Estudo paleoambiental de alta resolução do penúltimo período glacial (MIS 6) e a Terminação glacial II (TII) na Mata Atlântica, estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camejo Aviles, Adriana Mercedes, 1988-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/17001
Resumo: Orientadores: Fresia Soledad Ricardi Torres-Branco, Marie-Pierre Winnie Ledru
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spelling Estudo paleoambiental de alta resolução do penúltimo período glacial (MIS 6) e a Terminação glacial II (TII) na Mata Atlântica, estado de São Paulo, BrasilHigh resolution paleoenvironmental study of the penultimate glacial period (MIS 6) and the glacial Termination II (TII) in the Atlantic Forest, São Paulo state, BrazilPaleoecologiaMudanças climáticasPalinologiaMata AtlânticaPaleoecologyClimatic changesPalynologyAtlantic ForestOrientadores: Fresia Soledad Ricardi Torres-Branco, Marie-Pierre Winnie LedruTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeociênciasResumo: O pólen fóssil é considerado uma importante ferramenta que tem nos permitido entender como as mudanças climáticas do Quaternário impactaram nas formações vegetais. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa foi detalhar a dinâmica da Mata Atlântica durante o Estágio Isotópico Marinho 6 (MIS 6) e a transição para o último interglacial (Terminação II), por meio do análises palinológica com uma resolução (~ 200 a 300 anos), do núcleo de CO14 coletado na bacia de Colônia, SP, Brasil. Foi aplicado o protocolo clássico para sedimentos quaternários. O conjunto de dados disponível para o núcleo CO14: (XRF, MAAT, isótopos de carbono e nitrogênio, Microcharcoal) e o estudo multivariado DCA também foram considerados. O atlas palinológico de esporos e táxons polínica forneceu evidências de que a floresta tropical que caracterizou o MIS 6 não sofreu mudanças drásticas na composição florística na latitude de São Paulo. A análise palinológica da vegetação terrestre é caracterizada principalmente pela expansão da floresta de Araucaria na Colônia com três fases durante o MIS 6: 1) Inicial (181-169 ka) caracterizada por apresentar a maior variabilidade de assembléias polínicas, definida como a fase mais úmida e intervalo mais frio registrado em Colônia, a atividade do fogo foi relativamente constante, com um pico máximo em 173,1 ka. 2) Transicional (169-160 ka) caracterizado por diminuição da umidade atestada por táxons (Araucaria e Podocarpus), com predominância de vegetação de campo dominada por Poaceae e Asteraceae, e fogo constante, com 2 picos máximos entre 162,8 ka e 161,6 ka, refletindo as condições mais secas e frias do penúltimo glacial. 3) Final (160-135) caracterizado como a fase mais estável do MIS 6, sem mudanças drásticas na composição florística. Os táxons frios e úmidos (Araucaria e Podocarpus) experimentam sua maior frequência no registro de CO14 para MIS 6, porém, a presença de Acaena / Polylepis a partir de 155 ka, sugere variações na umidade, com alguns intervalos mais secos, não o suficiente para limitar a expansão da Araucaria. Para TII, a ausência de Araucaria é observada durante ~ 700 anos entre (131,3 e 130,6 ka). Os táxons aquáticos, principalmente algas, caracterizam a existência de um paleolago de águas rasas dominado principalmente por Botryococcus e Isoetes. Após uma fase inicial com águas profundas entre 181 ka a 179 ka, condições mais rasas prevaleceram na maior parte do MIS 6. O nível de água mais alto registrado no paleolago foi observado em 154 ka com uma duração de ~ 600 anos. E o nível mais baixo começou em ~ 151 ka, baixos níveis do lago atribuídos a condições mais secas são observadas entre 151-149 ka, 147-146 ka e 140-139 ka. Durante a transição de MIS 6 para MIS 5 (135 a 128 ka), o Botryococcus dominou, até o desaparecimento completo do paleolago por uma turfeira em torno de 126 ka. A presença quase contínua de uma floresta perenifólia mista fria durante o MIS 6, com a presença de Aracucaria ao longo da maior parte do registro, caracterizou o MIS 6 como o período glacial frio e úmidoAbstract: The fossil pólen is considered an important tool that has allowed us to understand how the climatic changes of the Quaternary period impacted in the vegetal formations. In this sense, the present research aims to detail the dynamics of the Atlantic Forest during the Marine Isotopic Stage 6 (MIS 6) and the transition to the last interglacial (Termination II), through palynological analysis (264 samples) with a temporal resolution (~ 200 / 300 years), from the CO14 core collected in the basin of Colonia, SP, Brazil. The classic protocol for quaternary sediments was applied. The data set available for the CO14 core: (XRF, MAAT, carbon and nitrogen isotopes, Microcharcoal) and the DCA multivariate study were also considered. The palynological atlas of spores and pólen taxa provided evidence that the tropical forest that characterized the MIS 6 did not experience drastic changes in floristic composition at the latitude of São Paulo. The palynological analyzes of the terrestrial vegetation is mainly characterized by the expansion of the Araucaria forest at Colônia with three phases during the MIS 6: 1) Initial (181-169 ka) characterized by presenting the highest variability of pólen assemblages, defined as the phase wettest and coldest interval recorded at Colônia, fire activity was relatively constant, with a maximum peak at 173.1 ka. 2) Transitional (169-160 ka) characterized by a decrease in humidity attested by taxa (Araucaria and Podocarpus), with a predominance of field vegetation dominated by Poaceae and Asteraceae, and a constant fire activity, with 2 maximum peaks between 162.8 ka and 161.6 ka, reflecting the driest and coldest conditions of the penultimate glacial. 3) Final (160-135) characterized as the most stable phase of MIS 6, without drastic changes in floristic composition. The cold and humid taxa (Araucaria and Podocarpus) experience their highest frequency in the CO14 record for MIS 6, however, the presence of Acaena/Polylepis from 155 ka, suggest variations in humidity, with some drier intervals, not enough to limit the expansion of Araucaria. For TII, the absence of Araucaria is observed during ~700 years between (131.3 and 130,6 ka). The aquatic taxa mainly algae, characterized the existence of a shallow water paleolake mainly dominated by Botryococcus and Isoetes. After an initial phase with deep water between 181 ka to 179 ka, shallower conditions prevailed throughout most of MIS 6. Then the highest water level recorded in the paleolake was observed at 154 ka with a duration of ~ 600 years. And the lowest level started from ~ 151 ka, and low lake levels attributed to drier conditions are observed between 151-149 ka, 147-146 ka, and 140-139 ka. During the transition from MIS 6 to MIS 5 (135 to 128 ka) Botryococcus dominated, until the full disappearance of the paleolake by a peat bog around 126 ka. The almost continuous presence of a cool mixed evergreen forest during MIS 6, with the presence of Aracucaria throughout most of the record, characterized MIS 6 as the cold humid glacial periodAbertoDoutoradoGeologia e Recursos NaturaisDoutora em CiênciasCAPES001[s.n.]Ricardi-Branco, Fresia, 1963-Ledru, Marie-Pierre WinniePereira, Sueli YoshinagaLadeira, Francisco Sérgio BernardesGarcia, Ricardo José FrancischettiMartine, Ariel MilaniUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCamejo Aviles, Adriana Mercedes, 1988-20212021-12-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (112 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/17001CAMEJO AVILES, Adriana Mercedes. Estudo paleoambiental de alta resolução do penúltimo período glacial (MIS 6) e a Terminação glacial II (TII) na Mata Atlântica, estado de São Paulo, Brasil. 2021. 1 recurso online (112 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/17001. 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