Autoavaliação de saúde de acordo com gênero e fatores associados em Manaus, 2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nakamura, Isabella Bagni, 1997-
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/10583
Resumo: Orientador: Taís Freire Galvão
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spelling Autoavaliação de saúde de acordo com gênero e fatores associados em Manaus, 2019Self-rated health according to gender and associated factors in Manaus, 2019AutoavaliaçãoIniquidade de gêneroEstudos transversaisDoenças crônicasBrasilSelf-assessmentGender inequalityBrazilCross-sectional studiesChronic diseaseOrientador: Taís Freire GalvãoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências FarmacêuticasResumo: Iniquidades de gênero se traduzem em vulnerabilidades que prejudicam a qualidade de vida e o estado de saúde percebido pelos indivíduos. A pior autoavaliação de saúde é mais frequente entre mulheres do que entre homens, sendo afetada por condições materiais de vida. Em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica no Brasil, como a Amazônia, os efeitos das iniquidades de gênero são mais acentuados, e mulheres residentes nessas regiões podem sofrer mais ainda com maiores prevalências de problemas de saúde e pior autoavaliação de seu estado global. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da autoavaliação de saúde ruim entre adultos residentes em Manaus, Amazonas, de acordo com o gênero, e investigar os fatores associados ao desfecho. Com base nos dados de estudo transversal de base populacional realizado na cidade de Manaus em 2019, foram calculadas as razões de prevalências (RP) brutas e ajustadas de autoavaliação de saúde ruim em relação às variáveis, em modelo hierárquico com três níveis, incluindo intervalos de confiança de 95% (IC95%). O estudo incluiu 2.321 participantes, em sua maioria mulheres (52,2%), pessoas com idade entre 25 e 34 anos (25,1%), raça/cor da pele negra (85,0%), que estavam desempregados na ocasião da entrevista (41,1%), cursaram até o ensino médio (50,4%), pertenciam à classificação econômica C (53,6%) e praticavam religião evangélica (45,4%). A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi maior nas mulheres (40,7%; IC95% 37,9;43,4) do que nos homens (29,3%; IC95% 26,6;32,0). Saúde ruim foi maior entre mulheres (RP = 1,27; IC95% 1,13;1,43), pessoas mais velhas (35-44 anos: RP = 1,26; IC95% 1,01;1,56;, 45-59 anos: RP = 1,78; IC95% 1,45;2,19; 60 anos ou mais: RP = 1,85; IC95% 1,46;2,34), desempregados (RP = 1,23; IC95% 1,02;1,49), aposentados (RP = 1,29; IC95% 1,02;1,64), sem instrução (RP = 1,45; IC95% 1,09;1,92), praticantes da religião evangélica (RP = 1,17; IC95% 1,04;1,31), com insegurança alimentar leve (RP = 1,22; IC95% 1,05;1,41), moderada (RP = 1,70; IC95% 1,45;1,99) e grave (RP = 1,67; IC95% 1,43;1,95), pessoas obesas (RP = 1,16; IC95% 1,01;1,32) e com uma (RP = 1,71; IC95% 1,44;2,04) ou mais (RP = 2,90; IC95% 2,47;3,40) doenças crônicas Entre as mulheres, autoavaliação ruim foi maior naquelas com idades entre 45-59 (RP = 1,75; IC95% 1,37;2,25) e idosas (RP = 1,83; IC95% 1,39;2,42), evangélicas (RP = 1,26; IC95% 1,09;1,46), que apresentavam insegurança alimentar leve (RP = 1,33; IC95% 1,09;1,62), moderada (RP = 1,74; IC95% 1,40;2,15) e grave (RP = 1,87; IC95% 1,52;2,30), e possuíam uma (RP = 1,61; IC95% 1,29;2,00) ou duas ou mais doenças crônicas (RP = 2,37; IC95% 1,94;2,89). Para os homens, autoavaliação de saúde ruim foi maior entre os que tinham idades entre 45-59 anos (RP = 1,75; IC95% 1,23;2,50) e 60 anos ou mais (RP = 1,78; IC95% 1,17;2,71), aposentados (RP = 1,42; IC95% 1,01;2,02), sem instrução formal (RP = 1,94; IC95% 1,15;3,29), que estavam em insegurança alimentar moderada (RP = 1,69; IC95% 1,31;2,18) e grave (RP = 1,44; IC95% 1,10;1,87), e possuíam uma (RP = 1,80; IC95% 1,36;2,39) ou duas ou mais doenças crônicas (RP = 3,84; IC95% 2,97;4,90). A elevada prevalência da autoavaliação de saúde ruim entre adultos residentes em Manaus, e maior nas mulheres do que nos homens reforça a necessidade de mitigação dos efeitos das iniquidades de gênero e de atenção ao estado de saúde das mulheres manauaras, uma vez que elas apresentam pior autoavaliação de saúde, em especial em restrições de acesso a alimentos e presença de doenças crônicasAbstract: Gender inequalities translate into vulnerabilities that impair the quality of life and health status perceived by individuals. The worst self-rated health is more frequent among women than among men, being affected by material living conditions. In regions of greater socioeconomic vulnerability in Brazil, such as the Amazon, the effects of gender inequalities are more pronounced, and women residing in these regions may suffer even more from higher prevalence of health problems and worse self-assessment of their global status. The objective of this study was to assess the prevalence of poor self-rated health among adults living in Manaus, Amazonas, according to gender, and to investigate factors associated with the outcome. Based on data from a population-based cross-sectional study carried out in the city of Manaus in 2019, the crude and adjusted prevalence ratios (PR) of poor health self-assessment were calculated in relation to the variables, in a hierarchical model with three levels, including intervals of 95% confidence (95% CI). The study included 2,321 participants, mostly women (52.2%), people aged between 25 and 34 years (25.1%), black race/skin color (85.0%), who were unemployed at the time of the interview (41.1%), attended high school (50.4%), belonged to economic classification C (53.6%) and practiced evangelical religion (45.4%). The prevalence of poor self-rated health was higher in women (40.7%; 95%CI 37.9;43.4) than in men (29.3%; 95%CI 26.6;32.0). Poor health was higher among women (PR = 1.27; 95%CI 1.13;1.43), older people (35-44 years: PR = 1.26; 95%CI 1.01;1.56;, 45-59 years: PR = 1.78; 95%CI 1.45;2.19; 60 years or older: PR = 1.85; 95%CI 1.46;2.34), unemployed (PR = 1.23 ; 95%CI 1.02;1.49), retired (PR = 1.29; 95%CI 1.02;1.64), without education (PR = 1.45; 95%CI 1.09;1.92) , practitioners of the evangelical religion (PR = 1.17; 95%CI 1.04;1.31), with mild food insecurity (PR = 1.22; 95%CI 1.05;1.41), moderate (PR = 1 .70; 95%CI 1.45;1.99) and severe (PR = 1.67; 95%CI 1.43;1.95), obese people (PR = 1.16; 95%CI 1.01;1, 32) and with one (PR = 1.71; 95%CI 1.44;2.04) or more (PR = 2.90; 95%CI 2.47;3.40) chronic diseases Among women, poor self-assessment was higher in those aged 45-59 (PR = 1.75; 95%CI 1.37;2.25) and elderly (PR = 1.83; 95%CI 1.39;2.42), evangelicals (PR = 1 .26; 95%CI 1.09;1.46), who had mild food insecurity (PR = 1.33; 95%CI 1.09;1.62), moderate (PR = 1.74; 95%CI 1.40 ;2.15) and severe (PR = 1.87; 95%CI 1.52;2.30), and had one (PR = 1.61; 95%CI 1.29;2.00) or two or more chronic diseases (PR = 2.37; 95%CI 1.94; 2.89). For men, poor self-rated health was higher among those aged 45-59 years (PR = 1.75; 95%CI 1.23;2.50) and 60 years or older (PR = 1.78; 95%CI % 1.17;2.71), retired (PR = 1.42; 95%CI 1.01;2.02), without formal education (RP = 1.94; 95%CI 1.15;3.29), who were moderately (PR = 1.69; 95%CI 1.31;2.18) and severe (PR = 1.44; 95%CI 1.10;1.87) food insecure, and had one (PR = 1 .80; 95%CI 1.36;2.39) or two or more chronic diseases (PR = 3.84; 95%CI 2.97;4.90). The high prevalence of poor self-rated health among adults residing in Manaus, and higher among women than among men, reinforces the need to mitigate the effects of gender inequalities and pay attention to the health status of Manaus women, since they present worse self-assessment of health, especially regarding restrictions on access to food and the presence of chronic diseasesMestradoFármacos, Medicamentos e Insumos para SaúdeMestra em CiênciasCAPES88887.713390/2022-00[s.n.]Galvão, Taís Freire, 1981-Barros, Marilisa Berti de AzevedoLima, Margareth GuimarãesUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências FarmacêuticasPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASNakamura, Isabella Bagni, 1997-20232023-04-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (50 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/10583NAKAMURA, Isabella Bagni. Autoavaliação de saúde de acordo com gênero e fatores associados em Manaus, 2019. 2023. 1 recurso online (50 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/10583. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1341157Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-26T10:56:48Zoai::1341157Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2023-06-26T10:56:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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