Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Renata
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109
Resumo: Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes
id UNICAMP-30_7bfe6b162458da9b7250b63864b62bdf
oai_identifier_str oai::357945
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do ParanapanemaMovimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (Brasil)AcampamentosRelações de gêneroMovimentos sociais ruraisConflito socialPosse da terra - BrasilTrabalhadores rurais - BrasilParanapanema, Pontal do (SP)EncampmentsGender relationsRural social movementsSocial conflictTenure of landAgricultural workers, Pontal do ParanapanemaOrientador: Maria Lygia Quartim de MoraesTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Neste trabalho procura-se examinar as formas de participação das mulheres no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região do Pontal do Paranapanema. Recorre-se a entrevistas realizadas com acampados/as, assentados/as, militantes homens e mulheres inserido(a)s na luta pela terra naquela região; à sistemática ín loco como principal meio de burlar as dificuldades que muito(a)s têm com o gravador; e à vasta bibliografia crítica sobre o assunto. Ao longo da pesquisa, foram identificados dois momentos e espaços diferentes de participação feminina na luta pela terra. O primeiro corresponde à fase do acampamento, em que se começa a viver coletivamente sob as regras materializadas no chamado "regimento interno", que estabelecem os "códigos" de conduta de cada membro do acampamento, com novas aprendizagens podendo levar à ruptura das cercas de gênero. O segundo é o do assentamento. Este representa um desfecho positivo para os sem terra contra o monopólio do latifúndio. É o momento de um novo processo que implica criar condições para a permanência na terra conquistada. No entanto, o que se verifica são condições precárias de assentamentos revelando que estes se tomaram uma estratégia para amenizar conflitos sociais. Uma vez no assentamento, aspectos econômicos e tecnológicos adquirem formas em que o tempo e o espaço são regidos pelo modo de produção dominante. Para além da sobrevivência, é necessário produzir para pagar os empréstimos feitos junto ao Estado, ao banco, etc. A luta para permanecer na terra se toma imediatista e o aspecto econômico se impõe e acentua retomo da velha divisão sexual do trabalho, colocando em xeque as aprendizagens de gênero durante os anos de luta nos acampamentos. Frente a estas dificuldades, o MST propõe novos modelos de assentamento que permitam combinar independência, com relação do modo de produção dominante, e novas relações que permitam eliminar as trincheiras machistas do movimentoAbstract: This study examines the forms of women's participation in the Movement of Landless Rural Workers (MST) in the Pontal do Paranapanema region. It employs interviews with squatters, settlers, and male and female militants involved in the struggle for land in that region; the in loco system as the principal means for overcoming the difficulties that many have with tape recording; and the vast critical literature on the subject. During the course of the research two different spaces and moments of feminine participation in the struggle for land were identified. The first corresponds to the encampment phase, during which participants being to live collectively under the rules of the so-called "internal regimen," which establish the "codes" of conduct for each member of the encampment. New lessons learned during this phase can lead to the breaking down of gender barriers. The second phase is the settlement. This represents a positive outcome for the landless against the monopoly of the large landholding. It is the beginning of a new process that implies creating conditions for staying on the land that has been conquered. Nonetheless, what we observe are precarious conditions that reveal that the settlements have become a strategy to quel! social conflicts. In the settlement economic and technological conditions take on forms in which time and space are shaped by the dominant mode of production. Beyond surviving it is necessary to produce in order to pay the loans received from the state, the bank, etc. The struggle to stay on the land becomes the immediate :priority and the economic aspect imposes itself and brings back the old sexual division of labor, putting in check the gender leaming experiences of the years of struggle in the encampments. In the face of these difficulties, the MST proposes new models of settlement which allow independence in relation to the dominant mode of production to be combined with new relations that make it possible to eliminate the barriers of male chauvinism within the movementDoutoradoDoutor em Ciências Sociais[s.n.]Moraes, Maria Lygia Quartim de, 1943-Naves, Márcio BilharinhoLourenço, Fernando AntonioMarques, Marta Inez MedeirosMachado, Eliel RibeiroUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGonçalves, Renata20052005-09-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf321p. : il.(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109GONÇALVES, Renata. Vamos acampar: a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema. 2005. 321p. : il Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109. Acesso em: 14 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/357945porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T04:19:14Zoai::357945Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T04:19:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
title Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
spellingShingle Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
Gonçalves, Renata
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (Brasil)
Acampamentos
Relações de gênero
Movimentos sociais rurais
Conflito social
Posse da terra - Brasil
Trabalhadores rurais - Brasil
Paranapanema, Pontal do (SP)
Encampments
Gender relations
Rural social movements
Social conflict
Tenure of land
Agricultural workers, Pontal do Paranapanema
title_short Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
title_full Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
title_fullStr Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
title_full_unstemmed Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
title_sort Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema
author Gonçalves, Renata
author_facet Gonçalves, Renata
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Moraes, Maria Lygia Quartim de, 1943-
Naves, Márcio Bilharinho
Lourenço, Fernando Antonio
Marques, Marta Inez Medeiros
Machado, Eliel Ribeiro
Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Renata
dc.subject.por.fl_str_mv Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (Brasil)
Acampamentos
Relações de gênero
Movimentos sociais rurais
Conflito social
Posse da terra - Brasil
Trabalhadores rurais - Brasil
Paranapanema, Pontal do (SP)
Encampments
Gender relations
Rural social movements
Social conflict
Tenure of land
Agricultural workers, Pontal do Paranapanema
topic Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (Brasil)
Acampamentos
Relações de gênero
Movimentos sociais rurais
Conflito social
Posse da terra - Brasil
Trabalhadores rurais - Brasil
Paranapanema, Pontal do (SP)
Encampments
Gender relations
Rural social movements
Social conflict
Tenure of land
Agricultural workers, Pontal do Paranapanema
description Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005
2005-09-28T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv (Broch.)
https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109
GONÇALVES, Renata. Vamos acampar: a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema. 2005. 321p. : il Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109. Acesso em: 14 mai. 2024.
identifier_str_mv (Broch.)
GONÇALVES, Renata. Vamos acampar: a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do Paranapanema. 2005. 321p. : il Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109. Acesso em: 14 mai. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601109
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/357945
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
321p. : il.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1799138404368121856