Análise das forças técnico e políticas que influenciam a gestão do Sistema Único de Saúde - SUS a partir de conceitos da análise institucional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Malaman, Lia Bissoli, 1968-
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/11057
Resumo: Orientadores: Solange L'Abbate, Carla Aparecida Spagnol
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É defendido em seu arcabouço teórico e legal, através dos gestores de saúde, sendo que, o exercício da gestão em saúde é um constante desafio que se vale das forças técnicas e políticas nos seus territórios. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o universo de gestores municipais de saúde das dezessete regiões do estado de São Paulo que vivenciaram a gestão no período de 2013 a 2016, a fim de identificar os desafios enfrentados em sua prática profissional e os tensionamentos que atravessam o desempenho das atividades de gestão. Buscamos ainda identificar em quais momentos a prática da gestão, que se propõe à efetivação e o fortalecimento do SUS no território, sofre os tensionamentos da dinâmica político/institucional, inerentes ao cargo. Para tanto, nos utilizamos de alguns conceitos da Análise Institucional: instituição, transversalidade, analisador e implicação para a análise dos dados qualitativos obtidos nos questionários de investigação e na dinâmica de restituição. Sendo assim, pudemos identificar as forças institucionais que atravessam a gestão e como elas interferem na adesão dos programas do SUS nos territórios, as prioridades dadas à gestão do SUS os sofrimentos decorrentes dessa atividade. Os dados obtidos nos mostraram que, embora o universo pesquisado tenha uma característica bastante técnica, ele é atravessado por forças de ordem política e da do financiamento que atuam como mecanismos de pressão, sofrimento e até descontinuidade das ações de gestão sendo, portanto, caracterizados como analisadores. As pressões político partidárias tais como vereadores, imprensa, demandas dos prefeitos, indicações para cargos comissionados, ministério público, ente outras, são relatadas como pressões "difíceis de suportar", mesmo para um universo de gestores tão bem formados, especializados e com experiencia prévia em gestão. O financiamento das ações de saúde aparece como outro importante analisador e, parece estar intimamente ligado às forças políticas. A análise das implicações de ordem afetiva, ideológica e profissional do grupo de gestores nos mostra que a sobreimplicação dos gestores geradas pela existência dos analisadores político e financiamento, somados a ausência de análise das implicações leva a o sofrimento e adoecimento causados pelas pressões existentes no cotidiano da gestão. Sendo assim, concluímos, se o SUS deve ser uma política de Estado e não de governo, a carreira do gestor deveria ser uma carreira de Estado e não de governos, pois, a gestão em saúde no SUS não pode estar atrelada somente à indicação política partidária de gestores de saúde sem qualquer critério técnico. A gestão do SUS não deveria sofrer interferências que não sejam a de prover à toda população acesso a serviços de saúde de qualidade e resolutivosAbstract: The Construction of the Unified Health System is constant, takes place in each sphere of government and has been institutionalized since its creation in 1990. Therefore, the role of the health manager in each territory assumes great importance for the necessary maintenance and qualification of the SUS as a system of health. It is defended in its theoretical and legal framework, through health managers, and the exercise of health management is a constant challenge that makes use of technical and political forces in their territories. This work aimed to characterize the universe of managers from the seventeen regions of the state of São Paulo who experienced management in the period from 2013 to 2016, to identify the challenges faced in their professional practice and the tensions that cross the performance of activities of management. We also seek to identify in which moments the practice of management, which proposes the effectiveness and strengthening of the SUS in the territory, suffers the tensions of the political/institutional dynamics, inherent to the position. For that, we used some concepts of Institutional Analysis: institution, transversality, analyzer, and implication for the analysis of the qualitative data obtained in the investigation questionnaires and in the restitution dynamics. Therefore, we were able to identify the institutional forces that cross the management and how they interfere in the adhesion of the SUS programs in the territories, the priorities given to the management of the SUS and the sufferings resulting from this activity. The data obtained showed us that, although the researched universe has a very technical characteristic, it is crossed by political and financing forces that act as mechanisms of pressure, suffering and even discontinuity of management actions, being, therefore, characterized as parsers. Political party pressures such as city council members, the press, demands from mayors, appointments to commissioned positions, public prosecutors, among others, are reported as pressures that are "difficult to bear", even for a universe of managers who are so well trained, specialized and with prior experience. in management. The financing of health actions appears as another important analyzer and seems to be closely linked to political forces. The analysis of the affective, ideological and professional implications of the group of managers shows us that the over-implication of the managers generated by the existence of political and financing analyzers, added to the absence of analysis of the implications leads to suffering and illness caused by the pressures that exist in the daily life of the management. Therefore, we conclude that if the SUS must be a state policy and not a government one, the manager's career should be a state career and not a government one, since health management in the SUS cannot be linked only to political appointments. support of health managers without any technical criteria. SUS management should not be interfered with other than providing the entire population with access to quality and effective health servicesDoutoradoCiências Sociais em SaúdeDoutora em Saúde Coletiva[s.n.]Silva, Ana Lucia Abrahão daFortuna, Cinira MagaliCampos, Gastão Wagner de SousaBedrikow, RubensUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASMalaman, Lia Bissoli, 1968-20222022-12-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (174 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/11057MALAMAN, Lia Bissoli. Análise das forças técnico e políticas que influenciam a gestão do Sistema Único de Saúde - SUS a partir de conceitos da análise institucional. 2022. 1 recurso online (174 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. 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