Comunidade de lianas e sua associação com arvores em uma floresta estacional semidecidual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1599389 |
Resumo: | Orientador: Neusa Taroda Ranga |
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Comunidade de lianas e sua associação com arvores em uma floresta estacional semidecidualTrepadeiraFlorestas tropicaisPlantas florestaisVinesClimbing plantsRain forestsForest plantsOrientador: Neusa Taroda RangaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: Lianas são plantas que germinam no solo, mantêm-se enraizadas durante toda a vida e necessitam de suporte físico para alcançarem o dossel. Elas são membros característicos das florestas tropicais, onde contribuem com cerca de 25% da diversidade vegetal. Às vezes, dominam a vegetação, principalmente em áreas perturbadas. Lianas competem com árvores por nutrientes e luz, e influenciam a taxa de crescimento e a mortalidade de sua árvore hospedeira. Embora as lianas iniciem sua escalada a partir do chão, muitas colonizam árvores vizinhas pelo dossel da floresta, ¿amarrando-se¿ às outras, podendo ocasionar a queda de várias árvores quando uma delas cai. Devido a sua abundância e o seu impacto sobre as árvores, é de grande importância conhecer os fatores que governam a distribuição e dinâmica das lianas na floresta tropical e, assim, desenvolver estratégias de uso sustentável. Assim, os objetivos desta tese foram: (1) avaliar a riqueza e abundância das lianas e (2) a relação das lianas com as características do hospedeiro e com a estrutura da floresta. O trabalho foi realizado em um fragmento de floresta estacional semidecidual, com cerca de 435,73 ha, na Estação Ecológica de Paulo de Faria, SP. Foram amostradas 100 parcelas de 10 x 10 m (1 ha). As lianas com diâmetro ³ 1 cm e as árvores ³ 3 cm enraizadas nas parcelas foram medidas no DAP (diâmetro à altura do peito - 1,30m) e identificadas. Amostrou-se 1427 indivíduos de 45 espécies de lianas, pertencentes a 14 famílias, sendo as mais ricas: Bignoniaceae (14 espécies), Sapindaceae (nove) e Malpighiaceae (seis), e as mais abundantes Bignoniaceae, Sapindaceae e Apocynaceae. A riqueza de lianas foi aproximadamente igual à metade (razão 0,51) da riqueza de árvores (87 espécies). A densidade média de lianas e árvores foi semelhante, cerca de 1400 indivíduos/ha. Melloa quadrivalvis (Bignoniaceae) foi a espécie mais comum na área estudada. Do total de indivíduos de lianas amostrados, 57,6% apresentaram diâmetros entre 1 - 2,5 cm, correspondendo a 95% da riqueza total amostrada. Das 1419 árvores amostradas, 53% carregavam pelo menos uma liana. As espécies menos infestadas que a média geral foram Inga marginata, Piper amalago, Trichia catigua e T. claussenii, e somente uma, Machaerium paraguariense, foi mais infestada que a média, considerando todas as espécies. Os resultados, de modo geral, não apoiaram a hipótese de especificidade entre espécies de lianas e espécies de árvores, pois a riqueza e a diversidade de espécies de lianas aumentaram com a proporção de infestação. Se houvesse especificidade, esperar-se-ia que uma espécie de árvore fosse mais infestada por uma determinada espécie de liana. O mecanismo de escalada das lianas não influenciou o número de árvores que cada liana escalou, embora tenha ocorrido associação positiva entre árvores com casca rugosa e lianas com gavinhas. Considerando-se as características individuais do hospedeiro, as árvores com diâmetros maiores apresentaram maior densidade de lianas. Com relação às características da vizinhança, as diferenças encontradas provavelmente se devem as condições de luminosidade do ambiente. As parcelas com maior proporção de árvores com DAP > 30 cm apresentaram relação negativa significativa com a densidade de lianas. A relação foi positiva em parcelas com maior proporção de árvores com copas £ 3 m de altura. Assim, as evidências deste estudo sugerem que a distribuição das lianas foi mais influenciada por características da comunidade do que pelas características das espécies de árvores presentesAbstract: Lianas are soil-germinating plants, perennially rooted and which need support to reach the canopy. They are characteristically from the rain forests, where they contribute with near 25% of vegetal diversity. Lianas compete with trees for nutrients and light, influencing growth and mortality rates of its host tree. Although lianas begin their life on the ground, many of them colonize vicinity trees through the forest canopy, ¿tying¿ themselves to the others, and may cause the fall of many trees. Due to their abundance and impact over other trees, it is important to know the factors governing distribution and dynamics of the lianas in order to better understand the rain forest and to develop sustainable strategies. Thus, the aims of this study were: (1) to assess the richness and abundance of lianas, and (2) to establish the relation of lianas with the characteristics of the hosts and the structure of the forest. The research was carried out in a fragment of a Semideciduous Stational Forest with 435.73 ha, at the Paulo de Faria Ecological Station. The sampling consisted of 100 plots of 10 x 10 m (1 ha), allotted in an area of 4 ha. Lianas with a diameter ³ 1 cm and trees ³ 3 cm rooted in the plots were measured in DBH (diameter at breast height ¿1.30m) e identified. In the study area, 1427 individuals were sampled from 45 species of lianas, belonging to 14 families, the richest ones being Bignoniaceae (14 species), Sapindaceae (nine) e Malpighiaceae (six), and the more abundant Bignoniaceae, Sapindaceae e Apocynaceae, adding up to 80% of the sampled individuals. The liana richness was approximately equal to half (ratio 0.51) the tree richness (87 species). Average density of lianas and trees was similar, around 1400 individuals/ha. Melloa quadrivalvis (Bignoniaceae) was the most common species in the study area. From the total number of the sampled liana individuals, 57.6% presented diameters between 1- 2.5 cm, corresponding to 95% of the total sampled richness. Only 26 individuals presented diameter higher than 10 cm. From the 1419 trees with diameter ³ 3 cm, 53% carried at least one liana, with the higher rate of infestation (79%) occurred in the individuals with diameters > 10 cm. Species less infested than the expectation were Inga marginata, Piper amalago, Trichia catigua e T. claussenii. One species, Machaerium paraguariense, was more infested than the expectation. In general, results did not support the hypothesis of species-specificity between lianas and trees, since the richness and diversity of liana species increased with the infestation rate. Climbing mechanism did not influence the number of trees climbed by each liana, although we have found positive association between wrinkled bark and tendrils. Considering the individual characteristics of the host, trees with larger diameters showed higher density of lianas. In relation to the vicinity characteristics, the plots with higher rate of big trees (DBH > 30 cm) showed significant negative relation with the density of lianas. The relation was positive in plots with higher rate of trees with small crown (£ 3 m). Thus, our study showed the association between tree and vicinity characteristics with infestation and density of lianasDoutoradoBiologia VegetalMestre em Biologia Vegetal[s.n.]Ranga, Neusa Taroda, 1952-Kinoshita, Luiza SumikoAssis, Marco Antonio deToniato, Maria Teresa ZuglianiRodrigues, Ricardo RibeiroSantin, Dionete AparecidaPereira, Rodrigo A. SantineloUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação não informadoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASRezende, Andreia Alves2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1599389REZENDE, Andreia Alves. Comunidade de lianas e sua associação com arvores em uma floresta estacional semidecidual. 2005. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1599389. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/334029porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T04:07:11Zoai::334029Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T04:07:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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