Hipertensão arterial resistente : papel da aldosterona e o efeito de seu antagonista espironolactona no remodelamento cardiovascular e função endotelial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Girioli, Samira Ubaid
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609089
Resumo: Orientador: Heitor Moreno Junior
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spelling Hipertensão arterial resistente : papel da aldosterona e o efeito de seu antagonista espironolactona no remodelamento cardiovascular e função endotelialResistant hypertension : Aldosterone role and its antagonist effect spironolactone in cardiovascular remodeling and endothelial functionHipertensãoAldosteronaEndotélioHypertensionAldosteroneEndotheliumSpironolactoneOrientador: Heitor Moreno JuniorTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Segundo o VII JNC e V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, a hipertensão arterial resistente (HAR) é definida como sendo a elevação persistente dos níveis pressóricos (= 140/90 mmHg) a despeito de tratamento farmacológico tríplice, pleno, incluindo diuréticos, em pacientes com boa adesão e sem causas secundárias de hipertensão arterial ou pseudo-hipertensão. O excesso ou escape de aldosterona pode ocorrer após tratamento crônico com IECA, BRA ou diuréticos tiazídicos, comumente utilizados nestes pacientes ou por hiperaldosteronismo primário não diagnosticado. A espironolactona tem sido apontada como fármaco indispensável no tratamento de HAR por melhorar os níveis pressóricos, mas pouco se sabe sobre a pressão arterial (PA), função endotelial e remodelamento cardiovascular avaliados simultaneamente após sua utilização. O objetivo deste estudo foi avaliar a pressão arterial, a função endotelial, o remodelamento cardiovascular e a função diastólica em hipertensos refratários antes e após a utilização de antagonista de aldosterona, espironolactona, em associação ao tratamento anti-hipertensivo otimizado e individualizado em centro de referência em HAR por 6 meses. Após triagem e adesão rigorosa, 71 pacientes encaminhados ao nosso serviço como hipertensos resistentes foram seqüencialmente incluídos no estudo, após avaliação e caracterização como hipertensos resistentes (HAR, n=39) ou hipertensos controlados (HAC, n=32). O grupo controle foi constituído por pacientes normotensos (CONT, n=37). Anti-hipertensivos eram fornecidos integralmente. Ecocardiograma, Teste de vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF), espessura íntima-média de carótidas (IMT), dosagens bioquímicas de concentrações de renina e aldosterona plasmáticas, sódio e potássio séricos e urinários foram realizados na fase inicial (pré-espiro), seguida por associação de espironolactona 25mg/dia ao tratamento anti-hipertensivo por 6 meses (apenas para os grupos HAR e HAC) . Subsequentemente, estes parâmetros foram reavaliados (fase pós-espiro). Após 6 meses de espironolactona, os grupos HAR e HAC apresentaram redução da PA (p<0,001 para PAS e PAD). O grupo HAR apresentou melhora da função endotelial dependente (p<0,001) e independente do endotélio (p=0,007). Os grupos HAR e HAC apresentaram melhora da hipertrofia ventricular esquerda p<0,001) e melhora da função diastólica (índice Kappa HAR: 0,219 e índice Kappa HAC: 0,392) em 7,69% e 15,62%, respectivamente. Os grupos HAR e HAC apresentaram elevação da aldosterona plasmática (p<0,05). A otimização do tratamento da HAR com a associação de espironolactona em pequenas doses, reduz PA, melhora função endotelial, melhora hipertrofia ventricular esquerda e função diastólica a despeito da presença de excesso ou "escape" de aldosterona.Abstract: According to JOINT VII and V Brazilian Guidelines of Hypertension, resistant hypertension (RH) is defined, as a persistent elevation of blood pressure (= 140/90 mmHg) despite the use of a triple drug regimen at maximal doses including a diuretic, in patients with good compliance and without secondary causes of hypertension or pseudo-hypertension. Aldosterone excess or "escape" can occur after chronic treatment with ACEI, ARB or thiazide-type diuretics, commonly used by these patients or in undiagnosed primary aldosteronism. Spironolactone is thought to be an essential drug in RH treatment because it improves blood pressure, but there are few available data about blood pressure, endothelial function and cardiovascular remodeling evaluated simultaneously with its use. The aim of this study was to assess blood pressure, endothelial function, cardiovascular remodeling and diastolic function in resistant hypertensive patients before and after the use of an aldosterone antagonist, spironolactone, for a six-month period in association with individualized and optimized antihypertensive treatment in a RH reference clinic. After confirming compliance to treatment, 71 hypertensive patients attending our service were included in the study as resistant hypertensive (RH, n = 39) or controlled hypertensive (CH, n = 32) patients. The control group was formed of normotensive patients (CONT, n = 37). All antihypertensive drugs were supplied. Echocardiography, flow-mediated vasodilation, carotid intima-media wall thickness, plasma renin and aldosterone concentrations, plasma and urinary sodium and potassium concentrations were measured at baseline (pre-spironolactone phase), followed by an association of 25 mg/d spironolactone with existing antihypertensive drugs for 6 months (only to RH and CH groups). Subsequently these parameters were reassessed (post-spironolactone phase). After 6 months of spironolactone, the RH and CH groups presented with a reduction in blood pressure (p<0.001 for both systolic and diastolic blood pressures). The RH group had improved endothelial function, both endothelium-dependent (p<0.001) and independent (p = 0.007). RH and CH groups presented with improved left ventricular hypertrophy (p<0.001) and diastolic function (Kappa index RH: 0.219 and Kappa index CH: 0.392) in 7.69% and 15.62%, respectively. There were increases in aldosterone concentrations for RH and CH groups (p< 0.05). Optimized RH treatment with low doses of spironolactone reduces blood pressure and improves endothelial function, left ventricular hypertrophy and diastolic function despite of aldosterone excess or "escape".DoutoradoDoutor em Farmacologia[s.n.]Moreno Junior, Heitor, 1958-Amodeo, CelsoLopes, Heno FerreiraFigueiredo, Marcio Jansen de OliveiraCoelho, Otávio RizziUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em FarmacologiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGirioli, Samira Ubaid2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf207 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609089GIRIOLI, Samira Ubaid. Hipertensão arterial resistente: papel da aldosterona e o efeito de seu antagonista espironolactona no remodelamento cardiovascular e função endotelial. 2009. 207 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609089. Acesso em: 27 fev. 2025.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/439962porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-07-31T11:46:13Zoai::439962Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-07-31T11:46:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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