O Estado no capitalismo contemporâneo : uma interpretação marxista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Filipe Possa, 1985-
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1638372
Resumo: Orientador: Simone Silva de Deos
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spelling O Estado no capitalismo contemporâneo : uma interpretação marxistaThe State on contemporary capitalism : a marxist approachCapitalismoFinanceirizaçãoComunismoEstadoEconomia políticaCapitalismFinancializationCommunismState, ThePolitical economyOrientador: Simone Silva de DeosTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de EconomiaResumo: O Estado não é uma instituição acima ou abaixo da sociedade capitalista. O Estado faz parte da sociedade, e com ela foi formado e transformado. O resgate histórico empreendido por essa tese busca ampliar o entendimento da formação do Estado, a partir de Marx e do marxismo, para refletir sobre a relação entre finanças e Estado, contemporaneamente. Se esclarece que o Estado foi moldado no bojo das transformações da sociedade mercantilista para a capitalista, se apresentando como um Estado capitalista a partir do absolutismo ¿ e não à toa as configurações políticas e econômicas se fundem. Segundo Poulantzas, nas estruturas do Estado se refletem as lutas de classes em disputa advindas da sociedade civil e de seu modo de operar. Em uma sociedade capitalista, cindida em classes, as relações de forças dessas classes se apresentam junto ao Estado. Isso se dá, principalmente, pois ao Estado cabem prerrogativas de poder e de controle econômico, político, social e militar. Por outro lado, o Estado não é um agente passivo das relações de força da sociedade, pois a ele cabe um protagonismo ímpar. Nas palavras de Althusser, são os aparelhos e aparatos do Estado que influenciam diretamente parcelas distintas da sociedade civil, inculcando, assim, a ideologia e o modo de operar do capitalismo. Dessa forma, vê-se transformadas as pautas da educação, cultura, igreja, justiça, mercados etc. Resume-se, por-tanto, que seu poder é terrivelmente real. Marx, de certa forma, percebeu seu poder, e tornou o Estado o objetivo de conquista de classe, o que desencadeou uma série de lutas em todo o mundo. Nos dias atuais, a lógica do capitalismo e suas principais características, sendo essas um reflexo do modo de produção, reprodução e acumulação, se articulam com o poder do Estado. Há, dessa forma, uma subordinação relativa e uma mútua influência, que vai da letra da lei até o "legitimador de última instância", sendo o Estado o protagonista das soluções para crises financeiras, econômicas e sociais. O Estado se apresenta como imprescindível ao capitalismo contemporâneo, ao passo que sua conformidade às finanças internacionais o torna ferramenta indispensável aos anseios das classes dominantes. O Estado financeirizado é o Estado do capitalismo do século XXI, e os impactos políticos e sociais são ditados, em boa parte, por conta dessa relação e suas consequênciasAbstract: The State has not been standing above or below capitalistic society, it is part of it. The State was formed and transformed within society. The historical review, put forward here, seek to amplify the comprehension of State formation, from Marx and Marxism point of view. The goal is to find relationship between finance and State, nowadays. We clarify that State history relies on the transformation of mercantile to capitalistic societies, and from the ruins of absolutism emerges a capitalistic State; which means the merger of political and economics features of State. Accord-ing to Poulantzas, the State structures reflects the civil society class struggles, and its own way to operate. In a capitalistic society, divided by class, the forces relations within those classes materialize on State. Mainly, this occurs because State concentrates the power and control of economics, politics, social and military. On the other hand, the State has not been a passive agent on the society, its prominence is real. In Althusser's words, has been the apparatus of State that directly influences some parts of civil society, which reproduces the dominant ideology, and its own way to operate on capitalism. For that matter, it is common to realize shifts of education, culture, religion, justice, markets, etc., agenda. Resuming, the power of State is terrible real. Marx, somehow, realizes its power, and elected the State as the institution to be conquer by dominated classes. Nowadays, the capitalism logic and its mains features, as the production, reproduction and accumulation of capital, articulates with the State power. There is, for that purpose, a relative subordination and bilateral influence between State and finance, which goes from the rule of law to legitimising of the lasts resort. The State stands, therefore, as the protagonist for financial and economic crisis solutions, reflecting all over the civil society and its forces relations. The State is vital for contemporary capitalism, as its conformity to international finance converts their instruments to an essential tool for ruling classes. The financialized State is the capitalistic State of XXI century, and the actual social and political impacts are caused, at least in part, by finance and State relationship and its consequencesDoutoradoTeoria EconômicaDoutor em Ciências EconômicasCAPES1450403, 1560531[s.n.]Deos, Simone Silva de, 1968-Ferreira, Adriana NunesSawaya, Rubens RogérioPalludeto, Alex Wilhans AntonioOliveira, Roberson Campos deUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 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