Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rett, Mariana Tirolli
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753
Resumo: Orientador: Paulo Cesar Giraldo
id UNICAMP-30_a7eb6601806f11f7ec5993fda15c2c0b
oai_identifier_str oai::447878
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinariaThe influence of intravaginal electrical stimulation on vaginal ecosystem and quality of life on female urinary incontinenceIncontinência urináriaModalidades de fisioterapiaTerapia por estimulação elétricaEsfregaço vaginalVaginose bacterianaQualidade de vidaUrinary incontinencePhysical therapy modalitiesElectric stimulation therapyVaginal smearsBacterial vaginosisQuality of lifeOrientador: Paulo Cesar GiraldoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Objetivos: Avaliar o ecossistema vaginal e a qualidade de vida (QV) de mulheres com incotinência urinária (IU) submetidas a tratamento fisioterápico com eletroestimulção intravaginal (EEIV). Métodos: Estudo de ensaio clínico realizado entre setembro de 2006 a novembro de 2008 envolveu 67 mulheres com queixa clínica de IU. O tratamento fisioterápico consistiu de 8 sessões (2x/semana) de EEIV (frequência=35Hz, largura de pulso=0,5ms e tempo=20min), orientações comportamentais e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. O ecossistema vaginal foi avaliado quanto ao tipo de flora, inflamação e pH da mucosa vaginal antes e após a EEIV. O conteúdo coletado do terço médio vaginal foi corado pela técnica de Gram e analisado sob microscopia óptica em flora bacilar ou normal, intermediária e, cocóide/ cocobacilar ou vaginose bacteriana (VB). A intensidade da inflamação foi determinada contando-se o número médio de células de defesa (polimorfonucleares neutrófilos e linfócitos) encontradas em 10 campos de grande aumento (400X). A QV foi avaliada pelo questionário "Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form" antes e após o tratamento. Os dados foram coletados pelo mesmo investigador e analisados por apenas um microbiólogo de forma cega. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa etodas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram selecionadas 78 mulheres, sendo 11 excluídas para a análise microbiológica e 6 para análise da QV. Das 67 mulheres incluídas, a média de idade foi de 51,3 (±11,8) anos, a maioria branca, do lar, pós-menopausada e com sintomas de IUM (76,4%) e IUE (23,6%). Antes da EEIV, 43 mulheres apresentaram microbiota normal, 24 intermediária e nenhum caso de VB ou candidíase vaginal (CV). Após as 8 sessões de EEIV não houve mudança significativa da flora vaginal, sendo que das 43 mulheres que apresentaram flora normal, 36 permaneceram na mesma categoria, 5 apresentaram flora intermediária e 2 apresentaram VB. Das 24 identificadas com microbiota intermediária, 15 permaneceram na mesma categoria, 7 foram identificadas com microbiota normal e 2 com VB. O aparecimento de 4 casos de VB foi estatisticamente significativo (p<0,05). A análise do processo inflamatório identificou que 60 mulheres não apresentavam inflamação, 4 tinham inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Após o tratamento não houve mudança significativa, sendo que 58 mulheres não apresentavam inflamação, 6 apresentaram inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Também não foram encontradas diferenças significativas nos valores do pH antes e após cada sessão de EEIV. Para a avaliação da QV foram incluídas 72 mulheres. Encontrou-se uma redução significativa dos escores da frequência de perda urinária de 3,4(±1,4) para 1,4(±5,9) [p<0,03], da quantidade de perda urinária de 3,6(±1,6) para 2,0(±1,3) [p<0,04] e do impacto da IU na QV de 7,7(±2,4) para 3,8(±2,9) [p<0,001]. O escore total do ICIQ-SF diminuiu de 14,6(±4,2) para 7,2(±4,5) [p<0,001]. Conclusões: O ecossistema vaginal neste estudo não foi significativamente influenciado pela EEIV quanto ao tipo de flora vaginal, inflamação da mucosa vaginal, mudança do pH vaginal e aparecimento de CV, apesar de terem aparecido 4 casos de VB. A EEIV proporcionou uma melhora significativa na QV de mulheres com IU.Abstract: Objectives: To evaluate vaginal ecosystem and quality of life (QOL) of women submitted to intravaginal electrical stimulation (IVES) as physicaltherapy treatment. Methods: A clinical trial was carried out from September 2006 to November 2008 including 67 women presenting IU as symptom. Physicaltherapy treatment consisted in 8 IVES sessions during 4 weeks (frequency=35Hz, pulse width=0,5ms, duration=20min), pelvic floor muscle exercises (PFME) and behavioral orientation. Vaginal ecosystem was assed concerning type of flora, inflammation and pH before and after treatment. Vaginal bacterioscopy swab was collected from e middle third of the vagina (vaginal smear was collected for subsequent Gram stain). The inflammatory process intensity was determined by the average number of white defense cells (neutrophils and limphocytes) found in 10 observation fields (magnified 400X). Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was used to asses QoL. All data was collected by a single investigator and analyzed by the same microbiologist. This study was approved by Institutional Ethitics Committee and every patient signed an agreement term. Results: 78 women were selected and 11 were excluded from microbiologic analyzes and 6 from QoL analyses. Of the 67 women included, the mean age was 51.3(±12.2), most were white, housewives, post menopausal, presenting symptoms of MUI (76.4%) and SUI (23.6%). Before IVES 43 women had a normal vaginal flora, 24 presented intermediary flora and none had bacterial vaginoses (BV) or vaginal candidiasis (VC). After 8 sessions of IVES no significant alteration was noticed, 43 were unaltered, 36 remained in the same category, 5 showed intermediary microbiota and 2 were identified as having VB. Of those 24 initially identified as intermediary, 15 remained in the same category, 7 were normal and 2 with VB. Four cases of BV was statistically significant (p<0,05). The inflammatory process analyses identifiyed that 60 women did not present any inflammation, 4 had slight-moderate and 3 showed it as intense. No significant changes in pH were observed in the measurements before and after each IVES session. Also, it was observed a significant reduction in scores of frequency of leakage from 3.4(±1,4) to 1.4(±5.9) [p<0.03], amount of leakage from 3.6(±1.6) to 2.0(±1.3) [p<0.04] and impact of UI in Qol from 7.7(±2.4) to 3.8(±2.9) [p<0.001]. Total score ICIQ-SF decreased from 14.6(±4.2) to 7.2 (±4.5) [p<0.001]. Conclusion: No significant influence was observed in the vaginal ecosystem, inflammatory process, and vaginal pH after IVES, but 4 cases of BV were reported. The IVES provided a significant improvement in QoL of women with UI.DoutoradoTocoginecologiaMestre em Tocoginecologia[s.n.]Giraldo, Paulo César, 1956-Miranda, Angélica Espinosa BarbosaGonçalves, Ana Katherine da SilveiraPinto, Cristina Laguna BenettiGabiatti, Jose Roberto ErbolatoUniversidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em TocoginecologiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASRett, Mariana Tirolli2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf138 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753RETT, Mariana Tirolli. Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria. 2009. 138 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/447878porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T05:34:45Zoai::447878Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T05:34:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
The influence of intravaginal electrical stimulation on vaginal ecosystem and quality of life on female urinary incontinence
title Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
spellingShingle Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
Rett, Mariana Tirolli
Incontinência urinária
Modalidades de fisioterapia
Terapia por estimulação elétrica
Esfregaço vaginal
Vaginose bacteriana
Qualidade de vida
Urinary incontinence
Physical therapy modalities
Electric stimulation therapy
Vaginal smears
Bacterial vaginosis
Quality of life
title_short Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
title_full Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
title_fullStr Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
title_full_unstemmed Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
title_sort Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria
author Rett, Mariana Tirolli
author_facet Rett, Mariana Tirolli
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Giraldo, Paulo César, 1956-
Miranda, Angélica Espinosa Barbosa
Gonçalves, Ana Katherine da Silveira
Pinto, Cristina Laguna Benetti
Gabiatti, Jose Roberto Erbolato
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Rett, Mariana Tirolli
dc.subject.por.fl_str_mv Incontinência urinária
Modalidades de fisioterapia
Terapia por estimulação elétrica
Esfregaço vaginal
Vaginose bacteriana
Qualidade de vida
Urinary incontinence
Physical therapy modalities
Electric stimulation therapy
Vaginal smears
Bacterial vaginosis
Quality of life
topic Incontinência urinária
Modalidades de fisioterapia
Terapia por estimulação elétrica
Esfregaço vaginal
Vaginose bacteriana
Qualidade de vida
Urinary incontinence
Physical therapy modalities
Electric stimulation therapy
Vaginal smears
Bacterial vaginosis
Quality of life
description Orientador: Paulo Cesar Giraldo
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753
RETT, Mariana Tirolli. Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria. 2009. 138 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753. Acesso em: 15 mai. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753
identifier_str_mv RETT, Mariana Tirolli. Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria. 2009. 138 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609753. Acesso em: 15 mai. 2024.
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/447878
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
138 p. : il.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1799138455966449664