátrica. Conclusão: Os dados desta pesquisa indicam que há uma lacuna na formação dos profissionais de saúde em relação às especificidades no atendimento às pessoas trans. Embora as intervenções médicas em pacientes com variabilidade de gênero ganham espaço no cotidiano do cuidado às minorias sexuais, ainda ocorre certa resistência às intervenções, especialmente na faixa etária pediátricaAbstract: Introduction: In the last few years, the concern of health organizations to create several strategies to improve the conditions of access of the sexual minority populations to the Unified Health System (SUS) has become evident. Evidence in the literature suggests that there are numerous barriers in health care for the transgender population, the most striking being the lack of skills about the peculiarities of the trans population on the part of health assistants. Objectives: The present study aims to address the perception that undergraduate students of Medicine, Nursing, and Phonoaudiology have on the teaching of concepts related to the mental and physical health of trans people today, in addition to analyse their positioning of health interventions aimed at this population. Methods: The study design was cross-sectional, and the data were collected through an individual questionnaire, filled out anonymously by undergraduate students of Medicine, Nursing and Phonoaudiology over the years 2017 and 2018. Results: The total sample of participants was 458 students. Of this total, 325 (71%) students were studying Medicine, 87 (19%) were studying Nursing and 46 (10%) were studying Speech Therapy. There was a statistically significant difference in all variables of interest according to the sexual orientation/gender identity. Of the whole sample, 318 (70.7%) undergraduates reported that their course has contemplated the teaching of the health of trans people in an unsatisfactory or very unsatisfactory way and 84 (80%) of LGBTQIA + students shared this opinion. The data revealed that LGBTQIA+ participants were more favorable than non-LGBTQIA+ participants in all intervention modalities and there was lesser acceptance of the offer of puberty block for pediatric patients. Conclusion: There is still a gap in the training of health professionals concerning the specificities in the care of transgender people. Although medical interventions in patients with gender variability gain space in the daily care of sexual minorities, there is still resistance to interventions in the pediatric age groupMestradoSaúde da Criança e do AdolescenteMestre em Ciências[s.n.]Santos Júnior, Amilton dos, 1983-Dalgalarrondo, Paulo, 1960-Celeri, Eloisa Helena Rubello VallerSaadeh, AlexandreUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescenteUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGobbo, Rafael, 198720222022-04-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (102 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/4616GOBBO, Rafael. A percepção do cuidado em saúde das pessoas trans por graduandos em saúde. 2022. 1 recurso online (102 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/4616. 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