Determinismo ambiental e estocasticidade em uma comunidade do sobosque da Floresta Atlantica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aranha, Bruno Almozara, 1981-
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1606632
Resumo: Orientador: Fernando Roberto Martins
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spelling Determinismo ambiental e estocasticidade em uma comunidade do sobosque da Floresta AtlanticaEnvironmental determinism and stochasticity in an undertory community of the Atlantic ForestEcologia vegetalTopografiaDiversidadeMata AtlânticaAtlantic Forest (Brazil)Plant ecologyTopographyDiversityOrientador: Fernando Roberto MartinsDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: Processos determinísticos e estocásticos são importantes na organização da composição da comunidade, e há a hipótese de que o determinismo ambiental aumenta quanto mais extremo for o ambiente. Nosso objetivo foi testar essa hipótese em uma comunidade do estrato herbáceo-arbustivo de um trecho da Floresta Ombrófila Densa Submontana, em Ubatuba, São Paulo, Brasil. Amostramos plantas a partir de 30 cm de altura até 15 cm de perímetro do tronco à altura do peito em 25 parcelas de 3 x 3 m instaladas em locais côncavos e 25 instaladas em locais convexos. Medimos variáveis do microrrelevo (elevação, declividade e índice de convexidade) e da luminosidade (abertura do dossel). Classificamos as espécies em dois componentes: residentes (completam o ciclo vital no estrato herbáceo-arbustivo) e transientes (jovens de espécies dos estratos superiores). Por meio de testes de Mantel simples e parcial e regressão parcial múltipla confrontamos as matrizes de distância desses componentes e da comunidade total com matrizes de distância das variáveis do microrrelevo, da luminosidade e do espaço (distância geográfica). Também construímos curvas de riqueza para cada componente e para a comunidade completa em diferentes situações ambientais. Para testar se o determinismo ambiental aumenta quando aumenta a severidade do ambiente, dividimos a amplitude de cada variável ambiental em três matrizes com 20% dos menores valores, 60% com valores intermediários e 20% com os maiores valores e fizemos as análises. Repetimos as análises para a declividade, que foi dividida em três matrizes com 40% dos menores valores, 20% com valores intermediários e 40% com os maiores valores. Elevação e declividade exerceram maior influência na composição da comunidade do que a abertura do dossel, mas a maior parte da variação na composição da comunidade permaneceu sem explicação. Encontramos maior determinismo ambiental somente nas áreas com as maiores declividades. Nos sítios mais íngremes, a riqueza da comunidade total e do componente transiente foi menor, mas o componente residente apresentou maior riqueza. Nossos resultados indicaram que as espécies residentes têm mais sucesso nos locais mais íngremes, ao passo que as espécies transientes o têm nos locais com declividades mais suaves. Sugerimos que o sucesso das espécies residentes na ocupação das áreas mais íngremes decorra de altas taxas de reprodução vegetativa. Corroboramos a hipótese de que o determinismo ambiental aumenta quando aumenta a severidade do ambiente. Dessa forma o determinismo tem seu papel na organização da comunidade atuando conjuntamente com os processos estocásticosAbstract: Both determinism and stochastic process are important to community organization and composition, although environmental determinism increasing in harsh habitat has been recently hypothesized. We aim to test this hypothesis in an understory community of the Atlantic rain forest in Ubatuba, São Paulo State, SE Brazil. We sample plants taller than 30 cm, with perimeter at breast height up to 15 cm, in 25 plots of 3 x 3 m placed in concave site and 25 plots placed in convex site. We measured variables related with micro-relief (elevation, slope, and index of convexity) and luminosity (canopy openness). We classified species into two components: residents (those completing life cycle in the understory) and transients (young individuals of species of upper strata). Through simple and partial Mantel tests and partial multiple regression, we confront the distance matrices of these two components and the total community with the distance matrices of the micro-relief variables, luminosity, and space (geographic distance). We also generated richness curve for both components and total community in different environmental situations. To evaluate whether environmental determinism increases in harsher sites, we split up the range of each environmental variable into three matrices, with 20% of the low values, 60% of the middle values, and 20% of the extreme values. Also, we split up the range of slope into 40% of the low values, 20% of the middle values and 40% of the extreme value and we rerun the analysis. Elevation and slope showed a higher explanation power of community composition than canopy openness. However, most of community variation remained unexplained. We found higher environmental determinism only on steeper sites. In these sites, the richness of the total community and transient component was smaller, whereas the richness of the resident component was higher. Our results pointed out that resident species had more success on steeper sites, whereas transient species were better colonizer of the flatters sites. We suggest that the ability of resident species to occupy steeper sites could be afforded by higher ratios of vegetative reproduction. We corroborated the hypothesis that environmental determinism increase in harsher sites and concluded that environmental determinism has a role in the community assembly coupled with stochastic processesMestradoMestre em Biologia Vegetal[s.n.]Martins, Fernando Roberto, 1949-Martini, Adriana Maria ZanforlinBatalha, Marco Antonio Portugal LuttembarkUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASAranha, Bruno Almozara, 1981-20082008-02-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf65f. : il.(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1606632ARANHA, Bruno Almozara. Determinismo ambiental e estocasticidade em uma comunidade do sobosque da Floresta Atlantica. 2008. 65f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1606632. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/420827porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T05:07:16Zoai::420827Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T05:07:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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