Da liberdade para a emancipação : trabalho, gênero e identidades de africanas livres no Rio de Janeiro oitocentista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalheiro, Daniela Carvalho, 1988-
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640782
Resumo: Orientador: Ricardo Figueiredo Pirola
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No Brasil, o período seria de 14 anos, supervisionado pelo Ministério da Justiça, que deveria lidar com as questões referentes a tais pessoas. Neste trabalho, analiso as experiências individuais e coletivas das mulheres africanas livres que cumpriram tempo de tutela na cidade do Rio de Janeiro, entre 1831 e 1864, a partir de um recorte que privilegia gênero, raça e classe. Examino suas formas de trabalho, maternidade e emancipação, olhando para as percepções que o mundo senhorial tinha sobre elas e sua moral, a fim de entender como o fato de ser mulher adicionava uma camada à já complexa situação daquele grupo. Argumento que o mundo senhorial, na figura do Ministério da Justiça e seus funcionários, atuava sobre o cotidiano dessas mulheres, desenhando políticas de gênero que determinariam não só o que as africanas deveriam fazer, como se comportar e viver, mas também as formas pelas quais elas desenvolveriam sua sociabilidade e suas estratégias de vida. Essas políticas de gênero tiveram grande peso sobre as formas como as africanas livres se organizaram e conduziram suas vidas durante a tutela, ajudando a moldar não só o cotidiano delas, mas todo o panorama das relações de gênero das mulheres africanas e suas descendentes na sociedade escravista da Corte cariocaAbstract: Amid the efforts to end the Atlantic slavetrade, in the early 19th century, the category of liberated Africans was created. Seized inside ships carrying out illegal trade, these people would be sent to the ship's country of origin, in the Americas, and, placed under a guardianship regime, they would have to fulfill a period of service stipulated by the local authorities before becoming, in fact, free. In Brazil, they would serve for a period of 14 years, supervised by the Ministry of Justice, which should deal with issues related to such people. In this work, I analyze the individual and collective experiences of liberated African women who spent time in guardianship in the city of Rio de Janeiro, between 1831 and 1864, based on an approach that privileges gender, race and class. I examine their forms of work, motherhood and emancipation, looking at the perceptions that the slave society would create about them and their morals, in order to understand how being a woman added a layer to the already complex situation of that group. I argue that the slave society, in the figure of the Ministry of Justice and its employees, acted on the daily lives of these women, designing gender policies that would determine not only what the liberated Africans women should do, how to behave and live, but also the ways in which they would manage their social life and their life strategies. These gender policies weighed heavily on the ways in which liberated Africans organized themselves and led their lives during guardianship, helping to shape not only their daily lives, but the whole panorama of the gender relations of African women and their descendants in Rio de Janeiro¿s slave societyDoutoradoHistória SocialDoutora em HistóriaCNPQ01300.009133/2020-81[s.n.]Pirola, Ricardo Figueiredo, 1980-Reginaldo, LucileneRodrigues, Aldair CarlosFreire, JonisBezerra, Nielson RosaUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCavalheiro, Daniela Carvalho, 1988-20202020-10-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online ( 240 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640782CAVALHEIRO, Daniela Carvalho. Da liberdade para a emancipação : trabalho, gênero e identidades de africanas livres no Rio de Janeiro oitocentista . 2020. 1 recurso online ( 240 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640782. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1161872Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-03-18T14:40:16Zoai::1161872Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2021-03-18T14:40:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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