A metáfora da tempestade marítima em A ostra e o vento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Góes, Fernando, 1982-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1614587
Resumo: Orientador: Paulo Elias Allane Franchetti
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spelling A metáfora da tempestade marítima em A ostra e o ventoThe metaphor of the storm at sea in The oyster and the windLiteratura brasileiraRomanceMar na literaturaMetáforaTempestadesBrazilian literatureNovelSea in literatureMetaphorStormOrientador: Paulo Elias Allane FranchettiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: Moacir Costa Lopes se projeta na literatura brasileira em 1959 quando publica seu primeiro romance: Maria de cada porto. Desde essa primeira obra, Lopes já demonstra toda a peculiaridade de seu estilo fluido, do tratamento diferenciado dado ao tempo e principalmente da temática do mar, pouco abordada na literatura brasileira. A ostra e o vento, publicado em 1964, foi a quarta obra de Moacir C. Lopes e pode ser entendida como um marco em sua produção romanesca, pois representa o que se pode chamar de início da sua fase madura como romancista. Em A ostra e o vento o que se destaca é a afinidade amorosa e conflituosa entre uma garota, Marcela, e um ser chamado Saulo, espécie de força sobrenatural, relacionado ao vento. Essa relação pode ser projetada na metáfora da tempestade marítima, pois essa figura sugere, em essência, uma relação entre amantes, entre mar e vento. Este último seria o responsável pela formação das tempestades ao agitar as águas com sua força. Assim, Marcela, atormentada por Saulo acaba destruindo todos os habitantes da ilha, tal como um mar revolto destrói aqueles que ousam desafiá-lo. A utilização da metáfora da tempestade marítima na interpretação de A ostra e o vento se mostra proveitosa, sobretudo, por permitir um melhor entendimento de Saulo, aceitando-o como um person gem autônomo e não apenas uma alucinação de Marcela. Tal figura também permite uma melhor compreensão do mar e de sua importância nessa narrativa como caracterizador da protagonista. Desse modo, por meio da metáfora da tempestade marítima, pôde-se ler A ostra e o vento se afastando da visão comum que tende a relacionar o mar com José. Essa nova leitura permite compreender melhor as peculiaridades dessa obra de Lopes, principalmente as relacionadas à categoria narrador/foco narrativoAbstract: Moacir Costa Lopes appears on Brazilian literature in 1959 when he published his first novel: Mary of each port. Since that first work, Lopes already demonstrates the peculiarity of his fluid style, the differential treatment given to time and especially the theme of the sea, little appreciated in the Brazilian literature. The Oyster and the Wind, published in 1964, was the fourth work by Moacir C. Lopes and can be seen as a landmark in his novelistic production, it represents what might be called the beginning of his maturity as a novelist. The oyster and the wind in what stands out is the affinity and conflicted love between a girl, Marcela, and be named Saulo, a kind of supernatural force, related to the wind. This relationship may be associated with the metaphor of a storm at sea, as this figure suggests, in essence, a relationship between lovers, between sea and wind. The latter would be responsible for the formation of storms to stir the waters with his strength. Thus, Marcela, plagued by Saulo destroys all the inhabitants of the island as a stormy sea destroys those who dare challenge him. Using the metaphor of the storm at sea in the interpretation of The Oyster and the Wind proves useful, particularly for allowing a better understanding of Saulo, accepting it as an autonomous character and not just a hallucination of Marcela. This figure also allows a better understanding of the sea and its importance in this narrative as the protagonist's characterization. Thus, through the metaphor of the storm at sea, we could view The Oyster and the wind moving away from the common vision that links the sea with Joseph. This new interpretation allows us to understand better the peculiarities of this work of Lopes, especially those related to the category narrator / narrative focusMestradoLiteratura BrasileiraMestre em Teoria e História Literária[s.n.]Franchetti, Paulo, 1954-Franchetti, Paulo, 1954-Frungillo, Mario LuizMarchezan, Luiz GonzagaUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da LinguagemPrograma de Pós-Graduação em Teoria e História LiteráriaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGóes, Fernando, 1982-2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf65 f.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1614587GÓES, Fernando. A metáfora da tempestade marítima em A ostra e o vento. 2011. 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1614587. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/786967porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T06:11:04Zoai::786967Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T06:11:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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