Interação do plural de -ão e do aumentativo -zão na formação de compostos no português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Érick Rizzato da, 1994-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1633795
Resumo: Orientador: Maria Filomena Spatti Sândalo
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spelling Interação do plural de -ão e do aumentativo -zão na formação de compostos no português brasileiroInteraction of the plural of -ão and augmentative -zão in the formation of compounds in Brazilian PortugueseGramatica comparada e geral - NumeroLíngua portuguesa - DitongosLíngua portuguesa - MorfologiaGramática comparada e geral - FonologiaLíngua portuguesa - BrasilGrammar, Comparative and general - NumberPortuguese language - DiphthongPortuguese language - MorphologyPhonologyPortuguese language - BrazilOrientador: Maria Filomena Spatti SândaloDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: O presente projeto tem como foco a compreensão dos fenômenos morfofonológicos de variações na constituição de plurais, observando a formação de compostos através da pluralização de palavras do gênero masculino terminadas em ¿ão, que exibem três formas plurais distintas ¿ãos, ¿ães e ¿ões, em interação com a morfologia de grau e sua marca de aumentativo equivalente ¿zão. No português, os sufixos ¿ão e ¿zão são os formadores de grau aumentativo mais frutíferos (ARMELIN, 2015) e tratam-se de formações recorrentes de grande circulação e utilização na língua, principalmente em sua modalidade falada (BIZZOCCHI, 2011). No entanto, palavras como `portãozinho¿ e `anãozinho¿ parecem soar melhor aos ouvidos do que suas formas no aumentativo `portãozão¿ e `anãozão¿. Ao tentar obter o plural dessas últimas, uma segunda dificuldade parece surgir: `portãozões¿ ou `portõezões¿. Haveria uma ordem de ocorrência dos fenômenos? Seria este um caso de derivação? Pode (ou deve) haver uma dupla marcação do plural no composto formado, isto é, a marcação do plural na forma base e novamente após o acréscimo do sufixo de grau? Huback (2011) aponta que o número de ocorrência de substantivos terminados em ditongo nasal ¿ão no PB é baixo. A forma no aumentativo plural, em corpora, é ainda mais limitada, o que faz surgir o questionamento: de onde vêm as intuições dos falantes para a escolha de uma forma de aumentativo plural, visto que estão pouco expostos a formas desse tipo? As diferenças entre as marcas dos formadores de grau no PB ¿ão/¿zão e ¿inho/¿zinho são muito discutidas, ora as teorias apontando para serem manifestações diferentes de um mesmo elemento, ora para formadores com estatutos diferentes. Pesquisas recentes tem discursado a favor de diferenças entre as marcas ¿ão e ¿zão, propondo que há uma diferença no alojamento dos itens, fazendo com que eles ocupem posições sintáticas distintas: enquanto ¿ão se anexaria a estruturas não flexionadas em número, ¿zão seria, por sua vez, mais alto que a projeção que aloja os trações de número (ARMELIN, 2015), defendendo a tese que o formador ¿zão entra na estrutura da palavra, de forma a compor o grau aumentativo, somente após esta já possuir um núcleo de número, embasando a hipótese de que, os compostos terminados em ¿ão acrescidos do sufixo ¿zão, em sua forma plural, deverão apresentar o número marcado duas vezes, tanto na palavra quanto no sufixo. Nossa hipótese argumenta a favor da variação dos falantes na elaboração desses plurais, ora optando pela forma com a marcação dupla, ora preferindo a forma mais econômica, omitindo marcações redundantes de plural, conforme as tendências atuais de economia do português brasileiro. A fundamentação teórica do trabalho se apoia na literatura morfo e fonológica acerca de estudos de pluralização irregular, dos formadores de grau, além de se basear na psicologia da experimentação linguística. Acerca da metodologia de pesquisa, trata-se de estudo experimental, com base em corpora constituído por palavras da língua com as características alvo, aliado à tecnologia computacional através da plataforma Experigen (BECKER & LEVINE, 2015) de criação de experimentos fonológicosAbstract: The present project focuses on the analysis of morphophonological phenomena of variations in the constitution of plurals, observing compounds formation through masculine gender words terminated in ¿ão¿s pluralization, which exhibit three distinct plural forms ¿ãos, ¿ães and ¿ões, in interaction with its equivalent marker of augmentative ¿zão. In Portuguese, the suffixes ¿ão and ¿zão are the most common augmentative markers (ARMELIN, 2015) and are recurrent formations of great circulation and use in the language, mainly in their spoken form (BIZZOCCHI, 2011). However, words like 'portãozinho¿ and 'anãozinho' seem to sound better than their augmentative forms 'portãozão' and 'anãozão'. In attempting to obtain the plural of those, a second difficulty seems to arise: 'portãozões' or 'portõezões'. Is there an order for the occurrence of these phenomena? Is this a case of derivation? Is there a double plural mark in the compound, that is, marking the plural in the base form and again after the addition of the degree morpheme suffix? Researchers have made studies on diminutive markers, limiting themselves to compare or extend their analyzes on the functioning of the augmentative. Huback (2011) points out that the number of occurrences of nouns with final nasal diphthong ¿ão in BP is low. The augmentative plural form, in corpora, is even more limited, which raises the question: where do speakers¿ intuitions to choose an augmentative plural form come from, since they aren¿t exposed to such forms? Differences between degree markers ¿ão/¿zão and ¿inho/¿zinho in BP are very discussed, sometimes theories pointing to different manifestations of the same element, sometimes for markers with diferente statutes. A recent research has argued in favor of differences between ¿ão and ¿zão markers, proposing that there is a difference on where these items are attached, causing them to occupy distinct syntactic positions: while ¿ão would attach to structures that are not flexed in number, ¿zão would be higher, attaching above a number head (ARMELIN, 2015), defending the thesis that ¿zão enters on word structure only after it already has a number nucleus, giving base to the hypothesis that the compounds ending in ¿ão with the suffix ¿zão, in their plural form, must present number features twice, both marked in the word and in the suffix. Our hypothesis argues in favor of speakers variation in the elaboration of these plurals, sometimes choosing the form with double marking, sometimes preferring the more economical form, omitting redundant plural marks, according to current trends of economy in Brazilian Portuguese. Theoretical basis of this work are based on the morphological and phonological literature about irregular plurals studies, of degree markers, and is also based on linguistic experimentation psychology. About research methodology, this is an experimental study, based on corpora constituted by language words with target characteristics, allied to computational technology through the platform Experigen (BECKER & LEVINE, 2015) to create phonological experimentsMestradoLingüísticaMestre em LinguísticaCNPQ133373/2016-9[s.n.]Sândalo, Maria Filomena Spatti, 1965-Becker, MichaelSchwindt, Luiz Carlos da SilvaUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da LinguagemPrograma de Pós-Graduação em LinguísticaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASSilva, Érick Rizzato da, 1994-20182018-03-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online ( 94 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1633795SILVA, Érick Rizzato da. Interação do plural de -ão e do aumentativo -zão na formação de compostos no português brasileiro. 2018. 1 recurso online ( 94 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1633795. 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