O papel da razão na emancipação feminina : Mary Wollstonecraft e sua Reivindicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Sarah Bonfim Matos, 1995-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640947
Resumo: Orientador: Monique Hulshof
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spelling O papel da razão na emancipação feminina : Mary Wollstonecraft e sua ReivindicaçãoThe role of reason in female emancipation : Mary Wollstonecraft and her Rights of WomanWollstonecraft, Mary, 1759-1797RazãoEducaçãoVirtudeReasonEducationVirtueOrientador: Monique HulshofDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: Na introdução da obra Reivindicação dos Direitos da Mulher, publicada em 1792, Mary Wollstonecraft (1759-1797) levanta as seguintes suposições: "ou a natureza estabeleceu grande diferença entre um homem e outro, ou a civilização que até agora conhecemos tem sido muito parcial." (WOLLSTONECRAFT, 2016, p. 25). Essas suposições referem-se à condição em que se encontra a mulher, isto é, de total dependência de seus pares masculinos. Para a filósofa, a primeira suposição só pode estar errada, pois Wollstonecraft argumenta que a natureza não faria um ser humano menor que outro, visto que a menoridade não pode ser definida pelo sexo biológico. Assim, a filósofa parte da segunda suposição, atribuindo à sociedade a exclusão das mulheres não só do âmbito público, mas também da possibilidade de aperfeiçoamento da faculdade racional. Ao identificar a submissão feminina como um problema social, a filósofa lança luz para os efeitos desse problema que impera na sociedade, que fazem a manutenção das mulheres nesse lugar de dependência. Com efeito, Wollstonecraft constrói críticas para os teóricos, em especial, aos que se dedicam à educação. Um desses teóricos ganha destaque. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e o seu Emílio ou da Educação (1762) é tema central para o que Wollstonecraft chama de injustiça contra as mulheres. Conforme a argumentação da filósofa, ao atribuir ao sexo feminino uma razão que não abstrai e nem generaliza, Rousseau estaria contribuindo para a manutenção das mulheres em um lugar de dependência, potencializando a desigualdade entre os sexos. Assim, ao identificar a razão como um elemento central para a emancipação feminina, Wollstonecraft tem a educação como tema de seus escritos. Com o intuito de fornecer argumentos filosóficos que possam desconstruir estruturas artificiais de preconceitos, Wollstonecraft apresenta os princípios básicos que partem de três concepções: razão, virtude e conhecimento. Esses princípios permitem que Wollstonecraft não só reivindique um lugar na humanidade para as mulheres, como também, pleiteie que elas sejam incluídas nos sistemas públicos de educação. Essa dissertação tem como objetivo se debruçar sobre o problema de desenvolvimento da razão feminina e as suas consequências. Partindo dos princípios básicos e investigando as questões políticas implicadas na Reivindicação, a questão da razão como elemento essencial para a emancipação feminina torna-se central para a compreensão do que Wollstonecraft considera como ideal para a formação humana e consequente aprimoramento da espécie.Abstract: In the introduction to Vindication of the Rights of Woman, published in 1792, Mary Wollstonecraft (1759-1797) raises the following assumptions: "either nature has made a big difference between one man and another, or the civilization that we have known so far has been very partial . " (WOLLSTONECRAFT, 2016, p. 25). These assumptions refer to the condition of the woman, that is, total dependence on her male peers. Wollstonecraft assumes that the first assumption can only be wrong, since she argues that nature would not make a human being smaller than another, since minority cannot be defined by the biological sex. Thus, Wollstonecraft starts from the second assumption, attributing to society the exclusion of women not only from the public sphere, but also from the possibility of improving the rational faculty. By identifying female submission as a social problem, the philosopher sheds light on the effects of this problem that prevails in society, which keep women in this place of dependence. Indeed, Wollstonecraft builds criticism for theorists, in particular, those engaged in education. One of these theorists is highlighted. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) and his Emile or on Education (1762) is a central theme for what Wollstonecraft calls injustice against women. According to Wollstonecraft's argument, by attributing to the female sex a reason that does not abstract or generalize, Rousseau is contributing to the maintenance of women in a place of dependence, potentiating inequality between the sexes. Thus, in identifying reason as a central element for female emancipation, Wollstonecraft has education as the subject of her writings. In order to provide philosophical arguments that can deconstruct artificial structures of prejudice, Wollstonecraft presents the basic principles that start from three conceptions: reason, virtue and knowledge. These principles allow Wollstonecraft to not only claim a place in humanity for women, but also to demand that they be included in public education systems. This dissertation aims to address the problem of the development of female reason and its consequences. Starting from the basic principles and investigating the political issues involved in the Rights of Women, the question of reason as an essential element for female emancipation becomes central to the understanding of what Wollstonecraft considered as ideal for human formation and the consequent improvement of the species.MestradoFilosofiaMestra em FilosofiaFAPESP2019/02493-0; 2019/20144-3[s.n.]Hulshof, Monique, 1982-Bressiani, Nathalie de AlmeidaFrateschi, Yara AdarioUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASNunes, Sarah Bonfim Matos, 1995-20212021-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online ( 101 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640947NUNES, Sarah Bonfim Matos. O papel da razão na emancipação feminina : Mary Wollstonecraft e sua Reivindicação. 2021. 1 recurso online ( 101 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas , Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640947. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1162058Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-03-30T10:26:11Zoai::1162058Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2021-03-30T10:26:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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