Eficacia da vasopressina na ressuscitação da fibrilação ventricular prolongada : estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandão, Maria José Nascimento, 1951-
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1587005
Resumo: Orientador: Sebastião Araujo
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spelling Eficacia da vasopressina na ressuscitação da fibrilação ventricular prolongada : estudo experimentalVasopressinaOrientador: Sebastião AraujoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Introdução. Estudos experimentais e clínicos têm mostrado que uma pressão de perfusão coronariana (pPCor) maior que 20-30 mmHg é fundamental para que haja restauração da circulação espontânea (RCE), durante as manobras de RCR. O principal objetivo do presente estudo foi o de avaliar a eficácia da arginina-vasopressina (A VP), comparada com a adrenalina (ADR), a noradrenalina (NOR) e a angiotensina TI (AlI) (estudadas anteriormente), na PPCor e na RCE, num modelo canino de RCR da fibrilação ventricular (FV) prolongada (10 min). Metodologia. Dez animais mestiços, de ambos os sexos, pesando 14,3 :I: 2,6 kg, sedados com fentanilldroperidol e anestesiados com tiopental sódico (20 mg/k:g), mantidos em posição supina, foram intubados e ventilados com ar (VC: 20 mllkg; FR: 15/min - Harvard-Pump Animal Ventilator). As pressões de aorta torácica e átrio direito e o ECG (DII) foram registrados continuamente (Mingograf-804, SiemensElema). A FV foi induzi da eletricamente (4V, 500 mA, 60 Hz) por meio de um cabo de MP posicionado no VD, e a RCR manual (1 ventilação com ar / 5 compressões torácicas externas) foi iniciada 10 minutos depois. Ao final do 2° min de RCR, os animais receberam, por via IV central, A VP, 0,8U/kg (grupo E). As tentativas de desfibrilação foram iniciadas 2 min após a injeção das drogas, com choques espaçados de 15 seg, até a obtenção de um ritmo eletrocardiograficamente viável ou até o máximo de 6 choques terem sido aplicados. Os animais deste estudo foram comparados com os 40 animais estudados previamente, utilizando-se a mesma metodologia e que, divididos em quatro grupos iguais, receberam: salina (SAL), 10 ml (grupo A); ADR, 0,2 mg/k:g (grupo B); NOR, 0,2 mg!kg (grupo C); AlI, 0,1 mg/k:g (grupo D). Resultados. As pressões de perfusão coronariana (p1>Cor), mensuradas nos tempos-controle, pré-droga (2' RCR) e pós- drogas (4' RCR), foram, respectivamente: grupo A (SAL): 113,5 :I: 21,3; 7,6 :I: 9,8 e 11,2 :I: 14,2; grupo B (ADR): 117,5:I: 18,9; 8,0:I: 6,2 e 14,0:I: 7,6; grupo C (NOR): 108,8 :I:19,7; 1O,2:I: 4,7 e 27,0:I: 13,2; grupo D (Ali): 109,9 :I: 14,2; 6,4:I: 2,9 e 36,2:I: 9,9 e grupo E (A VP): 107,2:I: 13,1; 7,0 :I: 2,5 e 40,2:I: 19,5. Diferenças estatisticamente sIgnificativas na PPCor foram encontradas entre os grupos D (Ali) e E (A VP), em relação aos grupos A (SAL) e B (ADR), aos 4' de RCR (p < 0,01). A RCE foi obtida em 1/10 dos animais nos grupos A e B, em 7/10 no grupo C e em 8/10 nos grupos D e E. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas entre os grupos C, D e E, em relação aos grupos A e B (p<0,01). Conclusão. A A VP (0,8U/kg) mostrou-se altamente eficaz para aumentar a PPCor e as taxas de RCE este modelo canino de RCR da FV prolongada. Sua eficácia foi comparável à da Ali (0,1 mg/kg) e à da NOR (0,2 mg1kg), conforme observado no grupo histórico. Estes achados indicam a necessidade de maiores investigações quanto ao papel de drogas vasopressoras alternativas à ADR para uso na RCR, especialmente as não-adrenérgicas, como a Ali e a AVPAbstract: Introduction. Experimental and clinical trials have shown that a coronary perfusion pressure (CorPP) greater than 20-30 mmHg is crucial for the restoration of spontaneous circulation (ROSC) during cardiopulmonary resuscitation (CPR). The objective of the present study was to evaluate the efficacy of arginine-vasopressine (A VP) in comparison with adrenaline (ADR), noradrenaline (NOR) and angiotensin II (AlI) (previously studied), for increasing CorPP and ROSC, in a canine model of CPR from prolonged (10 min) ventricular fibrillation (VF). Methodology. Ten adult mongrel dogs, both sexes, weighing 14.3 I 2.6 kg, sedated with fentanil-droperidol and anaesthetized with sodium thiopental (20 mg/kg), maintained in supine position, were intubated and ventilated with air (TV: 20 ml/kg; RR: 15/min - Harvard-Pump Animal Ventilator). Thoracic aorta pressure, right atrial pressure and the electrocardiogram were continuously recorded (Mingograf-804 - Siemens Elema). VF fibrillation was electrically induced by passing an electrical current (4V, 500 mA, 60 Hz) through a pacing wire positioned into the right ventricle cavity. Manual closed-chest CPR (1 air ventilation/5 chest compressions) was initiated 10 min later. At the end of the second min of CPR, the animaIs received, via a central IV line, A VP, 0.8 U/kg (group E). Defibrillation was attempted 2 min later (4th min CPR), with sequential DC shocks at 15 min intervals, until either a viable electrocardiographic rhythm was obtained or a maximum 6 DC shocks were delivered. They were compared to 40 animaIs previously studied by using the same experimental design, that were alocated into four equal groups, and received: saline (SAL), 10 ml (group A); ADR, 0.2 mg/kg (group B); NOR, 0.2 mg/kg (group C); AII, 0.1 mg/kg (gropp D). Results. CorPP (mmHg) measured at control time, pre-drug (2nd min CPR) and post-drug (4th min CPR) were, respectivelly: group A (SAL): 113.5 I 21.3; 7.6 I 9.8 and 11.2 I 14.2; group B (ADR): 117.5 I 18.9; 8.0 I 6.2 and 14.0 I 7.6; group C (NOR): 108.8 I 19.7; 10.2 I 4.7 and 27.0 I 13.2; group D (AlI); 109.9 I 14.2; 6.4 I 2.9 and 36.2 I 9.9; and group E (A VP): 107.2 I 13.1; 7.0 I 2.5 and 40.2 I 19.5. Statistically significant differences in ÇorPP were found between groups D (AlI) and E (A VP) in relation to groups A (SAL) and B (ADR), at the 4th min CPR (p < 0.01). ROSC was obtained in 1/10 animaIs of groups A (SAL) and B (ADR); in 7/10 animaIs of group C (NOR); and in 8/10 animaIs of groups D (AlI) and E (A VP). Statistically significant differences were found by comparing groups C, D and E with groups A and B (p < 0.01). Conclusion. It was conc1uded that vasopressin (0.8U/kg) was highly effective for increasing CorPP and ROSC in this canine model of CPR from prolonged VF. It was as effective as angiotensin II (O.lmg/kg) and noradrenaline (0.2 mg/kg), when compared with previousIy studied animaIs. 'Fhese data indicate the need of further investigations about the role of altemative vasopressor drugs to ADR in CPR, especially non adrenergic ones, like AlI and AVPDoutoradoMedicina InternaDoutor em Medicina[s.n.]Araújo, Sebastião, 1954-Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em MedicinaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBrandão, Maria José Nascimento, 1951-19991999-02-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf106f. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1587005BRANDÃO, Maria José Nascimento. Eficacia da vasopressina na ressuscitação da fibrilação ventricular prolongada: estudo experimental. 1999. 106f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1587005. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/170547porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T02:53:00Zoai::170547Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T02:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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