Distribuição e biomassa de epífitas avasculares em floresta ombrófila densa montana de Mata Atlântica
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1366 |
Resumo: | Orientador: Simone Aparecida Vieira |
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Distribuição e biomassa de epífitas avasculares em floresta ombrófila densa montana de Mata AtlânticaDistribution and biomass of non-vascular epiphytes in the ombrophilous dense montane Atlantic ForestEpífitasEpifitas - Distribuição geográficaBiomassaFloresta ombrofila densa montanaBriofitoEpiphytesEpiphytes - Geographical distributionBiomassMontane dense ombrophilous forestBryophytesOrientador: Simone Aparecida VieiraDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: A Mata Atlântica é uma das Florestas Tropicais mais biodiversas do mundo e um dos hostspots mais vulneráveis em cenários de mudanças climáticas. A Floresta Ombrófila Densa Montana é uma das diversas fitofisionomias que a compõe e apresenta abundância de epífitas, um grupo vegetal que não tem contato com o solo e utiliza outras plantas para sua instalação (forófitos), absorvendo água e nutrientes diretamente da atmosfera. As epífitas avasculares (briófitas) exibem preferência por ambientes úmidos e sombreados, abrigando organismos fixadores de nitrogênio e contribuindo para a produtividade primária de Florestas Tropicais. Conhecidas como indicadoras biológicas e pioneiras na sucessão ecológica, sua instalação relaciona-se a características do forófito. Para identificar quais fatores determinam a ocorrência e distribuição de epífitas avasculares e quantificar a biomassa deste componente em áreas de Floresta Ombrófila Densa Montana, desenvolvemos o estudo em 5 parcelas de 1ha instaladas nesta fitofisionomia localizadas no Parque Estadual da Serra do Mar, apresentando diferentes históricos de perturbações antrópicas (floresta madura, corte seletivo e área em sucessão tardia). Para as análises de distribuição, foi adaptado e implementado um novo índice para classificação dos forófitos de acordo com a cobertura de tronco e galhos por epífitas avasculares (ICE-av). Avaliamos a relação entre a distribuição das classes de ICE-av e características dos forófitos (inclinação do fuste, diâmetro, densidade de madeira e iluminação da copa), bem como sua relação com a ocorrência de epífitas vasculares. Também verificamos se perturbações antrópicas afetam esta distribuição e se ela apresenta algum padrão espacial. Para a quantificação de biomassa, foram feitas coletas de epífitas avasculares em 30 forófitos pertencentes a diferentes classes de ICE-av, sendo amostradas todas as suas faces (N,S,L,O) e quatro diferentes alturas incluindo fuste e galhos (zonas ecológicas). O conteúdo de carbono e nitrogênio das epífitas avasculares foi quantificado, foi estimada a biomassa epifítica do forófito e ajustado um modelo alométrico para a quantificação indireta desta biomassa. Nas parcelas foram classificados visualmente 8.149 forófitos quanto à cobertura por epífitas avasculares, dentre os quais quase 93% tiveram alguma ocupação. A maior porcentagem de forófitos sem epífitas foi observada em áreas onde houve corte seletivo. Quanto maior o diâmetro, a inclinação e a iluminação da copa destes indivíduos suporte, maior a cobertura por epífitas avasculares, mas houve relação negativa com a densidade da madeira. Os forófitos com mais epífitas avasculares também possuem mais epífitas vasculares, e tiveram maior presença em locais de menor altitude no interior das parcelas. Análises de biomassa mostraram que não houve diferença nas alturas ou faces dos forófitos e o modelo alométrico ajustado utilizou a altura do forófito e o ICE-av como variáveis. A estimativa de biomassa de epífitas avasculares foi de em média 208 kg ha-1 em floresta madura, sendo o conteúdo de carbono correspondente a 43,93%, e de nitrogênio a 2,07%. Esta pesquisa amplia o conhecimento sobre a distribuição da comunidade epifítica avascular em Floresta Ombrófila Densa Montana e evidencia a contribuição deste componente para os estoques de carbono e nitrogênio em Florestas Tropicais, auxiliando na compreensão sobre o funcionamento destes ecossistemasAbstract: The Atlantic Forest is one of the most biodiverse tropical forests in the world and one of the most vulnerable hotspots in climate change scenarios. The Ombrophilous Dense Montane Forest is one of the various phytophysiognomies from the Atlantic Forest and presents an abundance of epiphytes, a plant group that has no contact with the soil and uses other plants for its installation (phorophytes), absorbing water and nutrients directly from the atmosphere. The non-vascular epiphytes (bryophytes) show a preference for humid and shaded environments, sheltering nitrogen-fixing organisms and contributing to the primary productivity of Tropical Forests. Known as biological indicators and pioneers in ecological succession, their establishment is related to the characteristics of the phorophyte. To identify which factors determine the occurrence and distribution of non-vascular epiphytes and to quantify the biomass of this component in areas of Ombrophilous Dense Montane Forest, we developed the study in 5 plots of 1ha installed in this phytophysiognomy located in the Serra do Mar State Park. The studied areas presented different histories of anthropic disturbance, from mature forest to areas subjected to selective logging, and an area in late succession. For the distribution analyses, a new index was adapted and implemented to classify the phorophytes according to the coverage of trunk and branches by non-vascular epiphytes (ICE-av). We assessed the relationship between the distribution of ICE-av classes and phorophyte characteristics (stem inclination, diameter, wood density and canopy illumination), as well as their relationship with the occurrence of vascular epiphytes. We also verified if anthropic disturbances affect this distribution and if the distribution presents any spatial pattern. For biomass quantification, non-vascular epiphytes were collected in 30 phorophytes belonging to different ICE-av classes, being sampled all their faces (N, S, E, W) and four different heights (ecological zones) including stem and branches. Carbon and nitrogen content of the non-vascular epiphytes was quantified, the epiphytic biomass of the phorophyte was estimated and an allometric model was adjusted for the indirect quantification of this biomass. In the plots, 8.149 phorophytes were visually classified as to coverage by non-vascular epiphytes, among which almost 93% had some occupation, with the highest percentage of phorophytes without epiphytes observed in areas where selective logging had taken place. The greater the diameter, inclination, and canopy illumination of these supporting individuals, the greater the coverage by non-vascular epiphytes, but there was a negative relation with wood density. The phorophytes with more non-vascular epiphytes also had more vascular epiphytes and had the highest occurrence at lower elevation sites within the plots. Biomass analyses showed that there was no difference in the heights or faces of the phorophytes and the allometric model used phorophyte height and ICE-av as variables. The estimated biomass of non-vascular epiphytes averaged 208 kg ha-1 in mature forest, with carbon content corresponding to 43.93%, and nitrogen content to 2.07%. This research increases the knowledge on the distribution of the avascular epiphytic community in Ombrophilous Dense Montane Forest and shows the contribution of this component to the carbon and nitrogen stocks in Tropical Forests, also helping to understand the functioning of these ecosystemsMestradoEcologiaMestra em EcologiaCAPES88882.329256/2019-01FAPESP12/51872-5; 17/16923-1[s.n.]Vieira, Simone Aparecida, 1967-Joly, Carlos AlfredoRamos, Flavio NunesUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em EcologiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBerro, Gabriela Brasci, 1991-20212021-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (114 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1366BERRO, Gabriela Brasci. Distribuição e biomassa de epífitas avasculares em floresta ombrófila densa montana de Mata Atlântica. 2021. 1 recurso online (114 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1366. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1233284Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-11-30T15:14:24Zoai::1233284Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2021-11-30T15:14:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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