Análise da relação entre mãe e pediatra no contexto do empoderamento materno
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639401 |
Resumo: | Orientador: José Martins Filho |
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Análise da relação entre mãe e pediatra no contexto do empoderamento maternoAnalysis of the relationship between mother and pediatrician in the context of maternal empowermentPediatrasMãesComportamento maternoOrientação infantilPediatriciansMothersMaternal behaviorChild guidanceOrientador: José Martins FilhoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A relação mãe-pediatra é intrinsecamente indivisível da orientação do pediatra e da intervenção materna na saúde do bebê, onde a decisão das mães em seguirem ou não a orientação pediátrica tem um papel importante na qualidade e acompanhamento da saúde infantil. Estudos científicos no campo da autocapacitação materna, ou do empowerment, com relação ao controle da saúde infantil, demonstram que, quando as mães são capazes de exercerem o poder de decisão sobre a assistência à saúde dos seus filhos, este se torna um fator determinante para o acompanhamento sistemático da saúde materno-infantil. Grande parte dessa decisão está relacionada ao acesso conhecimento pediátrico adquirido pelas mães através da internet e à escolha de seguir ou não as recomendações pediátricas ¿ ou o acompanhamento profissional da vida do bebê nos seus primeiros anos ¿ vêm dificultando as orientações pediátricas segundo os resultados da nossa pesquisa de mestrado. Um dos objetivos desta pesquisa foi avaliar os três momentos de uma primeira consulta: (1) antes, (2) durante e (3) depois, traçando um paralelo entre os 3 momentos da mãe e os 3 momentos do pediatra, a fim de demonstrar a divergência entre esses dois atores no processo da orientação e validação pediátrica e a convergência do empoderamento de ambos. No primeiro estudo exploratório, os resultados apontaram na direção de que pediatras cada vez mais estão diante do desafio de ampliar seus conhecimentos da depressão materna e em identificar o tipo de acesso ao conhecimento e orientações sobre cuidados infantis que as mães estão recebendo através das redes sociais. Ademais, nas questões sobre empatia e estabelecimento de um vínculo duradouro com a mãe e a família do bebê ¿ questão primordial para um excelente acompanhamento da saúde materno-infantil em longo prazo ¿ são pontos que podem ser reforçados tanto na graduação quanto na residência médica. Foi elaborado um questionário para avaliar o atendimento pediátrico com base nas interfaces das percepções do cuidado materno. Constatamos que os pediatras têm pouco ou quase nenhum treinamento sistemático formal no que se refere a `escuta sensível¿ e `empatia médica¿ para o atendimento pediátrico, sendo este conquistado apenas na pós-graduação, geralmente quando já estão atendendo tanto em consultório particular quanto nos plantões. E, a necessidade de um conhecimento cada vez mais aprofundado e amplo sobre as questões maternas, considerando que, nos meses iniciais da vida do bebê, a mãe é também uma paciente. No segundo estudo, os resultados demonstram que a dinâmica da primeira consulta apresenta um descompasso do pediatra em relação a mãe empoderada. Demonstraram que, enquanto as mães buscam orientação nos grupos virtuais e informações comprovadas cientificamente antes da primeira consulta, os pediatras desconhecem qual conhecimento e quais orientações que são repassadas às mães. Durante a consulta, as mães antecipam o diálogo aberto com o pediatra, numa interação nivelada de saberes, enquanto os pediatras se sentem preparados para dialogar com a mãe empoderada, todavia expressam que ocasionalmente são surpreendidos por elas e podem vir a adaptar à sua prática ao que elas trazem do seu conhecimento pessoal para a consulta. E, após a primeira consulta, as mães retornam para o seu grupo de apoio, afim de comprovar as orientações pediátricas que acabaram de receber - fator determinante este quanto à decisão da continuidade do atendimento com o pediatra escolhido - e do lados dos pediatras, se sentem tranquilos na dinâmica com a mãe empoderada, porém percebem que estas mães anseiam por mais apoio às suas escolhas em face do seu empoderamento materno. Os resultados demonstraram os paralelos e as diferenças da relação mãe-pediatra e a necessidade de equalizar os dois lados desta relaçãoAbstract: The relationship between a mother and a pediatrician is highly inseparable from the pediatrician's orientation and maternal intervention in the baby's health, being the mother's decision to follow or not the pediatrician. Scientific evidence in the area of studies of Maternal Self-empowerment in relation to Child Health Control and Care, demonstrates that when mothers to exercise their decision-making power over children's health care, the practice and control of the decisions in regards of the care of their babies was crucial for their health improvement. Most of this decision is specialized by the knowledge acquired by mothers through the Internet and the choice of whether or not to follow the pediatrician - or systematic monitoring of the baby's life in the first months - makes pediatric care difficult. The objctive of this study was to evaluate the three moments of the first consultation: (1) before, (2) during and (3) after, drawing a perfect parallel between the 3 moments of the mother and the 3 moments of the pediatrician, to demonstrate the divergence between these two actors in the pediatric orientation and validation process and the convergence of their empowerment. In the first study, pediatric studies are not related to in-depth studies on maternal depression, child development theories, and identifying which child care guidelines and scientific research mothers share in virtual groups. In addition, training in medical empathy and regular follow-up with the mother and family of the baby, essential for excellent long-term monitoring of maternal and child health, should not be disregarded at undergraduate and medical residency. In the second study, a questionnaire was designed to evaluation pediatric consultation based on the interfaces of perceptions of maternal care. We find that pediatricians have little or no training regarding sensitive listening and medical empathy for maternity, acquired only at postgraduate level, usually when they are already attending in private clinics or child hospitals. More and more in-depth knowledge about of maternity issues is needed, considering that in the months before the baby's life, the mother is also a patient.The results show that the first consultation presents the pediatrician's incompatibility with the empowered mother. Unlike mothers, there is almost no exchange of experiences with other pediatricians in virtual groups. During an appointment, as mothers anticipate an open dialogue with the pediatrician, with the intention of sharing knowledge, while pediatricians are prepared to guide the mother. However, pediatricians have stated that they are occasionally surprised by mothers who bring their personal knowledge to the consultation and may or not adapt this information to pediatric care. And after the first consultation with the pediatrician, the mothers return to the support group to check the pediatric guidelines they have just received and decide whether or not to continue with this pediatrician, and the pediatrician's sides feel comfortable with the care but realize that these mothers yearn for more support for their choices and maternal empowerment. The results demonstrate the parallels and differences of the mother-pediatrician relationship and the need to equalize both sides of this relationshipDoutoradoSaúde da Criança e do AdolescenteDoutora em CiênciasCAPES001[s.n.]Martins Filho, José, 1943-Espin Neto, JoséMendes, Roberto TeixeiraQuintella, Tania Maria MendesPereira, Ricardo MendesUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescenteUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCarvalho, Simone de, 1975-20192019-12-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (90 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639401CARVALHO, Simone de. Análise da relação entre mãe e pediatra no contexto do empoderamento materno. 2019. 1 recurso online (90 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639401. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1129465Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-30T10:00:02Zoai::1129465Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2020-07-30T10:00:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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