Caracterização morfologicas das alterações mitocondriasis na esteatose hepatica de causa não determinada em grupo pediatrico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609001 |
Resumo: | Orientador: Cecilia Amelia Fazzio Escanhoela |
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Caracterização morfologicas das alterações mitocondriasis na esteatose hepatica de causa não determinada em grupo pediatricoMorphological characterization of mitochondrial alterations in hepatic steatosis of cause not defined in childhood groupFígadoFígado gordurosoLiverFatty liverOrientador: Cecilia Amelia Fazzio EscanhoelaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: A esteatose hepática não relacionada ao alcoolismo pode ocorrer isoladamente ou fazer parte da doença hepática gordurosa não alcoólica (DGHNA). Esta abrange um amplo espectro de alterações morfológicas, variando desde a esteatose até um estágio mais grave, acompanhado por fibrose, podendo chegar à cirrose. O objetivo do nosso estudo foi avaliar e caracterizar a esteatose de causa não definida na infância, por meio de análise morfológica e morfométrica do tecido hepático. Dezoito biópsias provenientes de 16 pacientes com idade variando de 3 meses a 12 anos e 9 meses, com vaga dor abdominal e/ou mínima hepatomegalia associada a aumento discreto e persistente das enzimas hepáticas, foram analisadas através de microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Nestes detectou-se esteatose macro e microvesicular "pura", ou seja, não acompanhada de fibrose ou de quaisquer outras alterações histológicas. Na microscopia de luz foi realizada a determinação semi-quantitativa da intensidade da esteatose total (macro e microvesicular), com classificação de 1 a 4 e a estimativa da porcentagem de hepatócitos afetados pela esteatose microvesicular em relação aos hepatócitos afetados pela macrovesicular; na microscopia eletrônica calculou-se a densidade mitocondrial por hepatócito e a área mitocondrial média utilizado-se em ambos os casos o programa TPS Dig versão 1.30. Dez pacientes com 1 a 14 anos de idade e com diagnóstico de normalidade em biópsia hepática foram utilizados como grupo controle. Os resultados obtidos mostraram predomínio de esteatose microvesicular entre os pacientes estudados (61%), com elevação significativa da área mitocondrial, sendo 1,52 ± 0,08 µm2 a área média para o grupo controle, 1,49 ± 0,07 µm2 para o grupo de esteatose macrovesicular e 2,92 ± 0,36 µm2 para o grupo de esteatose microvesicular. Não foram observadas alterações significativas na densidade mitocondrial, seja relacionada à esteatose microvesicular predominante ou à macrovesicular (72 ± 2 mitocôndrias/hepatócitos para o grupo controle, 70 ± 11 mitocôndrias/hepatócitos para o grupo de esteatose macrovesicular e 66 ± 8 mitocôndrias/hepatócitos para o grupo de esteatose microvesicular). Tampouco se observou correlação entre as variações dos valores das transaminases com ambos os tipos de esteatose, uma vez que para o grupo de esteatose microvesicular os valores médios foram AST = 62.9 ± 35.0, ALT = 125.9 ± 129.0 e GGT = 210.5 ± 278.3 e para o grupo de esteatose macrovesicular AST = 82.1 ± 97.5, ALT = 57.4 ± 41.4 e GGT = 185.8 ± 141.7. No grupo de estudo, a esteatose "pura", com pouca ou nenhuma sintomatologia clínica, associada ou não a alterações de transaminases, não relacionada à obesidade ou doença metabólica conhecida, mostrou-se predominantemente microvesicular e relacionada a aumento do volume mitocondrial. Nas hepatopatias mitocondriais primárias (HMP), principalmente por defeitos na cadeia respiratória, este tipo de alteração é comum. Devido a estas alterações mitocondriais, esta esteatose não deve ser denominada "pura" podendo, inclusive, corresponder à porção mais distal no longo espectro da DGHNA. Destacamos que, apesar da pouca manifestação clínica e laboratorial destas crianças, é fundamental o acompanhamento sistemático destas, havendo necessidade de maior atenção aos casos de esteatose na infância com predomínio da forma microvesicular.Abstract: Hepatic steatosis unrelated to alcoholism may occur separately or be part of fatty liver disease (NAFLD). It encompasses a wide spectrum of morphologic alterations, ranging from steatosis to a more severe stage accompanied by fibrosis and cirrhosis. The aim of our study was to assess and characterize childhood steatosis of not defined cause carrying out morphologic and morphometric analysis of liver tissue. Eighteen biopsies from 16 patients with age varying from 3 months to 10 years, with vague abdominal pain and/or minimal hepatomegaly associated with slight and persistent increase in hepatic enzymes had been analyzed through light microscopy and transmission electron microscopy. On those patients, "pure" steatosis was detected, meaning it was not followed of fibrose or any other significant histological alterations. In light microscopy total steatosis was semi-quantified with estimative of macro- and microvesicular steatosis percentage and determination of predominant steatosis, classified from 1 to 4 and estimate the percentage of hepatocytes affected by steatosis microvesicular in comparison to hepatocytes affected by macrovesicular; in electron microscopy it was determined the degree of mitochondrial density in the hepatocytes and mean mitochondrial surface area using in both cases the TPS Dig version 1.30. Ten patients between 1 and 14 years old who had a normal diagnosis on liver biopsy were used as a control group. The results had shown microvesicular predominance of steatosis in the studied patients (61%) with significant increase of mitochondrial surface area values: 1,52 ± 0,08 µm2 in the control group, 1,49 ± 0,07 µm2 in the macrovesicular steatosis group and 2,92 ± 0,36 µm2 in the microvesicular steatosis group. Significant alterations in mitochondrial density were not observed, neither related to predominant micro nor macrovesicular steatosis (72 ± 2 mitochondrias/hepatocytes in the control group, 70 ± 11 mitochondrias/hepatocytes in the macrovesicular steatosis group and 66 ± 8 mitochondrias/hepatocytes in the microvesicular steatosis group). A correlation between variations in transaminases levels and both types of steatosis was also not observed, since for the microvesicular steatosis group the average values was AST = 62.9 ± 35.0, ALT = 125.9 ± 129.0 and GGT = 210.5 ± 278.3 and for the macrovesicular steatosis AST = 82.1 ± 97.5, ALT = 57.4 ± 41.4 e GGT = 185.8 ± 141.7. In our study group, "pure" steatosis, with little or no clinical symptoms, associate or not to alterations of transaminases and that did not correlate with obesity or known metabolic diseases is predominantly microvesicular and was related to increased mitochondrial volume. In the primary mitochondrial hepatopathies (PMH), especially for respiratory chain defects, this alteration is common. Due to these probable mitochondrial alterations, this steatosis doesn't have to be called "pure", being able, also, to correspond to the portion distal in the long specter of the NAFLD. It is important to emphasize that although the small number of clinical and laboratorial manifestations of these children, it is essential their systematic accompaniment. There is necessity of more attention to the cases with steatosis in pediatric group where microvesicular form predominance occurs.DoutoradoCiências BiomédicasDoutor em Ciências Médicas[s.n.]Escanhoela, Cecília Amélia Fazzio, 1958-Lanzoni, Valeria PereiraFreitas, Luiz Antonio Rodrigues deDe Tommaso, Adriana Maria AlvesVassallo, JoséUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências MédicasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASSilva, Gustavo Henrique da2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf132 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609001SILVA, Gustavo Henrique da. Caracterização morfologicas das alterações mitocondriasis na esteatose hepatica de causa não determinada em grupo pediatrico. 2009. 132 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1609001. 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