Associação do cálcio sérico com os desfechos de pacientes com câncer colorretal
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/16241 |
Resumo: | Orientadores: José Barreto Campello Carvalheira, Maria Carolina Santos Mendes |
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Associação do cálcio sérico com os desfechos de pacientes com câncer colorretalAssociation of serum calcium levels with colorectal cancer survival outcomesNeoplasias colorretaisAnálise de sobrevidaHipercalcemiaIntervalo livre de progressãoColorectal neoplasmsSurvival analysisHypercalcemiaProgression-free survivalOrientadores: José Barreto Campello Carvalheira, Maria Carolina Santos MendesEntre os tumores mais incidentes, está o câncer colorretal (CCR), sendo o terceiro mais frequente no mundo. Pacientes com diferentes tipos câncer podem apresentar várias alterações e complicações, entre elas está a hipercalcemia maligna, relacionada diretamente com as concentrações séricas de cálcio. A ingestão de cálcio foi associada à diminuição da incidência de câncer colorretal, no entanto, ainda não se sabe se as concentrações circulantes de cálcio estão associadas ao prognóstico do CCR. Assim, objetivamos analisar o impacto das concentrações de cálcio corrigido no desfecho de pacientes com câncer colorretal acompanhados no ambulatório de oncologia do Hospital de Clínicas da UNICAMP (HC-UNICAMP). Realizamos uma análise de coorte retrospectiva com pacientes com diagnóstico de câncer colorretal em estágio I-IV entre os anos de 2000 e 2018, com medições das concentrações de cálcio e albumina dentro de 3 meses após o diagnóstico no grupo de pacientes com doença metastática e anteriores a cirurgia no grupo com doença no EC I-III. Foi utilizada estatística descritiva para apresentar as características basais de acordo com as concentrações de cálcio corrigido e foram comparadas usando os testes Qui-quadrado e Kruskal-Wallis. O método Kaplan-Meier foi utilizado para análise de sobrevivência. A regressão multivariada de riscos proporcionais de Cox foi usada para identificar associações entre os níveis de cálcio corrigidos e a mortalidade global e específica do câncer colorretal. Foram aplicados testes bicaudais, sendo os valores p<0,05 considerados significativos. As análises foram realizadas com o software Stata versão 12.0 (StataCorp LP®). O presente estudo foi avaliado e aprovado (número CAAE: 15505419.1.0000.5404) pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP, de acordo com a Resolução CNS n.º 466/12. Foram apontados 1552 pacientes com CCR estágio I-IV entre 2000 e 2018, destes 1054 pacientes foram excluídos por ausência do cálcio corrigido no período estabelecido. O estudo incluiu 256 pacientes com CCR estágio IV ou com doença recorrente e 297 pacientes com CCR estágio I-III. As concentrações séricas de cálcio corrigido no tercil mais elevado foram associados a uma sobrevida livre de progressão (taxa de risco [HR]: 1,85; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,28–2,69; P = 0,001) e sobrevida global (HR: 1,86; IC 95%: 1,26–2,74, P = 0,002) significativamente piores em pacientes com CCR estágio IV ou CCR recorrente. Em pacientes com CCR estágio I-III as concentrações de cálcio corrigido mais elevadas foram associadas a pior sobrevida livre de doença (HR: 1,44; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,02–2,03; P = 0,040) e pior sobrevida global (HR: 1,72; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,18–2,50; P = 0,004). Concluímos que o cálcio corrigido após o diagnóstico de câncer colorretal foi associado a pior sobrevida livre de progressão e mortalidade geral dos pacientes. Ensaios prospectivos são necessários para confirmar esta associaçãoResumo: Among the most common tumors is colorectal cancer (CRC), which is the third most common in the world. Patients with different types of cancer can present various changes and complications, including malignant hypercalcemia, directly related to serum calcium concentrations. Calcium intake has been associated with decreased incidence of colorectal cancer, however, it is not yet known whether circulating calcium concentrations are associated with CRC prognosis. Therefore, we aimed to analyze the impact of corrected calcium concentrations on the outcome of patients with colorectal cancer followed at the oncology outpatient clinic of the Hospital de Clínicas da UNICAMP (HC-UNICAMP). We performed a retrospective cohort analysis of patients diagnosed with stage I-IV colorectal cancer between the years 2000 and 2018, with measurements of calcium and albumin concentrations within 3 months of diagnosis in the group of patients with metastatic disease and prior surgery in the group with disease in EC I-III. Descriptive statistics were used to present baseline characteristics according to corrected calcium concentrations and were compared using the Chi-square and Kruskal-Wallis tests. The Kaplan-Meier method was used for survival analysis. Multivariate Cox proportional hazards regression was used to identify associations between corrected calcium levels and overall and colorectal cancer-specific mortality. Two-tailed tests were applied, with p values <0.05 considered significant. Analyzes were performed using Stata software version 12.0 (StataCorp LP®). The present study was evaluated and approved (CAAE number: 15505419.1.0000.5404) by the Research Ethics Committee (CEP) of UNICAMP, in accordance with CNS Resolution No. 466/12. 1552 patients with stage I-IV CRC were identified between 2000 and 2018, of which 1054 patients were excluded due to the absence of corrected calcium in the established period. The study included 256 patients with stage IV CRC or recurrent disease and 297 with stage I-III CRC. Corrected serum calcium concentrations in the highest tertile were associated with progression-free survival (hazard ratio [HR]: 1.85; 95% confidence interval [CI], 1.28–2.69; P = 0.001) and significantly worse overall survival (HR: 1.86; 95% CI: 1.26–2.74, P = 0.002) in patients with stage IV CRC or recurrent CRC. In patients with stage I-III CRC higher corrected calcium concentrations were associated with worse disease-free survival (HR: 1.44; 95% confidence interval [CI], 1.02–2.03; P = 0.040) and worse overall survival (HR: 1.72; 95% confidence interval [CI], 1.18–2.50; P = 0.004). We concluded that corrected calcium after colorectal cancer diagnosis was associated with worse progression-free survival and overall mortality of patients. Prospective trials are needed to confirm this associationAbstract:AbertoDoutoradoClínica MédicaDoutora em CiênciasCNPQ140596/2019-4[s.n.]Carvalheira, José Barreto Campello, 1971-Mendes, Maria Carolina Santos, 1983-Martinez, Carlos Augusto RealFanelli, Marcello FerrettiDiz, Maria Del Pilar EstevezPeria, Fernanda MarisUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Clínica MédicaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASSilveira, Marina Nogueira, 1992-20232023-12-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (81 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/16241SILVEIRA, Marina Nogueira. Associação do cálcio sérico com os desfechos de pacientes com câncer colorretal. 2023. 1 recurso online (81 p.) Entre os tumores mais incidentes, está o câncer colorretal (CCR), sendo o terceiro mais frequente no mundo. Pacientes com diferentes tipos câncer podem apresentar várias alterações e complicações, entre elas está a hipercalcemia maligna, relacionada diretamente com as concentrações séricas de cálcio. A ingestão de cálcio foi associada à diminuição da incidência de câncer colorretal, no entanto, ainda não se sabe se as concentrações circulantes de cálcio estão associadas ao prognóstico do CCR. Assim, objetivamos analisar o impacto das concentrações de cálcio corrigido no desfecho de pacientes com câncer colorretal acompanhados no ambulatório de oncologia do Hospital de Clínicas da UNICAMP (HC-UNICAMP). Realizamos uma análise de coorte retrospectiva com pacientes com diagnóstico de câncer colorretal em estágio I-IV entre os anos de 2000 e 2018, com medições das concentrações de cálcio e albumina dentro de 3 meses após o diagnóstico no grupo de pacientes com doença metastática e anteriores a cirurgia no grupo com doença no EC I-III. Foi utilizada estatística descritiva para apresentar as características basais de acordo com as concentrações de cálcio corrigido e foram comparadas usando os testes Qui-quadrado e Kruskal-Wallis. O método Kaplan-Meier foi utilizado para análise de sobrevivência. A regressão multivariada de riscos proporcionais de Cox foi usada para identificar associações entre os níveis de cálcio corrigidos e a mortalidade global e específica do câncer colorretal. Foram aplicados testes bicaudais, sendo os valores p<0,05 considerados significativos. As análises foram realizadas com o software Stata versão 12.0 (StataCorp LP®). O presente estudo foi avaliado e aprovado (número CAAE: 15505419.1.0000.5404) pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP, de acordo com a Resolução CNS n.º 466/12. Foram apontados 1552 pacientes com CCR estágio I-IV entre 2000 e 2018, destes 1054 pacientes foram excluídos por ausência do cálcio corrigido no período estabelecido. O estudo incluiu 256 pacientes com CCR estágio IV ou com doença recorrente e 297 pacientes com CCR estágio I-III. As concentrações séricas de cálcio corrigido no tercil mais elevado foram associados a uma sobrevida livre de progressão (taxa de risco [HR]: 1,85; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,28–2,69; P = 0,001) e sobrevida global (HR: 1,86; IC 95%: 1,26–2,74, P = 0,002) significativamente piores em pacientes com CCR estágio IV ou CCR recorrente. Em pacientes com CCR estágio I-III as concentrações de cálcio corrigido mais elevadas foram associadas a pior sobrevida livre de doença (HR: 1,44; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,02–2,03; P = 0,040) e pior sobrevida global (HR: 1,72; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,18–2,50; P = 0,004). Concluímos que o cálcio corrigido após o diagnóstico de câncer colorretal foi associado a pior sobrevida livre de progressão e mortalidade geral dos pacientes. Ensaios prospectivos são necessários para confirmar esta associação, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/16241. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1377235porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-26T16:40:13Zoai::1377235Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2024-03-26T16:40:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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