Cosmologia e geografia física em Immanuel Kant

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribas, Alexandre Domingues, 1977-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1615878
Resumo: Orientador: Antonio Carlos Vitte
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spelling Cosmologia e geografia física em Immanuel KantCosmology and physic geography in Immanuel KantCosmologiaGeografia físicaNaturezaTeleologiaEstéticaCosmologyPhysic GeographyNatureTeleologyEstheticOrientador: Antonio Carlos VitteTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeociênciasResumo: Immanuel Kant (1724-1804), em seus quase quarenta e um anos de docência, ministrou (quer em preleções particulares, quer em conferências públicas) cursos devotados aos campos do conhecimento os mais variados: lógica, metafísica, ética, antropologia, física teórica, matemáticas, direito, enciclopédia das ciências filosóficas, pedagogia, mecânica, mineralogia, teologia etc. E, em meio a disciplinas versadas tão multíplices, que incluíam tópicos filosóficos e não-filosóficos, Kant lecionou, por quarenta e nove vezes, entre 1756 e 1796, um curso de geografia física. No tempo de Kant, por imposição do governo prussiano, para se lecionar um curso todo professor devia, imprescindivelmente, proceder de conformidade a um manual oficialmente reconhecido. Nenhum docente, portanto, tinha consentimento expresso para instruir um tratado sobre determinado tópico de ensino em seu próprio nome. Entretanto, não havia, em rigor, nenhum manual de referência que Kant pudesse valer-se em suas palestras de geografia física; e, por isso, ele decidiu redigir o Curso de Geografia Física. A exceção da Geografia Física, inclusive, fez-se o objeto de um decreto de von Zedlitz de 16 de outubro de 1778, mediante o qual Kant era autorizado a ensinar esta disciplina secundum dictata sua, exponendo dictata sua ou, ainda, ad propria dictata. Esses registros compilados por Kant no Curso de Geografia Física conservaram-se, por décadas, sem qualquer sistematização metódica. Kant não aquiescia editar, ele mesmo, este acervo de notas, pois que aprontar uma obra a partir dos originais utilizados em seu curso, afigurava-se, a ele, no findar de sua vida, uma execução praticamente infactível. Foi que, mais ou menos em 1800, Friedrich Theodor Rink (1770-1811) e Gottlob Benjamin Jäsche (1762- 1842) - encarregados, pelo professor-filósofo, de revisar e reorganizar seus papéis, cujo volume tinha sensivelmente aumentado - se toparam, quando deste trabalho e contra as expectativas do próprio Kant, com quase três cadernos de geografia física, redigidos em diferentes épocas. Kant, diante deste inesperado acontecimento, adjudicou encargo a Rink, um antigo e prezado aluno seu, para que este efetuasse o empreendimento editorial destes extratos no formato de livro, o que sucedeu em 1802. Dessa maneira, é, pois, a edição de Rink que é hoje conhecida como a Physische Geographie, depois incorporada nos Akademie Ausgabe of Kants gesammelte Schriften. Essa Tese, pois, trata, justamente, da Physische Geographie e de seu lugar na cosmologia kantiana. A relação entre Razão e Natureza consiste, decerto, em uma das problemáticas que acompanham, perenemente, o desenvolvimento (gradativo, complexo e marcado por continuidades e descontinuidades) do projeto crítico de Kant. De sua tentativa pré-crítica em combinar a física newtoniana com a metafísica leibniziana, passando pelo modelo determinante de inteligibilidade apregoado na Crítica da Razão Pura e chegando ao juízo reflexionante da terceira Crítica (com sua idéia de finalidade, de estética, de teleologia e de organismo), há, indubitavelmente, uma persistência e uma profunda reinvenção da cosmologia em Kant. E a geografia física, este é o fundamento desta Tese, não se desassocia deste seu anseio em erigir um Cosmos; e mais, ela compõe e dá fechamento a este últimoAbstract: Immanuel Kant (1724-1804), in his almost forty one years of teaching, taught (both private lectures, and public conferences) courses dedicated to the most diverse fields: logic, metaphysic, ethic, anthropology, theoretical physic, mathematic, law, encyclopedic of philosophic sciences, pedagogy, mechanic, mineralogy, theology, etc. Among so many multiple disciplines that included philosophic and non-philosophic topics, Kant has taught for forty nine times a physic geography course between 1756 and 1796. In Kant's time by the Prussian governor imposition, for teaching a course every professor should, ultimately proceed in conformity to a manual officially renown by the authorities. No teacher, therefore had the clear permission to express a treat about determined teaching topic on his own name. However, there wasn't any reference manual that Kant could use on his lectures of Physic Geography; that's why, he has decided to write the Physic Geography Course. Except for the Physic Geography, he even has accomplished the object of Von Zedlitz decree of October 16th 1778, which Kant was authorized to teach this subject secundum dictata sua, exponendo dictata sua or even ad propria dictata. These registers compile by Kant in The Physic Geography Course have been preserved for decades, with no methodic systematization. Kant didn't accept to edit this records acquis himself, because to accomplish a writing from the original used in his course, was for him in the end of his life something unfeasible. It was about 1800, that Friedrich Theodor Rink (1770-1811) and Gottlob Benjamin Jäsche (1762-1842) - charged, by the professor-philosopher, to review and reorganize its records, which amount had increased significantly - they met each other, when this work and against Kant's expectations, with almost three notebooks of Physic Geography, written in different times. Kant, before this unexpected event, he adjudicated the position to Rink one of his old and dear students, so that he could accomplish the editorial task of those extracts in a book shape, what has been done in 1802. In this way, it is the Rink edition that is nowadays known as the Physische Geographie, later included in the Akademie Ausgabe of Kants gesammelte Schriften. This thesis, is about the Physische Geographie and its place in the Kantian cosmology. The relation between Reason and Nature consist so, in one of the problematic that follow perennially the development (gradual, complex and marked by continuities and discontinuities) by Kant's critic project. From his pre critique attempt to combine the Newtonian physic with the leibnizian metaphysic, going through the determining model of ineligibility proclaimed in the Critique of Pure Reason and reaching the reflecting judgment of the Third Critique (with his idea of purpose, esthetic, teleology and organism), there is, undoubtedly, a persistence of this Thesis, it doesn't disassociate from his wish in rearing a Cosmos; furthermore, it composes and gives closure to the last oneDoutoradoAnálise Ambiental e Dinâmica TerritorialDoutor em Geografia[s.n.]Vitte, Antonio Carlos, 1962-Salvi, Rosana FigueiredoReis Junior, Dante Flavio da CostaMartins, Elvio RodriguesAbreu, Adilson AvansiUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASRibas, Alexandre Domingues, 1977-20112011-02-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf342 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1615878RIBAS, Alexandre Domingues. Cosmologia e geografia física em Immanuel Kant. 2011. 342 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1615878. 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