Indefinido, anafora e construção textual da referencia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1597341 |
Resumo: | Orientadores: Ingedore Grunfeld Villaça Koch, Françozo |
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Indefinido, anafora e construção textual da referenciaTextosCogniçãoSemantica - Aspectos psicológicosPsicolinguísticaOrientadores: Ingedore Grunfeld Villaça Koch, FrançozoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: Nesta tese procuramos refletir sobre as ocorrencia anaforicas de expressoes nominais indefinidas, tentando, por um lado, entender melhor o emprego do artigo indefinido (um) e, por outro, investigar estas ocorrencias a luz de seu processamento psicolinguistico. Partimos da perspectiva teorica da lingua como ação conjunta e como um fenomeno, a um so tempo, social e cognitivo. Nesta perspectiva, a refer¿encia e vista como um processo realizado na interação. As ocorrencias anaforicas de expressoes nominais indefinidas nao foram normalmente previstas nas teorias semanticas sobre o indefinido, que em geral preconizam que este pode, apenas, servir como introdutor de referentes. No entanto, a existencia dos indefinidos anaforicos foi apontada por alguns autores (como Koch e Schwarz). Neste trabalho, levantamos e analisamos um pequeno corpus de ocorencias de indefinidos anaforicos. Contrariamente ao que tradicionalmente tem sido dito nas tradiçõess semanticas, o indefinido pode funcionar como anaforico em duas situação especificas. Em primeiro lugar, quando a relação anaforica expressa e do tipo parte-todo, que vai incluir ocorrencias partitivas e espeficadoras. O segundo tipo de anafora com indefinido acontece quando a ou frase que contem a express¿ao nominal indefinida nao apresenta nenhum verbo finito que expresse um evento diferente do evento no qual o antecedente tenha sido introduzido, ou quando este verbo finito aparece em orações relativas. Existe, portanto, uma relação entre o verbo e o estabelecimento dos referentes das expressoes nominais indefinidas. Para juntar evid¿encia de natureza psicolinguistica a esta hip'otese realizamos dois experimentos. O primeiro consistiu em um teste de aceitação de pares de sentença que variavam quanto a ter uma expressao nominal definida ou indefinida seguida ou nao por um verbo finito. O teste mostrou que, nsistentemente, a introdução do verbo finito implicava no estabelecimento de um novo referente, enquanto a aus¿encia desse verbo (ou sua presen¸ca numa oração relativa) levavam 'a leitura de manutenção referencial. Em seguida, os mesmos pares de sentença foram utilizados para a realização de um teste que media os tempos de leitura das express¿oes da sentença. Esse segundo experimento revelou um tempo de leitura do verbo da segunda sentença significativamente mais longo quando este seguia uma expressao nominal indefinida do que quando seguia uma expressao nominal definida. Isto parece confirma que a leitura do verbo exige um trabalho cognitivo extra nesta situação presumivelmente o trabalho de estabelecer um referente novo. Esta conclusao tem implicações para os modelos cognitivos do processamento de expressoes referenciais, indicando que a interpretação destas expressoes acontece de forma distribuida ao longo do texto, o que traz evid¿encia psicolinguistica para a possibilidade de um processo de referenciação como uma construção na dinamica textualAbstract: In this work we aim to study the anaphoric occurrences of indefinite nominal phrases. We try, on one hand, understand the indefinite determiner usage and, on the other, investigate these occurrences from a psycholinguistic point of view. We depart from a theoretical perspective which looks at language as a kind of joint action and as a phenomenon, at one time, social and cognitive. Reference is viewed, therefore, as a process taking place in interaction. Anaphoric occurrences of indefinite phrases where not usually predictable from most anaphora theories. However, the existence of such anaphora was pointed by authors like Koch e Schwarz. In this thesis, we analyze a small corpus taken from Brazilian press and contemporary literature. We found that indefinites can be anaphoric in two specific situations: expressing partwhole relations and when the sentence in which the indefinite NP occurs does not contains an event different from the event present in the sentence in which the antecedent candidate has firstly appeared. There is, therefore, a relation between the events and referential saturation of indefinite expressions. We conducted a psycholinguistic experiment in order to test this hypotheses. The experiment consisted in a self-paced reading task in which the subjects where asked to read pairs of sentences which varied along the following lines: whether they were initiated by a definite or indefinite NP and whether those NPs where followed by a finite verb or not. The results confirmed our hypotheses, since verbs following indefinite NPs took significantly much longer too read then the ones following definite ones. This difference is, presumably, due to the setting of a new referent, asked by the new event. Those conclusions has implication for the cognitive models chose for explaining referential expressions processing, indicating that the interpretation of those expressions occurs not only in the processing of expression itself but in distributed manner along the textDoutoradoLingüísticaMestre em Linguística[s.n.]Koch, Ingedore Grunfeld Villaça, 1933-2018Françozo, Edson, 1951-Koch, Ingedore Grunfeld Villaça, 1933-2018Navas, Ana Luiza Gomes PintoZamponi, GrazielaMarcuschi, Luiz AntônioIlari, RodolfoUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da LinguagemPrograma de Pós-Graduação não informadoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASLima, Maria Luiza Cunha20042004-03-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/1597341LIMA, Maria Luiza Cunha. Indefinido, anafora e construção textual da referencia. 2004. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1597341. Acesso em: 14 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/307227porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T03:56:29Zoai::307227Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T03:56:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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